sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sim, estamos vivas!

Bloguinho querido de mi corazón! Estás tão abandonadinho, que se rolasse uma conselho tutelar dos blogs, tinha perdido sua guarda!

A vida anda corrida. Esse lance de ficar em casa NÃO me dá mais tempo. Deixa minha vida mais feliz, fato, mas não menos atarefada. Ainda mais agora que me joguei na malhação e tenho que bater meu ponto lá sempre. Além disso arrumei um trabalhinho freela que anda sugando TODA a minha inspiração. Fico ali, tão envolta nos textos, que não me sobram palavras, nem vírgulas, nem pontos, nem nada para contar meus causos.

Mas aí hoje resolvi que ia dar o ar da graça, só para registrar algumas coisinhas básicas:

Das coisas fofas

Nina está certa de que é uma bailarina. Mas mais certa que bolo em festa de aniversário.

Minha menina moleca, pé no chão sujismunda, agora só quer usar vestidos. Vestidos com saias rodadas e esvoaçantes para que, na ponta dos pés, ela possa girar e ver a roupa inflando. Ok, ok, ela continua sendo uma bailarina sujismunda e pé no chão, mas pra quem só queria andar pelada, é uma mudança.

O estilo bailarina da Nina é meio radical. Toda paramentada, usando uma fantasia de carnaval, ela sobe nas costas do sofá e dá altos saltos. Também dança com a leveza de um elefante, dando pulos pela casa, enquanto fala: - "Óia, óia, sou uma balina!"

Sim, já estou procurando aulas de ballet para a pequena.

Das coisas que são fofas, mas que não deveriam ser

Agora quando chamamos sua atenção ela revida. Não revoltada com a briga, mas fingindo que nós é que estamos errados. Por exemplo:

Eu - Nina, não faz isso!
Ela - Ai, ai, ai, mamãííím! Eu tô te vendo, hein? Vai pedê o dileito. (Jizuis, que raio de "direito" é esse? Com certeza foi na escola que ela aprendeu isso. As crianças tão perdendo direito direto lá. Espero que não seja o direito de comer e que não tenham que ajoelhar no milho).

E ela faz isso sem gritar, mas fazendo cara de brava, com dedinho em riste.

Eu deveria brigar, mas nesse momento eu beijo (todas me apedrejando agora!)

Das coisas nada fofas

Nina tem o sono agitado. Ela fala durante a noite, dá chutes, rola pra lá, rola pra cá... E como eu sei disso? Porque ela continua dormindo na minha cama. Essa semana ouvi de um amigo, que não tem filhos: "Mas isso acaba com a vida conjugal. Assim vocês não podem acordar de manhã e ficar curtindo um ao outro enquanto ela dorme no quarto." Logo se vê que não tem filhos, né? Helloooooooooooooo? Quem no mundo acorda antes da Nina??? Ninguém querido, nem o galo. Intonces, mesmo dormindo na sua caminha, ela vai despertar e brotar no meu quarto praticamente de madrugada para me acordar.

Mas enfim, pretendo mesmo passar ela pro quarto, porque já desmontei o berço e ela está lá com uma mega camona, que será mais confortável para todos nós. Principalmente porque agora ela deu de fazer manha na madruga. Meio acordada, meio dormindo ela choraminga e ninguém entende o que ela quer. Aí quer dormir em cima de mim, com o pé na cara do pai, puxando o rabo da Pietra... desconfio que passou dos limites.

Das coisas novas

E ficar em casa tem seus momentos de angústia. E marido me proibiu de cortar o cabelo. Tirei uma carta da manga e disse que se eu não podia cortar ele teria que deixar a barba crescer.

Pois minha gente, a barba está lá e eu, que tenho cabelo curto há anos, curto mesmo, batido na nuca, fico tendo siricuticos com essa cabeleira normalzinha e nada moderna.

Daí que entrei no banheiro, olhei para essa mesma cara de todos os dias e lembrei que ele falou do comprimento, mas nada disse sobre a franja... tesoura na mão e, antes de pensar muito, cortei-a-a.


E a cabeleira está fazendo o maior sucesso! Cunhado disse que eu tenho cara de mangá, saca aquelas bonequinhas de quadrinhos japoneses? Não sei se isso foi um elogio, mas meio que curti.

Por hoje é só pessoal! Mas prometi para o conselho tutelar dos blogs cuidar melhor dessa minha cria aqui.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nina e o Buda

Lembram que quando a Nina nasceu o pai queria batizá-la no budismo? Eu nem dei trela pra ideia porque nosso conhecimento sobre budismo é quase nulo e seria forçação de barra. Na verdade o batizado da Nina foi mais um ritual familiar, uma tradição. E sempre teve muito mais a ver com isso do que com a religião em si. Sendo assim, se amanhã ela quiser se batizar no candomblé, no espiritismo ou na cabala, lá estaremos nós rezando - na fé que for - pela pequeNina.

Bom, mas nada disso estava previsto no post de hoje, mas como vou falar do Buda né? Lembrei do budismo e aí já viu...

