segunda-feira, 12 de novembro de 2012

10 razões para você ser tricolor

E ontem, filhota, o Fluminense foi campeão Brasileiro com três rodadas de antecedência. Campanha impecável, com o melhor aproveitamento da era dos pontos corridos até agora. Perdemos somente três vezes em todo o campeonato. E ontem contra o Palmeiras, aos 43 minutos do segundo tempo, Fred fez o gol do título. Gol do tetra. E aproveitando o gancho, venho aqui listar apenas 10 razões básicas para que você herde as três cores que traduzem tradição.

Então, vamos aos fatos:

1) Você nasceu em 2010, quando o Flu estava há exatos 26 anos sem vencer o campeonato brasileiro. Aí chegou você, meu amuleto pé de coelho e, pimba! Flusão campeão. Ganhamos o tri. Pra confirmar o pé quente, em 2012, veio o tetra. Ou seja, no momento, você tem mais anos de vida como campeã Brasileira. No auge dos seus três anos, já ganhou dois títulos.

2) Um dia antes da conquista do tetra, te levei nas Laranjeiras e quando fui tirar uma foto da taça do brasileirão de 2010, você correu e se colocou na frente com essa pose:


No dia seguinte o Flu ganhou o campeonato. Tenho certeza que foram as boas energias desse seu sorriso.

3) Você fica linda de verde, branco e grená. Fato.

Ainda com cara de fuinha, mas toda trabalhada no uniforme.
Mostrando com o dedinho quantos jogos faltavam para a conquista do seu primeiro título

4) "Tricolor é o Fluminense. Os outros são clubes de três cores" - Já dizia Nelson Rodrigues.

5) O Fluminense é o pioneiro do futebol no Rio e inaugurou o primeiro estádio de futebol do Brasil.

6) Entre os muitos ídolos tricolores estão Telê Santana, Carlos Alberto Torres e Romerito.

7) As outras torcidas gostam de chamar os tricolores de "time das flores". Uma referência aos homossexuais torcedores do Flu. Acredito que eles enxerguem isso como um xingamento... pessoas menos esclarecidas com certeza. Se temos uma torcida florida, linda, eclética e sem preconceitos, isso só vem a somar na minha lista.

8) Jogos do Fluminense são sempre emocionantes. Se você estiver na dúvida sobre suas condições cardíacas, dá uma relembrada na partida contra o São Paulo pela Libertadores, em 2008, com um gol do Washington classificando o Flu aos 46 minutos.

9) Mamãe é Fluminense. Vovó Terezinha, vovô César e tia Ada também.

10) Ainda não convenci? Então quero ver rebater essa:

Imagem daqui
Nada mais a declarar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Paciência

Essa semana a paciência faltou. Não sei para onde ela foi, mas sei que andou sumida. Nina agora não é mais um bebê e quando não gosta ou não entende alguma coisa, ela retruca, responde, grita. Eu me assustei da primeira vez. Não esperava aquela reação, respondi de volta , indignada. Mas aquela era só a primeira de muitas argumentações que vieram e que ainda virão. Eu sei que argumentações não precisam ser desrespeitosas, mas ela ainda não sabe. Cabe a mim ensiná-la, já que também não nasci sabendo disso.

Para a Nina a insatisfação só tem uma cara: a do grito. Ela fica na defensiva quando a repreendo e se protege. E diz que não é mais minha amiga. E diz que não quer mais saber de mim. E me chama de boba. Agora imagina a mãe daquele bebê fofo cheio de dobras ver a criaturinha se transformar numa criança revoltadinha da silva. "É comum" - todos me dizem e o meu lado consciente sabe que é, mas a minha emoção não. E me controlo o tempo todo para não responder gritando aos gritos dela. Me concentro para explicar mil vezes a mesma coisa. Para tentar fazer com que ela entenda que é perigoso sair correndo na rua e que bagunças sempre precisam ser arrumadas (um dia).

Não me lembro quando, mas eu ouvi alguém dizer que educar é repetir todos os dias a mesma coisa, incansavelmente. Não há frase mais correta. É um processo contínuo que tem a paciência como peça-chave. Mas essa semana, a paciência faltou. Meus argumentos faltaram e eu cansei de explicar tudo, de repetir, de esperar que ela aprenda, de arrumar a bagunça que eu pedi que não fosse feita. E no meio do meu cansaço, da minha falta de forças e do meu estresse, ela pegou a minha mão e deu um beijo. Pediu colo e me abraçou. E olhando bem no meu olho falou: "Mamãííím, eu ainda sou o seu amor?"

Sempre filha. Sempre.

E tudo fez sentido de novo.

sábado, 3 de novembro de 2012

Embarque nesse carrossel...

E no momento senta no divã, eu tenho que confessar: eu assistia Carrossel. Sim, essa mesma, a novelinha mexicana com o Sirilo e Maria Joaquina. Dramalhão, exagerada, sem noção, sim, eu amava. Vi todos os 1.957.458 capítulos (porque Carrossel era a novela sem fim).

* Pausa.
Minha infância televisiva foi tosca. Vou listar aqui meus favoritos ever da sessão da tarde:
- Karatê kid
- Um tira da pesada
- Um príncipe em NY
- Vivendo a vida adoidado
- Os Goonies
Agora a pior parte: se eu ligar essa tela plana, de LCD, cheia de mil polegadas que habita minha sala e estiver passando:
- Karatê kid
- Um tira da pesada
- Um príncipe em NY
- Vivendo a vida adoidado
- Os Goonies
Eu assisto sem pestanejar, claro.
* Despausa.

Bom, mas aí que eu via Carrossel. Era um clássico da minha infância, todo mundo via, mas era coisa de criancinha, então ninguém assumia. Eu lá no auge dos meus 9 anos, me achando a pré-adolescente nem comentava que assistia o trem na escola, mas chegava em casa doida pra saber da professora Helena e companhia. Aí o Silvio Santos, que está ficando gagá, vamos combinar, resolveu regravar a bagaça. Atores brasileiros, a mesma historinha, blá, blá, blá.

Mas a Nina ainda vai fazer 3 anos e achei que Carrossel não era a boa. Nem apresentei para ela a novelinha. Era como se não existisse.

* Pausa II.
Eu não sou do time das pessoas anti-televisão. Nem poderia. Eu amo uma televisão, sou jornalista, noveleira e adoro um seriado. Me vicio em um de cada vez e fico orfã quando eles vão embora, estilo Friends, House e essa tchurma toda. Adoro futebol, vejo um monte de programa ruim só pra poder falar mal e não coloca uma galerinha cantando pra competir na minha frente que me envolvo, choro e o escambau. Sendo assim nunca proibi a Nina de ver TV. Regulo, claro, seleciono, mas deixo ela ser tosca também, afinal isso vem de berço. O desenho favorito dela, por exemplo, é Bob Esponja, ou seja, mais minha filha impossível.
* Despausa II.

Mas Carrossel não. Não está na idade, era um sofrimento só aquela novela e o Silvio tá gagá, vai saber se ele resolve mudar a história ou se tira o troço no ar no meio do caminho, sei lá. Carrossel não.

Daí que um dia estou em casa e ela chega na sala e solta:

- Mamãííím, óia o que eu sei cantar: "Embarque nesse Carrussel, onde o mundo faz de conta, nesse Carrussel"
- Oi???
- Assim ó: "Embarque nesse Carrussel, onde o mundo faz de conta, nesse Carrussel"
- Quem te ensinou essa música Nina?
- Os meus amigos, na escola.

Chupa essa manga mamãe.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Oia nóis aqui traveiz!

Ei! Psiu? Ainda tem alguém por aí?

17 de agosto foi a data da minha última postagem.  Ou seja, mais de dois meses meu povo. Não que a vida não tenha andado cheia de coisas novas pra contar, não que a Nina não esteja a coisa mais deliciosamente deliciosa do universo, não que eu não tenha sentido falta do blog, mas a verdade é que não deu.

Não sei bem porque, mas faltou tempo. No meio do tempo que já faltava tive um aborrecimento e mudei a Nina de escola. Tirei ela daquele ambiente que ela se encontrava desde bebê quando tive que voltar a trabalhar e levei para uma escola nova, mais ampla, com cara de escola mesmo, daquelas que o sinal toca e as crianças entram, sabe? Com isso bye, bye refeições no cardápio da creche. Agora Nina almoça em casa, entra na escola às 13h e sai às 17h30. Meu horário de trabalho reduziu-se, mais uma vez. Minha quantidade de trabalho aumentou-se, mais uma vez.

Eu não tenho empregada, então é comigo mesmo. Fazer almoço e jantar, lavar, limpar e (tentar) arrumar a casa depois da passagem do furacão Nina que coloca qualquer Sandy no chinelo, viu? Além disso tenho que tocar a nova empreitada das festas - que anda muito bem, graças! - e mais os meus freelas de jornalismo que continuam rolando. Além disso tenho que brigar com banco que resolveu F... com a minha vida. Além disso tenho que tentar manter a dieta. Além disso tem a Pietra, essa fofa, que destrói minha casa. Além disso tem o Flusão com a mão na taça do campeonato. Além disso tem o marido que trabalha pacas e não tem tempo pra me ajudar. Além disso tem o calor no Rio de Janeiro que chegou para aumentar minha conta e luz. Ou seja, coisa muita acontecendo ao mesmo tempo para o meu dia de somente 24 míseras horinhas.

Bom, vamos a algumas breves atualizações. Nina não é mais careca faz tempo, mas agora ela anda abusando da cabeleira. Tem cachos, muitos. Lindos e dourados.

Mal criação a gente se vê por aqui. A criança anda com a macaca. As vezes dou uma surtada e me apego ao mantra pra me acalmar. Muitas técnicas de respiração e o foco no "a adulta é você".

