sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cama compartilhada

Nina nasceu e dormia no meu quarto, no carrinho, ao lado da cama. Ela pegava no sono perto de 2h da manhã e esse era o momento em que ela dava uma esticada maior, dormia até, mais ou menos, umas 7h e daí seguia acordando, mamando e dormindo atéééééé sei lá que horas.

Quando ela tinha quase dois meses, transferi a pequena para o berço. O carrinho já não era mais opção, estava pequeno e ela escorregava durante a noite. Os horários continuavam parecidos, mas agora toda vez que ela acordava eu ia lá, amamentava na poltrona e voltava com a cria para o berço.

No berço, correu tudo bem até os 6 meses. Nina passou a dormir mais cedo, perto de meia noite e o resto das horas corriam tranquilas, com alguns despertares para mamar. Não sei bem como, não sei bem quando, não sei bem porque, o fato é que ela começou a acordar a cada 2h, às vezes menos, para mamar de noite. Eu já estava trabalhando e aquilo, simplesmente, acabou comigo. Ficava morta, chata e estressada. Maridin nunca acordou de madrugada. Nem quando a Nina dormia do lado da cama. Costumo dizer que ele não dorme e sim morre por algumas horas, depois ressuscita. É um milagre constante.

Foi nessa época que conheci o famoso, temido e polêmico "Nana nenê". O cara faz um grande terror dizendo que se seus filhos não aprenderem a dormir pequenos, literalmente, fudeu. Já era, sua vida vai virar um inferno, casamento vai acabar, montanhas vão desabar, vulcões vão entrar em erupção e será o fim dos tempos, dos dias, do mundo. Ah, claro! Ele também explica a técnica de deixar a criança se esgoelar no berço até dormir. Usei meu olhar crítico para aproveitar algo de bom ali (sou Pollyana, gentchem!). A melhor e que recomendo, foi seguir uma rotina, coisa dificílima para mim, que não se encaixava nos meus dias, mas estipulei um horário para a pequena dormir e aí segui um ritual, brincadeiras mais calmas, banho, pijaminha, blá, blá, blá, todo dia igual. Comecei também a colocar ela no berço acordada, ficava um pouquinho ali com ela, explicava que era hora de dormir, cantarolava e saía. Se ela chorasse, eu voltava. Sim, deixei ela choramingar por uns 5 minutos, eu acho, mas não aguentei mais que isso (graças!).

O fato é que a rotina funcionou muito bem e rapidinho ela aprendeu que era hora de dormir. Quando a colocava no berço, acordada, ela virava pro lado e, pluft, dormia. Durante a madrugada reduzi o número de mamadas e nem sempre que ela acordava eu colocava no peito, às vezes só ia lá, dava um chamego e ela dormia de novo. Pois bem que meu bebê virou um relógio. Ela dormia às 21h e acordava uma, somente uma vez, para mamar de madrugada, perto das 2h da manhã. Depois só lá pelas 7h. Coisa linda, maravilhosa, de deixar as mãe tudo se roendo de inveja.

Assim fomos, muito bem, mesmo enfrentando um período conturbado, já depois de um ano de idade, mas tudo resolvido, tudo lindo, tudo belo, noites em paz.

Aí meu povo, veio a dor de ouvido. E nada dói mais no coração de uma mãe do que o filhote aos prantos com alguma dor. Levei Nina para minha cama e ali ela permaneceu, durante algumas noites, até ter certeza que tudo estava bem. Com a pequena recuperada, coloquei ela de volta no berço para dormir. Mas aí, né? Acorda, Alice! Quem disse que ela queria???

Ela até vai para o berço, já dormindo, pois agora ela adormece na sala ou no meu quarto ganhando um cafuné e lá pelas 3h da manhã ela acorda aos berros:

- Ajuda mamãe, ajuuuuuuda! Té saí. Té dormir com mamãe na cama do papai (aliás, a cama é sempre do papai, segundo ela. Estamos ali de intrusas. Nós duas e a Pietra).

Imagem do filme Os seus, os meus e os nossos. Será que é isso que me aguarda?

E como não tenho disposição, nem forças e me derreto ao vê-la pedindo, lá vamos nós tudo para cama do papai. Assim tem sido, desde então. No meio da madruga, criança na cama. Penso em tirá-la dali, mas não tenho pressa. Penso em comprar uma cama king para nós três (quatro com a Pietra), mas falta verba no momento. Penso em aposentar o berço e colocá-la na cama em seu quarto, que ela parece gostar mais. Penso, penso, penso e por enquanto vamos ficando ali, eu, ela, ele e o cão. Geral na cama do papai. Quando ela acorda, abre meu olhos com os dedos (oi?) e diz:

- Qué mamá, mamãe! Qué ir pra sala! Queio binquedus! Cadê Piêta? Mamãe??? Mamããããe???

Alguém desliga a criança, por favor, que eu quero dormir.

5 comentários:

  1. O bebê ainda está na barriga mais ele me chama com os enjoos...

    tenho a Luna,o Chico e o Spirro na cama e do jeito que sou uma boboca o bebê tbm vai abusar desse cantinho!

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  2. Por aqui também fazemos cama compartilhada... Adoro. Meu problema é que Alice só quer dormir no peito e eu tenho que mudar isso urgentemente!!! Ahhh!!! Beijos

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  3. hahahaha... todos meus familiares querem me matar por isso, o berço do Dudu é colado na minha cama... buttt ele só dorme entre nós na cama compartilhada... acho que isso é mal de mãe...ele dorme eu coloco no berço, no meio da noite eis que surge um bebê novamente no meio... não tem jeito... a gente gosta de sentir o cheirinho deles não é? fala a verdade... bom demais... rsrsrs um dia quem sabe ele vai pra cama dele... quando tiver uma namorada talvez... ele não vai mais querer dormir comigo, e eu com certeza vou querer muito que o tempo dele de dormir no meu meio volte... rsrsr aaa detalhe ele está com 9 meses e eu nem cogitei ainda a ideia de levar ele pro próprio quarto... to toda errada né eu sei...hahahahah beijos

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  4. Olá passeando na blogosfera cheguei até aqui e adorei,você é muito engraçada,rachei de rir com seu post rs,também passamos por essa fase de cama compartilhada más essa semana estou me "desapegando" hahaaha.

    Bjão! Já estou seguindo.

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  5. Eu durmo com a minha filha desde os seis meses dela! Essa matéria fala bem sobre isso: http://bit.ly/149bwep

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