A cama compartilhada, segue mais compartilhada do que nunca. A criança tem pesadelos e já desisti de tentar fazer ela dormir só. Seguimos amontoados.

A criança anda muito esperta, toda independente e performática. Fala sozinha. Faz encenações e dá risinhos para a parede. Pede pra fazer rabo de cavalo e outro dia me pediu pra comprar pra ela um cabelo comprido. Durante o banho, quando a água estica as madeixas, ela se sente num comercial de shampoo e começa a sacudir a cabeça pra sentir os fios esfregando nas costas. Detesta ficar de roupa, chega em casa arrancando tudo e numa dessas veio pra mim:

- Tila meu vestido, mamãííím!
 A louca, no caso eu, fazendo mil coisas, nem pensou duas vezes, levantou os braços da crianças e puxou o vestido, segurando o telefone com cabeça e o ombro, a água correndo na pia, a cachorra tentando roubar o lixo. Foi aí que ouvi um som abafado, uma vozinha, vinda de dentro do vestido.
- Mamãííím, num tem que disabutuá?
Putz, entalei a cria. #mãedemerda.

É isso aí gentchem! Voltei, tô na área!




sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Luna, a amiga imaginária.

E um dia, sem mais nem menos, todas as bonecas viraram "Luna". Depois todos os bichos de pelúcia viraram "Luna" e por fim todos os passeios e programas passaram a ser feitos com a presença da Luna.

Na escola da Nina não há nenhuma criança que se chame Luna.

Eu não tenho amigas com esse nome, na verdade não conheço nenhuma Luna, ou não conhecia, porque agora ela anda ali tête-à-tête com a minha filha. Todo o dia temos o mesmo diálogo:

- Mamaííím, hoje eu fui na casa da Luna.
- E foi legal filha?
- Sim. Vamos lá comigo depois?
- Vamos.

Ela nunca me leva, mas sempre me convida. Conta histórias do que fez com a Luna e ontem na hora de dormir pegou três bonecas, três Lunas, e arrumou todas na cama pra deitar com ela. Quando viu que estava sem espaço, soltou:

- Eu vai colocar essa depois porque se não não vai ter espaço pra Luna.

Então agora aqui em casa somos eu, maridin, Nina, Pietra e Luna, ok?

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Qualquer semelhança é mera coincidência...

Felícia: "Eu vou te amar, te abraçar, te beijar, te apertar, até te fazer em mil pedacinhos..."
Imagem daqui
 Nina: ...
Pequena filhote: - Hummm, será que dá pra pular?"
"Porra, me tira daqui!"
"Eu vou cair, cês num tão vendo???"
Observações maternas:
  • A dona da filhotinha concordou e foi conivente com essa tortura em praça pública.
  • Nina fez um escândalo na hora de ir embora, porque não queria deixar "sua filha", que, segundo ela, precisava beber água às 14h30 (oi???).
  • A mancha na saia da Nina é fruto da golfada que a filhotinha deu, após a demonstração de carinho da minha Felícia.




quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Menina gandi.

Diálogo da mãe que vos fala com a pequena "gandi" Nina:

- Mamãííím, eu sô gandi?
- Sim filha. Você já está muito grande.
- Mas o papai falou que eu sô pequena.
- Não, não, dona Nina. O papai também acha que você está bem grande. Tanto que nem precisa mais andar no colo, né?
- Nãoo mammaííím, eu sô gandi, mas é que tô com uma dor aqui nas minhas costas...

Chupa essa manga, papai




Dica para NÃO leitura

No fim de semana fui dar uma volta com a Nina na pracinha. Ela queria comprar um livro e passou o caminho todo falando isso. Quando chegamos lá, antes de nos jogarmos na terra suja, no pula-pula e no escorrega, entramos na papelaria em busca de um livrinho legalzin para a pequena. Não eram muitas as opções, mas tinha uma estante com alguns exemplares, muitos de uma coleção chamada "Contos Clássicos", da editora FTD.

Eram aquelas historinhas que todo mundo conhece, ou acha que conhece: Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, João e Maria... tentei escolher um outro, tinha um bem interessante com umas ilustrações lindas, mas Nina agarrou-se na Branca de Neve e não teve santo para fazer ela mudar de ideia. Voto vencido, catei a tal princesa e fui pagar, sem olhar o conteúdo do livro. Eu sei, podem me xingar agora.

Cara, o texto é pavoroso. A Nina não sabe ler e claro que não reproduzi para ela as atrocidades, mas mesmo assim ela ficou tão chocada com a cena final da bruxa, com os pés acorrentados, que desde então têm pesadelos e não dorme mais sozinha. Tá bom pra vocês?

Vou reproduzir duas partes, as piores, pra vocês sentirem drama:
"- Fuja, menina, fuja - disse ele.
Afinal, se ela ficasse na floresta seria devorada por animais ferozes, mas não teria sido ele a matá-la.
Na volta, o caçador matou uma corça e entregou o coração do animal para a rainha como se fosse o da princesa.
Satisfeita, ela mandou cozinhar o coração para comer."
"Num braseiro, os guardas aqueceram um par de sapatos de ferro, que a rainha foi obrigada a calçar. E ela teve que dançar com esses sapatos em brasa até morrer. Os jovens se casaram e puderam enfim ser felizes, sem temer mais nenhuma maldade da invejosa." 
Lógico, né gente, pensa bem: COMO o casalzinho poderia ter sido feliz para sempre sem antes ter torturado a rainha até a morte? Impossível, certamente.

Agora, cê jura que isso é um livro infantil? Eu concordo que os contos de fadas "clássicos" são mesmo trágicos e exagerados, mas convenhamos tchurminha, foi demais.

E o troféu nonsense vai para:


Imagem daqui.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

"Toda bala é perdida"

O blog é sobre maternidade, é sobre a Nina e você pode achar que esse tema não se encaixa aqui, mas encaixa sim.

Aqui é o espaço para relatar as peripécias da pequena e guardar lembranças que ela vai ler, rir e se emocionar na futuro. Mas é também o espaço para expor meus pontos de vista, opiniões e decisões sobre o caminho que escolho e tento, seguir para a educação da Nina. Digo "tento" porque não vejo problema nenhum em mudar de opinião ao longo do processo. Somos todos passíveis de erro, certo?

Lá em casa o regime era quase militar, como já contei aqui. Mas isso não se estendia para os ideais da família, valia apenas para os afazeres domésticos. O diálogo sempre existiu. Nunca tive problemas para falar sobre sexo, drogas e rock'n'roll. Fomos criados sem qualquer estímulo a preconceitos irracionais, tanto que tenho dificuldade para entender o que se passa na cabeça de uma pessoa que se acha melhor do que a outra por conta de raça, sexo, classe social ou seja lá o que for. Isso é tão sem cabimento,que além de não compreender, tenho vergonha só de imaginar que esse comportamento ainda resiste no mundo.

A política também fazia parte do nosso dia a dia. Tanto que vez ou outra fomos recrutados para fazer campanha durante as eleições (trabalho infantil, a gente se vê por aqui!). Ficávamos lá, uniformizados, panfletando e sacudindo bandeirinhas do PT. Isso na época em que o PT era oposição e não elegia ninguém. Acho que todo mundo lá em casa tirou o título de eleitor com 16 anos, mesmo não sendo obrigatório. Talvez você esteja se perguntando "por que?" já que política no Brasil é difícil de aturar, mas a verdade é que o voto é a grande arma que temos.

Não adianta reclamar o tempo todo da corrupção e na hora H dar o seu voto para aquele candidato que é amigo do seu vizinho, sabe? Simplesmente porque deu preguiça de buscar e conhecer mais sobre as suas opções. E afinal, que diferença faz um deputado, né? Você está apenas indicando o amigo do seu vizinho para receber 15 salários por ano (dependendo do estado em que você mora), de cerca de R$ 20.000,00. E quem paga esse salário? Não acha que vale a pena pelo menos entender a função dessa pessoa na engrenagem do país?

Então acho que aqui também é o espaço de ME expor. Para que a Nina entenda que não é preciso "aceitar" opiniões alheias. Que precisamos saber discordar e tomar posições contrárias. Mesmo que isso lhe renda críticas. Mesmo que lhe atirem pedras. Mesmo que não seja fácil. Quando ouvir uma verdade absoluta, filha, conteste, informe-se. Vou me esforçar para oferecer a você todos os instrumentos necessários para que você consiga pensar por si mesma, buscando uma visão ampla de cada situação.

Agora vamos ao porque desse post enorme e perdido no meio de tantas fofuras da minha garota gênio (cof, cof). Tá rolando uma campanha no Facebook. Não são raras as vezes que vejo uns absurdos rolando no Face, como vejo na vida. Mas dessa vez vi a tal foto sendo compartilhada, comentada e apoiada por pessoas "esclarecidas", com nível superior e blá, blá, blá. Só pra mostrar como em muitos casos, ter pedigree não quer dizer nada.

A foto é essa aí embaixo:



- É sério que algumas pessoas atribuem toda a culpa do tráfico de drogas aos usuários?
- Então, segundo essa campanha, se a droga fosse legalizada, não teríamos mais problemas com a violência no Rio de Janeiro?
- O que podemos dizer dos muitos policiais que receberam e recebem dinheiro do tráfico para não atrapalhar o andamento do negócio? A culpa também é do usuário?
- Eu sei, a polícia sabe, o usuário sabe e até a minha cachorra deve saber, aonde as drogas são vendidas aqui no Rio e, (oh! cara de surpresa agora hein meu povo), não é preciso subir nenhum morro pra isso. Muitas dessas drogas não passam nem perto dos fuzis que estampam as capas de jornais.
- Por um acaso a cocaína brota lá no morro? A maconha é plantada lá também? Ou elas precisam percorrer todo um caminho pelo Brasil e exterior até chegar lá? Se a intenção é combater o tráfico, a polícia não deveria aumentar essa fiscalização?
- Quem vende armas para os traficantes?
- Vocês acreditam que a figura do "chefão" do tráfico, do todo-poderoso, que dá as cartas nesse baralho, é mesmo representada por um tipo como o tal Nem, da Rocinha?
- Pessoas que apoiam essa campanha são as mesmas que saíram do cinema tendo o Capitão Nascimento como ídolo e acham válido colocar pessoas "no saco" para conseguir uma confissão?

Poucos dias depois do episódio trágico que tirou a vida dessa policial em serviço durante o ataque de traficantes a uma comunidade pacificada no Rio de Janeiro, o Bope realizou uma operação no morro da Quitanda, atrás de lideranças do tráfico que poderiam estar relacionadas com a morte da oficial Fabiana. Uma menina de 11 anos foi baleada e morreu. A PM não sabe de onde veio o tiro e está investigando a bala perdida que matou a criança. Na minha timeline, no Facebook, ainda não vi compartilhada nenhuma campanha sobre a morte de Bruna (era esse o nome dela).

Imagem daqui.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

The wonderful two

Eu já tinha ouvido falar do tal "terrible two", aquela idade em que o pequeno bebê fofo toda vida que você vinha criando e alimentando desde o seu nascimento, se transforma em uma criaturinha enlouquecida, desafiadora e manhosa. Muito manhosa. Sim, isso tudo rola por aqui.

Manha? Tem sim senhor.
Respostinhas atravessadas? Tem sim senhor.
Criança berrando pela casa? Tem sim senhor.

Mas quer saber? Nina aos dois anos é hilária. E, pelo menos para mim, os tais anos terríveis passam longe de dar tanto trabalho quanto os primeiros meses do bebê. Agora aqui em casa é igual na Avon, "a gente conversa, a gente se entende". Sim, porque agora eu tenho uma filha cheia de argumentos. Ela explica, expõe e pondera suas atitudes. Ok, de um jeito todo dela, pra tornar a coisa toda ainda mais adorável. Aos dois anos Nina dorme quando tem sono. Simples assim: Mamãe, quero dumí! Me dá minha cobeta?

Aos dois anos Nina vira "pepessola" e me dá aulas em casa. De balé, inclusive. Aos dois anos ela conversa no telefone com as pessoas, mesmo que ainda dê varias respostas com a cabeça e deixe o pobre ouvinte sem saber se há vida do outro lado da linha. 

Aos dois anos ela me consola se eu chorar. Aos dois anos ela me pede coisas, eu digo que não tenho dinheiro e ela tira o seu dinheiro imaginário do bolso para me entregar. Ela nunca fez manha por não ganhar alguma coisa que pediu. E olha que ela pede tudo, então os "NÃOs" bombam por aqui.

Aos dois anos ela faz muitas besteiras e aprendeu a ser sonsa. Como no dia em que me perguntou se eu já tinha acabado de trabalhar e estava indo pro quarto com ela. Eu disse que ainda não e ela soltou um "tá". Como quem não liga, sabe? Ela nunca fica assim tão indiferente por eu estar trabalhando, então resolvi checar e... A minha cama tinha se tornado um mar de talco. Papel higiênico picado também fazia parte do cenário. No meio do colchão uma boneca pelada. Perguntei o que era aquilo e ela disse: "Ela está com peleba, mamaííím. Eu vai cuidar dela, tá bom?"

Ahhh, cê jura que isso é "terrible two"?

Claro que perco a paciência mil vezes, repreendo, fico cansada, mas NUNCA rola tapa por aqui. Nada de palmadinhas. Sempre que sinto que estou perdendo o controle, dou uma parada. Respiro. Penso que a criança ali é ela e que eu preciso saber lidar com isso. Não grito com a Nina porque ela já está numa fase de muitos berros pela casa. Ela tenta se afirmar com os berros. Se eu responder no mesmo tom, ela pode entender que é assim que a gente se comunica e me deixar surda em uns dois anos, acho eu. As vezes quando a birra está muito fora de controle, eu deixo ela se acalmar sozinha e falo "quando você parar de chorar a gente conversa. Assim eu não consigo". Pasmem: funciona. Ela logo diz: "eu já palei mamãe".Fora isso ela continua a mesma espoleta de sempre. Dançarina. Rebolativa. Cantora. Entre todas as princesas lindas e felizes para sempre, ela escolheu ser a Fiona, que é muito forte, muito rápida e muito verde. Palavras da pequena.

Obs: blog abandonado porque a cria andou de férias e minha casa, bom, o caos da minha casa vale um post a parte. Ou não. Melhor nem tocar muito no assunto que é pra não deprimir.


sexta-feira, 20 de julho de 2012

O tal amor incondicional

Hoje não estou aqui para falar da Nina. Nem para divagar sobre o amor de mãe blá, blá, blá, Whiskas Sachê.


Hoje eu estou aqui para falar sobre O verdadeiro amor incondicional. Sim porque eu sempre ouvi que cães têm um amor sem medidas pelos donos. "O melhor amigo do homem", diz o ditado. A galerinha de quatro patas é assim, puro amor para dar, certo? Aham Cláudia, senta lá.


Hoje eu quero é fazer um protesto. Porque se existe a Sociedade Protetora dos Animais, eu quero mais é saber aonde fica a Sociedade Protetora dos DONOS  de Animais. Porque convenhamos, meu povo, há amor mais incondicional do que o do dono? (Com isso me refiro aos donos reais, aos que se apegam ao bichano, aos que os pegam pra chamar de seu, incluem na família e o escambau).

Eu optei, notem a importância da palavra OPTEI. Foi por livre escolha. Eu optei por limpar cocô e xixi durante toda a vida da Pietra. Porque os filhos um dia aprendem a se limpar sozinhos (né?), mas os cães, ahhh os cães, no máximo eles aprendem a fazer cocô em um local determinado, mas você vai ter que ir lá catar, porque os dejetos não de auto-deterioram, jogam água, sabão, desinfetante e depois ainda lavam o pano de chão.

  • Euzinha escolhi limpar dejetos. Euzinha doei minha cama e meu edredom para ela. Euzinha dou água, comida, faço chamêgo e levo para passear.
  • Eu tiro fotos abobadas e compro brinquedinhos.
  • Eu deixei ela cheirar e lamber meu recém-nascido, para que não se sentisse excluída quando a Nina chegou.
  • Eu não faço viagens longas desde que ela entrou na minha vida, há seis anos. Procuro pousadas que aceitem cachorros, viajo para casas dogs friendly e faço o pacote completo da família, incluindo o cão.

Agora, quer saber como ela retribui?

  • Ela destruiu todos os meus sapatos no primeiro ano de vida.
  • Ela rouba comida em cima da mesa, em cima da pia, no fogão, na Lua, se for o caso.
  • Ela destrói o lixo E espalha tudo pela casa (você pode ter uma lixeira descolada na sua cozinha, colega? Pois é, eu não).
  • Ela comeu as jujubas que eu ia usar na decoração de uma festa.
  • Ela comeu meu batom da MAC.
  • Ela comeu muitos brinquedos da Nina.
  • Ela comeu o modem da internet.
  • Ela faz xixi e ou cocô no quarto da Nina, em forma de protesto, sempre que acha que eu mereço (?)

E ONTEM... ela comeu 10 brownies, dos 50 que eu tinha que entregar hoje para servirem como lembrancinha de maternidade para uma amiga Quando sai correndo, descabelada e sem sutiã, para o mercado a fim de comprar ingredientes para repor a perda sem comprometera entrega, ela se sentiu "excluída" e fez xixi no meu sofá.


Agora diga lá: de QUEM é o tal amor incondicional mesmo???


Sim porque amar a Lessie e o Rin Tin Tin é mole, né não? Quero ver é encarar a Pietra.



quinta-feira, 12 de julho de 2012

A mordida na língua e o fim.

E como eu passei por dois anos praticamente imune às zicas, doenças e afins de um bebê, os astros resolveram mexer os pauzinhos e ver como a mamãe aqui se saía com a cria bichada.

Primeiro veio a gripe, dias e dias de febre, nada de querer comer, mega grudada e carente, uma semaninha em casa, alguns dias de antibiótico e, quando tudo acabou, do nada, Nina acorda no meio da noite aos berros, reclamando de uma dor na boca. Tentei olhar, nada vi. Voltamos a dormir. Uma hora depois, tudo de novo. Mais alguns minutos e chororô, again. Assim fomos por toda a madrugada até que ela acordou de vez (eu não), super bem disposta, mas ainda reclamando da boca. Tentei olhar na luz do dia... nada.

Passou o dia bem, até comeu, mas de noite começou a piorar e só aceitava o leite. Não tinha febre. Fomos dormir e tudo de novo. Parecia que a parada potencializava de noite e ela passava a madrugada toda acordando. Eu idem. Achei que era afta e mesmo sem enxergá-la, passei uma pomadinha de camomila que tinha em casa. Parecia aliviar, mas não resolveu.

Depois de três noites insones e uma criança gulosa que resolveu não comer mais, brotamos lá no consultório do pediatra. Agora adivinhem o diagnóstico: mordida na língua. Simples assim. Ela mordeu, o troço inchou e aparentemente por conta disso ela mordeu muitas outras vezes no mesmo lugar. De noite o tal machucado encostava no dente e ela acordava. Eu idem.

Nova pomadinha, ela melhorou rápido, em dois dias tava nova, mas com cerca de um quilo a menos. Nada grave porque ela é das parrudas.

No meio dessa confusão toda e de muitas noites mal dormidas, o pai - sim aquele ser vivo que divide a cama conosco, mas que nunca acorda com uma criança aos berros - resolveu acordar. E passou uma noite inteirinha acordando enquanto a Nina choramingava. No dia seguinte estava um caco e como mágica compreendeu o motivo do meu cansaço (tu jura?). E depois de levar muitos chutes da Nina durante um ataque de fúria noturno e sonâmbulo, ele resolveu que a tal cama compartilhada tinha chegado ao fim.

Arrumamos o quarto dela, a cama, tudo nos conformes e ele ficou responsável por colocar a pequena para dormir lá. A primeira noite foi tão fácil, que me animei. Já estava lá toda esparramada na minha cama, quando na segunda noite ela chorou. Mas ok, foram só umas duas vezes. Sobrevivemos.

Na terceira noite, mais alguns despertares, mas o projeto estava de pé. Mas aí, quando ela resolveu dar uma de recém-nascida e acordar de hora em hora eu tive um flash back e não curti.

Eu durmo tarde e durmo pouco. São raras as vezes que deito antes das duas da manhã. Acordo quando a Nina acorda, algo entre 7h30 e 8h. E quando lá pelas cinco da manhã a bichinha continua acordando chamando seu nome no quarto ao lado, o que você faz? Bom você eu não sei, mas eu carreguei meu travesseiro e fui lá compartilhar a cama com ela no outro quarto. #prontofalei

E dormi viu? Por três lindas e ininterruptas horas.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Branca, branquela, branquinha

"Ela era branca, branca
Dessa Brancura que não se usa mais
Mas sua alma era furta-cor"


Mario Quintana não conheceu a minha pequena, mas fato que esses versos poderiam ser para ela.

Então minha linda, quando você crescer e estiver se sentindo a branquela mais azeda da turma, lembre-se da sua alma furta-cor.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Enjoos

Eu sou uma expert em enjoos, vômitos e afins. Não tenho problemas de nojinho nem nada e isso não tem nada quiver com a minha vida de solteira, com os excessos de tequila, com a cabeça girando ao deitar ou com a amnésia alcoólica da vida pré-materna. Minha experiência no assunto é muito anterior.

Minha mamis foi premiada com não uma, mas duas crianças que enjoavam no carro. Além disso, todos os dias ela pegava essas duas crianças, no caso eu e meu irmão, e atravessava a Grajaú-Jacarepaguá, aquela serra que une os dois bairros. Claaaaro que no meio do caminho um vomitava, o outro acompanhava e assim sucessivamente o carro foi adquirindo aquele aroma peculiar de azedo, sacas?

Uma vez teve uma excursão no colégio e eu já era maiorzinha, devia ter meus oito anos mais ou menos. Aí você pega a criança, joga num ônibus com outras mil crianças enlouquecidas. Passa o dia mergulhando na piscina, pegando um sol e comendo batata frita, depois joga os monstrinhos no ônibus, again. Lembro-me que passei todo o trajeto colocando em prática minhas técnicas anti-vômito: janela aberta, vento na cara, olhos focados em uma só direção. Olhar para trás, nem FO-DEN-DO. Desci do ônibus, mamis me esperava e logo sacou minha cara verde.

- Você quer vomitar?
- Sim.
- Calma, vamos andar até o carro.
Vendo que eu não ia aguentar, ela apertou o passo e falou:
- Apoia aqui filha, já é o nosso carro.

Nessa hora, eu que já não estava vendo nada na minha frente, lancei um jato de vômito no capô do carro. Mamis tranquila, afinal, o que é um azedinho do lado de fora pra quem está pra lá de acostumada com o azedo interno?

Mas daí gentes, que o carro não era dela não. Era igualzim, mas o dela estava duas vagas depois. Podíamos ter deixado um bilhete para o dono, mas faltou papel e caneta, faltaram forças e sobrou uma criança tensa, por ter vomitado no carro alheio na porta da escola. Amiguinhos podem ser cruéis, né? Melhor meter o pé. Então aproveito o momento para pedir desculpas ao dono do veículo pelo capô vomitado. Juro que não fiz por mal. Nem mamis.

Hoje em dia eu não enjoo mais porque gastei toda minha cota da infância. Nem pra gravidez sobraram créditos. Se hoje isso não rola mais, então por que esse post? Porque claaaaro que papai do céu ia retribuir os anos de vômitos no automóvel da minha progenitora me dando uma filha que enjoa no carro.

Isso nunca tinha acontecido, mas depois de estrear a caminho das fotos, ela repetiu a façanha no carro da dinda esse final de semana. O meu automóvel segue ileso.

O que já descobri:

- Isso é normal, mesmo que seu filho nunca tenha enjoado, é depois dois dois anos que eles colocam as manguinhas de fora.
- Ela começa sempre dizendo que está com dor de barriga, porque não consegue entender que se trata de um enjoo.
- Quando está na cadeirinha melhora muito, porque ela fica mais focada em olhar para frente.
- Alto da Boa Vista é fatal.

Dizem que melhora depois dos 12 anos, então ainda me faltam 10 pela frente...


terça-feira, 19 de junho de 2012

Gripadas

E a gripe que pegou a Nina resolveu garrar nimim também. Só para não perder a viagem.

Sábado acordei com espirros estranhos, daqueles que quando terminam geram uma onda de arrepios pelo corpo. No sábado de tarde a coisa piorou e de noite, ahhhh, de noite amiguinhos, o bagulho ficou foi doido. Febrão, dor na cabeça, dor no corpo e sem força nenhuma pra levantar meu corpitcho pra nenhuma atividade. O jeito foi apelar para mom's que carregou a pequena para sua residência e me permitiu passar o domingo inteiro jogada no sofá. Não levantei nem para comer. Só não doía quando não respirava.

Fiquei imaginando: se minha filhota saltitante também se sentiu assim, como ela conseguiu pular tanto?

Depois de um dia inteiro sem fazer nada para ninguém fiquei um pouco melhor, corpo ainda moído, porém sem febre. A má notícia é que Nina, apesar de lépida e fagueira, continuava com quadros febris. O jeito foi marcar o pediatra para segunda, torcendo para que não fosse nada.

O dotô de início levou um susto com a minha ligação, já que sumi do consultório faz tempo. Minha última visita tinha mais de um ano. Depois levou outro susto ao examinar os ouvidos da Nina. Ficou sem entender como ela não reclamou de dor. "Estão beeeem vermelhos e inflamados", foram as palavras dele, já que eu mesmo nada vi. Egoísta aquele negocinho de olhar orelha de criança, né? Nem que a gente queira consegue ver alguma coisa (#amãeintrometida).

O resultado foi que após quatro dias de febre, voltei pra casa com uma receita de antibiótico que achei que era o primeiro da carreira da Nina, mas depois me lembrei do episódio do  e me toquei que não era não. A estreia já tinha rolado.

Pra finalizar, passei o cartão do plano de saúde e a máquina recusou. "Ué, recusou por que???" Só assim descobri que apesar de pagar todo mês e ter boletos previamente emitidos até dezembro, o troço estava fora da validade. Porque de mandar a cobrança eles lembram, né? Mas o cartãozinho que é bom...

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Criança doente = Cama (???)

A cria está com 38,5º de febre e:

A) Fica mais caidinha, com sono e quer colinho de mãe.
B) Fica chata. Choraminga, sente dor e quer dormir.
C) Ignora o fato. Corre para sala, dança Kuduro enquanto cantarola "ioioio" e por fim pede para ir ao parquinho, já que se livrou da escola.


Bem-vindo ao meu mundo!

Agora diz aí, mereço ou não ir para NY? Vamos votar?


Tem que curtir a página da Limetree e votar no meu post nesse link aí em riba.

Bjks

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Pai é pai

Este post é candidato ao concurso “O melhor post do mundo da Limetree” 

Na primeira noite da Nina fora da minha barriga eu estava péssima. Toda recortada lá naquela cama de hospital e com uma barriga tão imensa que eu era capaz de jurar que tinha outro bebê ali. Talvez a médica, num rompante de caridade com a minha total incapacidade para ter filhos gêmeos, tivesse resolvido deixar o segundo exemplar ali guardadinho, tipo pegadinha, sabe?

Eu senti muita dor. Muita dor. Muita dor. Não podia me virar, nem me levantar e a Nina chorou, chorou, chorou. Quem você acha que ficou responsável por pegar a pequena no colo, levar pra mim, colocar no peito e blá, blá, blá? O pai claro. Pela manhã, quando ele acordou, depois da Nina ter finalmente dormido por umas três horas seguidas em cima de mim, ele olhou bem nos meus olhos e proferiu as seguintes palavras: "Foi a pior noite da minha vida."

Se eu não estivesse remendada era capaz de ter voado no pescoço dele. Como assim a pior noite??? É sua filha, tá louco? O comentário que ficou engasgado na minha garganta por alguns meses, hoje faz todo sentido pra mim.

Depois que voltamos para casa, foi engraçado observar o comportamento dele com a Nina. Ele olhava para ela e chorava de emoção, mas ao mesmo tempo deixava claro que não conseguia interagir com um bebê tão pequeno. Ele beijava, acariciava, pegava no colo, mas era como se faltasse uma conexão. E faltava mesmo. Indignada eu tentava criar, buscar argumentos, para provar que ele estava errado, mas a verdade é que ele era apenas sincero. 

Eu fiquei totalmente paralisada quando foquei os olhos na Nina pela primeira vez. Senti uma emoção única quando a peguei no colo, mas a verdade é que nos primeiros meses agia muito mais no automático e no instinto de precisar alimentar, cuidar, proteger, do que realmente baseada no amor pela criaturinha. Eu sabia que amava, mas não me sentia o ser mais iluminado da terra. Eu estava feliz, mas confusa. Eu estava feliz, mas cansada. Eu estava feliz, mas sofria. Então eu simplesmente amava, cuidava e reprimia qualquer dúvida na minha cabeça, porque era assim que as coisas tinham que ser. Será?

Agora, se mesmo para mim, a mãe, a que carregou o bebê na barriga por mais de 40 semanas, a que teve a oportunidade de amamentar a pequena (coisa que os pai, coitados, nunca vão poder experimentar), a que sentia a cria se acalmar só com o meu cheiro, se mesmo para mim era complicado entender esse vínculo, esse amor, essa cobrança, imagina para o pai? 

Hoje eu entendo que a relação entre pai e bebê se forma no dia a dia e de uma forma bem mais lenta do que a da mãe com o bebê. Nada mais normal.

As coisas foram tomando rumo com o tempo. A cada nova conquista da Nina, eles se conectavam um pouco mais. Quando ela começou mesmo a interagir, se jogar para um e outro, chamar, mesmo que com o olhar, fui percebendo ele nascer como pai. E hoje, observo a pimpolha, com todas as suas argumentações elaboradas, carregadas na dramaticidade, derrubar um marmanjo de cento e muitos quilos. Vejo ele se derreter pedindo um abraço de bom dia ou se sentir todo todo quando ela coloca um sapato e diz que vai trabalhar com o papai. Vejo como esse tempo foi necessário para construir uma relação entre os dois. 

Toda mãe passa por um intensivo quando o filho nasce. Além dos nove meses de transformações, você precisa dar conta daquele bebê de uma hora para outra. É covardia querer que os papais acompanhem esse ritmo, né? Tudo a seu tempo.



Vota lá na gente que estou doidha pra dar um rolé em NY! Tem que curtir a página da Limetree no Face e só dá pra votar uma vez em cada candidato.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

As jujubas, o vômito e as fotos

Aconteceu muita coisa por aqui nos últimos tempos e a falta de um armário tem deixado a minha vida estacionada. Deu pra entender?

Bão, tenho acumulado algumas tralhas. Logo eu, justo eu, bem feito pra eu, que sempre enchi a boca pra falar que pratico o desapego. Pois é, mas trabalhando com festas, "apegar" é palavra-chave. E assim me apego às caixas de papelão, a restos de bola de encher, pedaços de fitas, latas de leite, vasos e qualquer sorte de coisa que possa virar um artigo lindinho numa festa mais linda ainda. Ah, deixei a modéstia de lado também.

Aí estavam lá, todas as minhas tralhas acumuladas em cima da mesa da sala. E fui eu toda cheia de mim montar uma festinha. Passei o dia fora, entre brigadeiros e bandeirolas e quando voltei senti um cheiro estranho. Não era cheiro de queimado, não era cheiro de lixo, era como se tivesse um defunto na minha residência. Segurei a Nina atrás de mim e quando cheguei na sala...


O horror, o horror!

Pietra estava com diarréia.

Agora idealize uma diarréia confeitada com jujubas? Sim jujubas, coloridas e inteiras no meio daquelas poças espalhadas pelo chão da minha casa.

Agora você, amiga blogueira, que como eu tem um cachorrinho fofo, um cachorrinho salsicha, daqueles baixinhos, diga se você poderia imaginar que esse ser que mal tem patas decentes poderia subir na mesa, jogar no chão um pote fechado com jujubas dentro, de modo que a tampa fosse lançada ao longe, e que depois, esse mesmo cãozinho comeria, simplesmente, meio quilo de jujuba?

Pois é, vindo da Pietra isso é super normal e eu NÃO deveria ter deixado aquele pote ali, mas achei que estava seguro, fechadinho, enfim. Não foi surpresa, foi burrice mesmo.

Depois de limpar a casa toda, com a Nina em cima do sofá, só ouvia a pequena repetir para a cachorra: "Qui nojú Piêta. Qui nojú".

Entenderam porque preciso de um armário? Não consigo arrumar as coisas porque não tenho aonde guardá-las. (Para doações, favor me mandar um email)

Não pára por aí, mas agora o causo tem nada quiver com o armário não.

Nina virou modelo. Hahahaha, calma gente não fiquei louca. Minha prima é editora de uma revista de noivas e convidou a pequena pra participar de um editorial. Lá fomos nós, inexperientes de tudo, achando que era só dar um pulinho ali ó, pá-pum.

Fomos eu e ela, com a roupa do corpo. De manhãzinha, de carona com uma das meninas da revista que também estava levando o filhote dela pra participar. Ele é da idade da Nina e estava dormindo no carro. Simpática e vendo que a Nina estava acordadíssima, ela disse: "vou colocar um DVD pra ela ver."

Gente, eu não tenho DVD no carro. Nesse dia tive a certeza que nunca terei. Nina começou empolgada, mas aquelas duas televisões micras, presas no encosto de cabeça do banco da frente, somadas com as curvas do Alto da Boa Vista, renderam um jato de vômito da pequena na mamãe aqui. E lembram que fomos com a roupa do corpo, né?

Nina chegou para tirar as fotos vestida de calcinha e tênis e só estava limpa porque viemos em um carro equipado com lenços umedecidos, toalhas e coisas que uma mãe consciente, que não era eu, leva para seu filho. Eu cheguei fedendo a azedo mesmo e assim permaneci o dia todo, porque só cheguei em casa depois das sete da noite.

Mas aí né, descobri que a garota gostou mesmo do babado.
Fez todas as trocas de roupa rindo.
Queria fazer maquiagem.
Fez poses e caras pras fotos.
Birras e afins com as outras crianças.
Encheu o bucho de biscoito de polvilho, mas detestou o pirulito e o algodão doce (ponto pra mamãe!)
E de repente teve um rompante de moleca e arrancou os sapatos, as roupas e entrou na piscina de calcinha mesmo.



Fora esses acontecimentos, pintei o cabelo umas três vezes nos últimos dois dias e não gostei de nenhuma cor. Agora quero mudar, mas estou com medo de ficar careca, porque a coisa aqui não ficou boa depois dessa química toda.

A casa continua um caos e a cachorra está de dieta.

Quero ver se ela emagrece e se esse troço de dieta funciona mesmo, vai que assim eu me inspiro. Experiência com animais? Não, não, sou contra.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O desfecho

Depois de uma semana estressante, a saga chegou ao fim hoje.

A dona dos blogs e lojas virtuais que estavam usando a minha logo entrou em contato comigo hoje, através de um email. Ela afirmou que não sabia que se tratava de uma marca, achou que era uma imagem livre da internet. Disse também que não chegou a usar a logo em suas lojas, porque as lojas na verdade nunca existiram, ela estava apenas experimentando, não havia estoque ou produtos de verdade para vender. Era apenas para testar uma possibilidade futura. Disse também não saber que se tratava de um plágio, aliás, disse desconhecer as características de um plágio e se definiu como uma ignorante virtual.

Ela pediu desculpas e retirou todos os sites ar. Antes disso, uma das lojas, a da Nuvem Shop, já havia sido retirada do ar pela própria empresa, que diante do silêncio da usuária, concordou em nos ajudar com a questão.

Ela se defendeu afirmando que passou quatro dias sem acessar o email, pois estava na casa da sogra com o filho e contou algumas desgraças, problemas e dificuldades que não vêm ao caso. Afinal, problemas todo mundo tem, né não? Criar filho é brabeira mesmo e isso não é exclusividade de ninguém. Não concordo em usar esses fatores como desculpa para qualquer atitude impensada ou irresponsável em nossas vidas.

Estou feliz por tudo ter terminado, mas ainda chocada por imaginar que existem pessoas, universitárias, que desconheçam a existência de plágios na internet. Nesse caso a pessoa é estudante de direito, mas mesmo que não fosse, porque eu aprendi que não podemos copiar ou usar o trabalho de outro como se fosse nosso muito, mas muito antes de entrar na faculdade.

No primário, quando a professora diz que você não pode copiar a redação do seu irmão e usar como sua, você já se liga que isso vale pra vida, certo? Eu me liguei pelo menos.

Bom, agora é bola pra frente. Estou num momento bem legal, a vida está uma confusão, mas vejo as coisas tomando forma. O cheque especial está bombando, mas tenho certeza que vai melhorar. E as festas? Estão cada dia mais lindas (cof, cof, modéstia?). Estou preparando um sorteio bem legal pra vocês lá no Acorda, Alice! Aguardem.

Beijos e obrigada a todos que me ajudaram nos últimos dias. "Plagiando" o Beto Guedes: "um mais um é sempre mais que dois".

terça-feira, 29 de maio de 2012

Carta aberta a Paula Ferreira


Carta aberta a dona do blog Mamífera, Paula Ferreira, que plagiou a marca do meu blog e não teve sequer a decência de responder aos meus emails ou comentários. Deixei esse recado em sua página, como comentário, mas duvido que ela aprove a exibição. Publico aqui para vocês, como um desabafo.

Paula,

é uma pena que essa seja sua forma de se comportar. É uma pena que sejam esses os valores que você vai passar para o seu filho. Eu sinceramente espero que ele se torne uma pessoa melhor que você, pois não precisamos de mais seres humanos com desvios de caráter no mundo. A marca que você desonestamente se apropriou me pertence e foi criada por uma amiga minha para ilustrar um blog sobre a minha filha. No futuro tenho certeza que ela vai ler o blog e se orgulhar da mãe que tem, se emocionar com suas histórias, com cada conquista. E o seu filho? Também vai ter orgulho do que ele vê aqui?

Eu esperava no mínimo um retorno. Esperava ver essa mulher de coragem, como você se descreve aqui ao lado, mas não. Estou diante de uma pessoa de má fé e covarde. Que não responde aos meus emails, que não dá o braço a torcer diante do seu erro e que acha que consegue se esconder atrás de um mundo virtual, mas adivinha só, não adianta.

Você registrou o domínio ninaland.com.br em seu nome. Fique com ele pra você, mas tenha a decência de usar toda essa criatividade que você diz que tem para criar sua própria marca. Eu não tenho nenhum interesse de fazer do meu blog um comércio, por isso fui ingênua o suficiente para ignorar a existência de pessoas como você. É vivendo e aprendendo.

Espero que você cresça Paula. Espero que amadureça. Espero que aprenda e que não seja tarde demais.

Sem mais,
Alice

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Plágio

Pois é né? Depois da Carolina Dieckmann, foi minha vez de sofrer com a internet.

Calma gente, que não tem foto minha rolando por aí. O caso aqui foi um plágio escancarado da marca do meu blog, criada por uma grande amiga minha com base no nome que eu escolhi.

Essa pessoa simplesmente copiou e colou a marca do meu blog em sua loja virtual. E o que é pior, fez um post, sim ela também tem um blog, contando sobre sua ideia e blá, blá, blá.

O texto dela, que pode ser lido aqui, diz o seguinte:


Olá pessoas! Hoje vim compartilhar com vcs a  alegria de estar montando uma loja virtual...
A NinaLand é um projeto que "borbulha" em meus neurônios há muitos meses, mas só agora rolou aquela química perfeita que faz as coisas acontecerem.
O site da loja está em fase final de construção, mas enquanto a loja não abre, vocês podem dar uma "espiadinha" nas novidades no blog da NinaLand, onde estamos adicionando as coisas mais interessantes que a loja irá disponibilizar para o consumidor.
Espero que vocês gostem! Não deixem de conferir!

O projeto borbulhava na cabeça, mas a química só rolou quando ela encontrou a marca do meu blog para copiar.

Enfim, já entrei em contato e pedi que ela retirasse a minha marca do ar. Vamos aguardar, né?

Sem querer dar mais crédito para moça, mas vale para vocês conferirem:



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Arroz com feijão

A Thais lançou essa campanha ontem e eu super me identifiquei. Porque eu não sou assim, a mais saudável das mães, mas tem coisa melhor do que arroz com feijão? Tem coisa melhor do que saber que uma duplinha tão gostosa é também mega nutritiva? Hein? Hein? Eu amo, amo, amo. E Nina ama, ama, ama. E papai, bom, papai ama tudo relacionado a comida.


Agora estou aqui matutando sobre um prato criativo com essa dupla. Tá difícil ganhar desse ursinho na banheira, mas vamô que vamô! E você? Já pensou no seu?

Corre pra conhecer a promoção!

domingo, 20 de maio de 2012

Semana corrida e sinais de loucura maternos

Como de costume, a última semana teve sete dias,certo? Errado. A minha deve ter tido uns 20. Estou morta, cansada, exaurida, mas feliz.

Primeiro porque continuo com o meu freela rolando a todo vapor e confesso que esse finalzinho está bem difícil. Segundo que dei um pulinho em Buenos Aires para ver o Flu. Saí daqui na quinta de manhã e, diante de atrasos mil, estava de volta na sexta à noite. E terceiro que ontem teve festa!


Como ia passar dois dias fora, tive que correr com as coisas da festanã, mas claro que não deu pra terminar tudo. Quando cheguei de viagem, cai dentro dos preparativos e sábado bem cedo estava lá no play montando a parafernália toda. Deu trabalho, mas ficou LIN-DO.

O problema é que essa programação me rendeu dois dias longe da Nina. Mas sobrevivi. Ela então, nem se fala. Curtiu horrores longe da mamãezinha aqui.

Nessa semana comi o melhor bife do mundo, chocolate, doce de leite e provavelmente ganhei alguns quilos.



Além disso, viajei deixando minha residência dentro de seu caos habitual e quando voltei... o horror, o horror! Você achava que estava ruim? Aham Claudia, senta lá. Maridin ajudou a triplicar o problema. Ok, ok, ok.

E claro que minha sanidade mental, que já não é das melhores, se mostrou abalada com a correria:

Coloco a Nina no carro. Ela saiu de casa de chupeta, mas, sei lá como, ela estava sem. Com sono, ela começa a me pedir a chupeta e eu perguntando para ela aonde estava a tranqueira, aonde ela tinha colocado e tals.

- Tá no seu bolso, mamãíím!
- Não filha, não está. Mamãe não trouxe a chupeta, estava com você.
- Nhão. Tá no seu bolso.

Ignoro a criança, reviro o carro, olho embaixo da cadeirinha. Pergunto de novo aonde ela enfiou a chupeta.

- Nhão sei... tá no seu bolso.

Levanto a Nina. Levanto as bolsas. Olho pelo chão. Enfio a mão dentro do casaco dela. NADA.

- Filha, não tem chupeta.
- Poxa vida, mamãíím. (Morro quando ela fala assim).

Volto pro meu lugar, sento e quando coloco o cinto de segurança algo me incomoda.

Claro que estava no meu bolso.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O banho frio

Eu tenho trauma de banho frio. Não é medinho, não é frescura, é trauma. São problemas psicológicos sérios do meu eu interior.

Sendo assim, eu, que moro no Rio de Janeiro, debaixo desse calor da moléstia, SÓ tomo banho quente. Não é água morna, não é para quebrar o gelo, tem que ser quente. E tanto faz se estamos no inverno ou no verão, a água do banho tem que ferver.

Na praia não. Na praia gosto de água gelada, porque se não me sinto numa canja. Estranhei muito quando viajei para o nordeste e mergulhei naquele marzão morno, mas isso não tem nada a ver com o que quero falar.

Ocorre que, como tudo na vida, meu trauma de banho frio tem culpado. E a culpa é da mãe, claro. No caso, da minha mãe que, gentilmente, cortou a água quente lá de casa quando éramos pequenos. Todo mundo tinha que tomar banho frio, lá pelas cinco da manhã, antes de ir para a escola e também de noite, antes de dormir. No verão era mais suportável, mas no inverno, em Jacarepaguá, era desesperador.

"Vocês são alérgicos", ela dizia. Mas na minha cabeça era só um plano maquiavélico para fazer com que a gente tomasse gosto pela coisa, porque ela sempre adorou banho frio. Podia também ser uma forma de economizar luz e não atrasar a hora de sair de casa, pois veja bem a equação:

Chuveiro elétrico + Quatro crianças + Casa em Jacarepaguá + Colégio na Tijuca + Banho quente = ATRASO NA CERTA!

Mas troca aê esse banho quente por uma cachoeira de água gélida caindo pela sua cabecinha que recém abandonou o edredom quentinho lá na cama e duvido dê o dó que o banho dure mais do que 30s. Com tudo incluído: shampoo, condicionador e sabonete. Foi nessa época que entendi a importância do shampoo 2 em 1, porque ninguém na vida merece congelar o cérebro duas vezes seguidas debaixo de um chuveiro como aquele.

Quando tomávamos banho na casa da minha avó, era minha forra. Nem ligava a água fria, era só a quente e se mamãe brotasse no elevador, vovó que sabia das coisas vinha correndo me avisar e abria a porta do banheiro, para dar tempo de dissipar o fumacê provocado pela minha sauna, vulgo banho. Tudo antes que mamãe percebesse.

Enfim, todo esse lenga lenga não é para fazer queixa de mamis, porque já a perdoei por essa tortura falha. Na verdade é só para demonstrar minha frustração com uma filha que só toma banho frio. Gelado. De onde jizuis ela tirou essa ideia??? Não posso culpar mamãe pois há tempos ela religou o chuveiro elétrico em casa e nunca expôs a Nina aos seus testes. Mas o fato é que a garota não quer nem papo. Banho? Só se for frio.

Por isso nós NUNCA tomamos banho juntas. Banho é só com o papai que não tem traumas desse tipo.

Mas hoje, estávamos sozinhas, ela disse que queria tomar banho. Levei ela pro banheiro e perguntei:

- Posso ligar a água quente?
- Não. Gilado.

Preciso dizer que não entrei no box? Liguei o chuveiro, entreguei o baldinho para a pequena e só compareci no momento do sabonete. Mesmo assim o enxague ficou por conta dela que encheu o recipiente de uma água congelante e despejou na cabeça como se não fosse nada.

E está frio no Rio, tá? Ok, ok, meus parâmetros de frio não valem muito, mas estou em casa de casaco e meias me perguntando aonde foi que eu errei.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Rua dos Loucos, nº 0

Alguns não vão conseguir acompanhar, outros vão achar que esse post "não tem pé, nem cabeça, não tem ninguém que mereça", mas... digamos que, apesar de me considerar uma pessoa sensata, constatei mais uma vez que minha cachorra é louca. Ela pensa que é um sapo e sempre que rola uma mosca ou um mosquito pela casa, ela se prepara, foca no intruso e dá botes pelo ar tentando engolir o ser. Uma amiga minha disse: "cachorro é o reflexo do dono". Cara, lascou-se. Porque além de uma cadela maluca eu me casei com uma pessoa que não tem a menor noção do que é ser normal e vive num mundo cheio de regras e teorias próprias. Por fim, pari uma menina lindamente desmiolada o que me faz questionar seriamente a minha sanidade mental.

Vamos ao fatos, Nina ficou catarrenta. O pai levou ela para tomar um banho de cachoeira, ó que lindezas aí embaixo. Mas o tempo virou no Rio e passamos do calor sinistro para uma certa friaca. Sou carioca, né? Bateu uma brisa eu tiro o cachecol do armário e decido tomar vinho porque não dá pra beber chopp com esse tempo gelado. No dia seguinte a pequena tossiu. Depois espirrou e ficou entupida. Sem febre, menos mal. Ontem quando chegou da escola estava com aquela cara de bebê gripado. Como ela NUNCA fica doente, não tenho alguns artigos de sobrevivência básica em casa, como soro fisiológico.

É alto, tá papai?

Pausa.

Nina tem uma tendência para a hipocondria, por isso agradeço que ela raramente tenha alguma zica ou precise de remédios, porque ela se amarra num medicamento. Acho até que curte quando fica doente. Imaginem uma cara de êxtase. É a Nina colocando soro fisiológico. Hoje ela avistou um vidrinho de vitamina C em cima da pia e soltou:

 - Mamãííín, mim dá esse?
- Não Nina, você já tomou. É só uma vez por dia.
- Intão tá. Mas intão,  mim dá só um poquinho di novo, tá mamãííín?

Eu disse que era uma casa de loucos, certo?

Despausa.

De lá pra cá tivemos algumas noites sinistras porque ela acordava toda hora, mas não como se estivesse se sentindo mal e sim como quem teve um pesadelo. Ela choramingava e falava coisas desconexas. Não sei até que ponto isso tem a ver com a gripe porque Nina tem mesmo pesadelos, só que na última semana eles estavam turbinados. Levei alguns chutes, perdi meu travesseiro e alguns fios de cabelo. Fiquei com dor nas costas, porque só cabia metade de mim no pedaço que ela deixou da cama. Pela manhã ela continua acordando super bem disposta e alegre, como quem dormiu feito uma pedra.

Já é sabido também que a falta de sono interfere na sanidade mental da pessoa. Eu sempre soube que meu surto criativo vinha à noite. Sou assim. Funciono melhor depois das 21h. Sempre gostei de estudar nesse horário, fazer trabalhos, sempre. De modo que continuo nesse ritmo, mas agora tenho uma filhota, uma casa, uma cachorra-sapo e um marido com pé na Terra do Nunca (isso é motivo para um outro post). Daí que é nesse horário que caio dentro dos meus trabalhos e não tenho ido dormir antes de duas, duas e meia da madruga. Mas ninguém contou pra Nina que ela deveria dormir até mais tarde. Além disso, já reduzi o horário da pequena na escolinha, então nós duas acordamos (?) e passamos a manhã juntas, de tarde ela vai e eu imagino que vou arrumar a casa, mas só imagino.

Tenho problemas de organização. Não só de organização das minhas tralhas, como da organização de tarefas. Enquanto lavo a louça, lembro que preciso estender a roupa e não raramente, largo a louça e vou até a área. Enquanto estou estendendo a roupa, lembro que fiquei de ligar para a boleira e lá vou eu. Depois que falo com a mulher, acho que o banheiro está precisando de uma guaribada e lá vou eu com desinfetante, pano, escovão... quando vejo a hora lembro da aula de spinning e corro pra me arrumar. Diz aí? Qual tarefa foi terminada? Nenhuma, bebê!

E de noite? De noite tem Nina. Depois da Nina tem surto criativo e novela das nove. Sim, além de louca sou noveleira.

Abaixo a versão da Nina para a música A Casa

Ela uma casa, muito engaçada
Num tinha tetu, num tinha nada


Ninguém podia entá nela não
Poquê na casa num tinha penico.


Ninguém podia fazê xixi
Poquê na casa num tinha paêde


Ninguém podia dumi êdi
Poquê na casa num tinha chão!

Será um sinal? Telefones de psiquiatras, psicólogos, ajuda espiritual e afins podem ser deixados nos comentários.

Grata!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Constatações de uma mãe

Roupas

Antes: Você lava as roupinhas do seu bebê com um sabão líquido neutro e zela pela pele sensível da criança. Algumas peças, entre uma mamada e outra, você lava na mão rapidinho porque aquele cocô de recém-nascido qualquer esfregadinha limpa. As outras você coloca na máquina no modo "Delicado" e pendura tudo lindo e cheirosinho no varal.

Depois: Você constata que as roupas da fofa da sua filha, outrora lavadas quase que manualmente com sabão neutro, agora são mais encardidas que os panos de chão da sua casa. Você gasta fortunas com o tal alvejante sem cloro, deixa as roupas de molho por três dias, usa um sabão mega ultra power tira manchas, joga tudo na máquina no modo "Tira manchas/Branco/Encardido" e elas continuam sujas. Aí você descobre as maravilhas que só a água sanitária faz por você e decide que a criança de agora em diante só anda de branco ou vestida com cores escuras que disfarcem as manchas. Amarelinho bebê, rosinha bebê, azul bebê, ou qualquer coisinha com "bebê" no final está definitivamente banido..


Brinquedos

Antes: Você acha que organização é separar os brinquedos da sua cria por tipos. Uma caixa para as bonecas e seus respectivos apetrechos (chupeta, penico, bercinho, carrinho, roupinhas), outra para as panelinhas e artigos de cozinha. No baú você coloca os joguinhos, separando as pecinhas de cada um.

Depois: Você descobre que o nome disso não é organização e sim "ideia de jerico". Porque se seu filho mal guarda as coisas dele você ainda espera que ele entenda de lógica organizacional? Quem você acha que vai ter que fazer essa triagem diariamente? No fim, você simplesmente arruma grandes caixas e fica feliz de ver que todas as tranqueiras cabem ali. Quando sobra um bicho de pelúcia do lado de fora ou um conjunto de panelinha jogados, sem problema. Você enfia um na gaveta de sapatos e o outro dentro do armário do pai.

Aniversários

Antes: Você fica feliz em ver tudo que a sua filha ganhou. Abre todos os brinquedos com ela pela sala, aprende, ensina, fica empolgada e vê a criança se apegar a um ou dois deles e ignorar o restante Você guarda tudo,tranquila e dentro da sua lógica organizacional.

Depois: Você torce para que ela ganhe roupas. Quem sabe um sapato? Ela anda precisando de um tênis, humm, será que posso pedir? Você não abre mais todos os brinquedos. Separa alguns lacrados, para servirem de novidade em um dia chuvoso e, na hora de guardar, você enfia tudo no buraco que der.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sim, estamos vivas!

Bloguinho querido de mi corazón! Estás tão abandonadinho, que se rolasse uma conselho tutelar dos blogs, tinha perdido sua guarda!

A vida anda corrida. Esse lance de ficar em casa NÃO me dá mais tempo. Deixa minha vida mais feliz, fato, mas não menos atarefada. Ainda mais agora que me joguei na malhação e tenho que bater meu ponto lá sempre. Além disso arrumei um trabalhinho freela que anda sugando TODA a minha inspiração. Fico ali, tão envolta nos textos, que não me sobram palavras, nem vírgulas, nem pontos, nem nada para contar meus causos.

Mas aí hoje resolvi que ia dar o ar da graça, só para registrar algumas coisinhas básicas:

Das coisas fofas

Nina está certa de que é uma bailarina. Mas mais certa que bolo em festa de aniversário.

Minha menina moleca, pé no chão sujismunda, agora só quer usar vestidos. Vestidos com saias rodadas e esvoaçantes para que, na ponta dos pés, ela possa girar e ver a roupa inflando. Ok, ok, ela continua sendo uma bailarina sujismunda e pé no chão, mas pra quem só queria andar pelada, é uma mudança.

O estilo bailarina da Nina é meio radical. Toda paramentada, usando uma fantasia de carnaval, ela sobe nas costas do sofá e dá altos saltos. Também dança com a leveza de um elefante, dando pulos pela casa, enquanto fala: - "Óia, óia, sou uma balina!"

Sim, já estou procurando aulas de ballet para a pequena.

Das coisas que são fofas, mas que não deveriam ser

Agora quando chamamos sua atenção ela revida. Não revoltada com a briga, mas fingindo que nós é que estamos errados. Por exemplo:

Eu - Nina, não faz isso!
Ela - Ai, ai, ai, mamãííím! Eu tô te vendo, hein? Vai pedê o dileito. (Jizuis, que raio de "direito" é esse? Com certeza foi na escola que ela aprendeu isso. As crianças tão perdendo direito direto lá. Espero que não seja o direito de comer e que não tenham que ajoelhar no milho).

E ela faz isso sem gritar, mas fazendo cara de brava, com dedinho em riste.

Eu deveria brigar, mas nesse momento eu beijo (todas me apedrejando agora!)

Das coisas nada fofas

Nina tem o sono agitado. Ela fala durante a noite, dá chutes, rola pra lá, rola pra cá... E como eu sei disso? Porque ela continua dormindo na minha cama. Essa semana ouvi de um amigo, que não tem filhos: "Mas isso acaba com a vida conjugal. Assim vocês não podem acordar de manhã e ficar curtindo um ao outro enquanto ela dorme no quarto." Logo se vê que não tem filhos, né? Helloooooooooooooo? Quem no mundo acorda antes da Nina??? Ninguém querido, nem o galo. Intonces, mesmo dormindo na sua caminha, ela vai despertar e brotar no meu quarto praticamente de madrugada para me acordar.

Mas enfim, pretendo mesmo passar ela pro quarto, porque já desmontei o berço e ela está lá com uma mega camona, que será mais confortável para todos nós. Principalmente porque agora ela deu de fazer manha na madruga. Meio acordada, meio dormindo ela choraminga e ninguém entende o que ela quer. Aí quer dormir em cima de mim, com o pé na cara do pai, puxando o rabo da Pietra... desconfio que passou dos limites.

Das coisas novas

E ficar em casa tem seus momentos de angústia. E marido me proibiu de cortar o cabelo. Tirei uma carta da manga e disse que se eu não podia cortar ele teria que deixar a barba crescer.

Pois minha gente, a barba está lá e eu, que tenho cabelo curto há anos, curto mesmo, batido na nuca, fico tendo siricuticos com essa cabeleira normalzinha e nada moderna.

Daí que entrei no banheiro, olhei para essa mesma cara de todos os dias e lembrei que ele falou do comprimento, mas nada disse sobre a franja... tesoura na mão e, antes de pensar muito, cortei-a-a.


E a cabeleira está fazendo o maior sucesso! Cunhado disse que eu tenho cara de mangá, saca aquelas bonequinhas de quadrinhos japoneses? Não sei se isso foi um elogio, mas meio que curti.

Por hoje é só pessoal! Mas prometi para o conselho tutelar dos blogs cuidar melhor dessa minha cria aqui.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nina e o Buda

Lembram que quando a Nina nasceu o pai queria batizá-la no budismo? Eu nem dei trela pra ideia porque nosso conhecimento sobre budismo é quase nulo e seria forçação de barra. Na verdade o batizado da Nina foi mais um ritual familiar, uma tradição. E sempre teve muito mais a ver com isso do que com a religião em si. Sendo assim, se amanhã ela quiser se batizar no candomblé, no espiritismo ou na cabala, lá estaremos nós rezando - na fé que for - pela pequeNina.

Bom, mas nada disso estava previsto no post de hoje, mas como vou falar do Buda né? Lembrei do budismo e aí já viu...

Meu avô era meio espírita, meio católico e sempre tinha um Buda em casa. Ele gostava de Buda, do que ele representava, sei lá, o fato é que cresci vendo o gordão lá na estante (o Buda dele era gordo). Por isso, quando montei a minha casinha e considerando que meu avô era assim, meu ÍDALO, achei de bom tom ter o MEU Buda lá na estante. Quando passei por uma  lojinha de decoração e dei de cara com ele, foi paixão à primeira vista. Não tinha nada de decoração na minha casa, mas tinha o Buda.

Quando Nina nasceu, o Buda já estava lá. E ela aprendeu a se arrastar, engatinhar, andar, sempre sob os olhares dele.

E não é que ela criou um relacionamento com o dito cujo? Ela espalha seus brinquedos em volta dele, pois sabe que não pode tirá-lo dali, mas quer que ele participe das brincadeiras. Monta altas festas pro Buda e todo dia rola um "Parabéns pra você" pra ele, com direito a todo mundo gritando: "é hora, é hora, é hora, é hora, é hora, rá, tim, bum, Buda, Buda, Buda". Quando ela faz comidinhas, sempre tem prato pro Buda, de vez em quando rola até um papá na boca. E, como não poderia ser diferente, ela briga com o Buda. O coloca ele de castigo e diz: "Ai, ai, ai Buda, assim você vai pedê o dileito" (perder o direito de que, gentchem??? É fofura demais...)


Agora me digam: aonde eu estava com a cabeça quando vetei o batismo desta criatura no budismo? Tá na cara que a relação deles é de outras vidas, muito mais espiritualizada que eu essa criança.

sábado, 14 de abril de 2012

Se essa rua fosse minha

Dá licença que mãe é bicho besta e não há no mundo coisa mais linda do que a Nina cantando "Se essa rua fosse minha".

Sim, porque se a rua fosse dela, ela mandava "labilhar" (parte que não aparece no vídeo, sorry). Além disso, na rua dela tem um bosque que se chama "salidão" e vejam só, dentro dele mora um "lanjo"... Ah para que é fofura demais para uma pobre mãe babona.

Praticamente uma divah!



P.S - Em seguida ela foi desfilar essa belezura toda na praia, por isso o modelito maiô + chapéu.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dos emails que eu nunca leio

Sabe quando você recebe um email com o assunto assim:

 "Novo golpe! Atenção aconteceu com a irmã da filha da tia da empregada da minha avó postiça"?

Pois é. Eu nem leio. Não leio, não abro e muito menos repasso. Deleto de cara.

"Ah, mas pode ser verdade!"
"Nos dias de hoje é bom estar atento!"
"Você não tem medo?"

Se eu tenho medo? Não, eu não tenho medo. Eu sou uma cagona mesmo. Medo é pouco. De modo que não posso ler certas coisas, porque fico impressionada. Lembrei desse causo porque há alguns dias recebi um email nestes moldes da Dinda da Nina. Era da Dinda, né? Tive que ler. O assunto era:


Vale a pena ler (jura?) - aconteceu pertinho no BarraShopping



Repassando. Muito sério: Leia com atenção avisem parentes, filhos, amigos, vizinhos...

Fique atento...

No último sábado procurava vaga no Barra Shopping. Estacionei e desci do carro. Quando estava quase entrando no shopping chegou um homem branco com muletas.Perguntou-me se podia ajudar a anotar um número e me deu o cartão com o número e um papel para anotar o telefone.Com muito prazer para ajudar, peguei o papel e comecei a marcar o número.Então em poucos segundos comecei a me sentir mal, sentia que estava desmaiando. Corri para o carro e me fechei, ainda me sentindo enjoado. Tonto, tentei ligar o carro e afastei-me um pouco do local, estacionando mais a frente. Depois, não me lembro de mais nada.

Mais tarde despertei ainda bastante enjoado (aonde? No carro?)  e com a cabeça como se estivesse estourando. Consegui chegar até minha casa e fui imediatamente para o hospital... Após os exames de sangue, confirmou-se o que suspeitava. Era a droga que está na "moda" no Brasil: a tal "Burundanga" (tá na moda? Estou por fora) ou escopolamina." A coisa é terrível, um pouquinho de pó provoca um dos seguintes efeitos na vítima: a) morte ou b) perda total do livre-arbítrio. Criminosos normalmente tentam obter este último efeito, pois isso permite que eles deem ordens às suas vítimas e mandem elas esvaziarem as contas de banco, entregarem os carros, fazerem sexo com eles ou qualquer coisa que o criminoso mande. (Mas os bandidos não foram atrás de você? Te drogaram por nada? Ninguém te viu dormindo no carro? Tô confusa...)

Daí saiu a reputação da escopolamina como a "droga do zumbi", pois as vítimas parecem estar completamente sóbrias e racionais, quando na verdade não estão.

"Você teve sorte" - me disse o médico.

"Não foi uma intoxicação, foi apenas uma reação à droga... Não quero nem imaginar o teria acontecido se os teus dedos tivessem absorvido toda a droga ou ficassem em contato com ela por mais 30 segundos..."

Com uma dose mais forte, uma pessoa pode ficar até oito dias "desligada deste mundo".

Nunca tinha pensado que aquilo podia acontecer comigo! E foi tudo tão rápido. Escrevo não para assustar, mas para alertar. Não se deixem surpreender! O Médico do hospital Lorenço Jorge (Dr. Raul Heisman) comentou que já são vários os casos como este e me falou dos mortos que são encontrados com restos dessa droga nos dedos.

Tenha cuidado!

A escolopamina ou burundanga, usada também em medicina, provém da aqui América do Sul e é a droga mais usada pelos criminosos (geralmente agem em 3) que escolhem suas vítimas. Ela atua em 2 minutos, faz parar a atividade do cérebro e com isso os criminosos agem à vontade, fazendo com as vitimas o que querem: roubos, abusos etc. E o pior: elas não se lembrarão de nada! Em doses maiores essa droga pode fazer a vítima entrar em coma e até levar à morte.

Pode ser utilizada em doces, papéis, num livro... ou ainda em um pano, que uma vez aberto, deixa escapar a droga em forma de gás. (tô ficando mais confusa... o pó virou gás?) Cuidado com pessoas que vem falar conosco como se nos conhecessem, especialmente nos pontos de ônibus. (por que tanto cuidado no ponto de ônibus? Não é mais jogo roubar alguém de carro?)

E não deixem estranhos entrarem em casa!

Reenvie este alerta para todos os seus contatos. (Sorry, não vai dar. Foi mal aê se tudo isso aconteceu mesmo, mas já fiz mais do que devia lendo, repassar não rola)

No começo do email, já identifiquei o causo. Tinha recebido uma mensagem igual, pouco antes do aniversário da Nina, mas essa não dizia que o troço tinha acontecido no BarraShopping. 

Segue minha resposta para a Dinda:

Kis,

recebi exatamente esse email, há algum tempo, mas não tinha acontecido no BarraShopping.

No dia seguinte fui ao mercado, sozinha. Foi pouco antes da festa da Nina de 2 anos.

Do nada surgiu um cara, com um carrinho e um saco de 5kg de arroz dentro. Ele começou a contar uma história triste e eu, cagona, já com esse causo na cabeça. Ele disse que veio da Bahia, estava sem emprego, era eletricista, coisa  e tal, blá, blá, blá. De repente o homem sacou um cartãozinho do bolso. Não sei se era um cartão de visita, se ele ia me oferecer os serviços, se ia pedir informação, se era uma foto dos filhos que ficaram lá em Salvador... Não sei e nunca vou saber.

Tudo porque eu tensa, doida, maluca, ALOKA e  impressionada com o email que tinha lido no dia anterior, saquei R$ 10,00 da bolsa, dei pro homem e saí correndo, sem respirar com medo do tal pó tóxico. Depois achei que estava ficando com os dedos dormentes e a cabeça rodando. Pensei em avisar os seguranças para segurarem o homem com o saco de arroz no carrinho, depois pensei em pedir socorro no balcão de carnes, mas aí vi que era só frescura mesmo. Tudo certo. Nada de pó tóxico, nada de gás sinistro, nada de virar zumbi.

Resultado: o homem ganhou os R$ 10,00 mais fáceis da vida dele e não deve ter entendido nada. E eu confirmei minha tese de que NÃO posso ler esses tipo email, rs!