Meu avô era meio espírita, meio católico e sempre tinha um Buda em casa. Ele gostava de Buda, do que ele representava, sei lá, o fato é que cresci vendo o gordão lá na estante (o Buda dele era gordo). Por isso, quando montei a minha casinha e considerando que meu avô era assim, meu ÍDALO, achei de bom tom ter o MEU Buda lá na estante. Quando passei por uma  lojinha de decoração e dei de cara com ele, foi paixão à primeira vista. Não tinha nada de decoração na minha casa, mas tinha o Buda.

Quando Nina nasceu, o Buda já estava lá. E ela aprendeu a se arrastar, engatinhar, andar, sempre sob os olhares dele.

E não é que ela criou um relacionamento com o dito cujo? Ela espalha seus brinquedos em volta dele, pois sabe que não pode tirá-lo dali, mas quer que ele participe das brincadeiras. Monta altas festas pro Buda e todo dia rola um "Parabéns pra você" pra ele, com direito a todo mundo gritando: "é hora, é hora, é hora, é hora, é hora, rá, tim, bum, Buda, Buda, Buda". Quando ela faz comidinhas, sempre tem prato pro Buda, de vez em quando rola até um papá na boca. E, como não poderia ser diferente, ela briga com o Buda. O coloca ele de castigo e diz: "Ai, ai, ai Buda, assim você vai pedê o dileito" (perder o direito de que, gentchem??? É fofura demais...)


Agora me digam: aonde eu estava com a cabeça quando vetei o batismo desta criatura no budismo? Tá na cara que a relação deles é de outras vidas, muito mais espiritualizada que eu essa criança.

sábado, 14 de abril de 2012

Se essa rua fosse minha

Dá licença que mãe é bicho besta e não há no mundo coisa mais linda do que a Nina cantando "Se essa rua fosse minha".

Sim, porque se a rua fosse dela, ela mandava "labilhar" (parte que não aparece no vídeo, sorry). Além disso, na rua dela tem um bosque que se chama "salidão" e vejam só, dentro dele mora um "lanjo"... Ah para que é fofura demais para uma pobre mãe babona.

Praticamente uma divah!



P.S - Em seguida ela foi desfilar essa belezura toda na praia, por isso o modelito maiô + chapéu.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dos emails que eu nunca leio

Sabe quando você recebe um email com o assunto assim:

 "Novo golpe! Atenção aconteceu com a irmã da filha da tia da empregada da minha avó postiça"?

Pois é. Eu nem leio. Não leio, não abro e muito menos repasso. Deleto de cara.

"Ah, mas pode ser verdade!"
"Nos dias de hoje é bom estar atento!"
"Você não tem medo?"

Se eu tenho medo? Não, eu não tenho medo. Eu sou uma cagona mesmo. Medo é pouco. De modo que não posso ler certas coisas, porque fico impressionada. Lembrei desse causo porque há alguns dias recebi um email nestes moldes da Dinda da Nina. Era da Dinda, né? Tive que ler. O assunto era:


Vale a pena ler (jura?) - aconteceu pertinho no BarraShopping



Repassando. Muito sério: Leia com atenção avisem parentes, filhos, amigos, vizinhos...

Fique atento...

No último sábado procurava vaga no Barra Shopping. Estacionei e desci do carro. Quando estava quase entrando no shopping chegou um homem branco com muletas.Perguntou-me se podia ajudar a anotar um número e me deu o cartão com o número e um papel para anotar o telefone.Com muito prazer para ajudar, peguei o papel e comecei a marcar o número.Então em poucos segundos comecei a me sentir mal, sentia que estava desmaiando. Corri para o carro e me fechei, ainda me sentindo enjoado. Tonto, tentei ligar o carro e afastei-me um pouco do local, estacionando mais a frente. Depois, não me lembro de mais nada.

Mais tarde despertei ainda bastante enjoado (aonde? No carro?)  e com a cabeça como se estivesse estourando. Consegui chegar até minha casa e fui imediatamente para o hospital... Após os exames de sangue, confirmou-se o que suspeitava. Era a droga que está na "moda" no Brasil: a tal "Burundanga" (tá na moda? Estou por fora) ou escopolamina." A coisa é terrível, um pouquinho de pó provoca um dos seguintes efeitos na vítima: a) morte ou b) perda total do livre-arbítrio. Criminosos normalmente tentam obter este último efeito, pois isso permite que eles deem ordens às suas vítimas e mandem elas esvaziarem as contas de banco, entregarem os carros, fazerem sexo com eles ou qualquer coisa que o criminoso mande. (Mas os bandidos não foram atrás de você? Te drogaram por nada? Ninguém te viu dormindo no carro? Tô confusa...)

Daí saiu a reputação da escopolamina como a "droga do zumbi", pois as vítimas parecem estar completamente sóbrias e racionais, quando na verdade não estão.

"Você teve sorte" - me disse o médico.

"Não foi uma intoxicação, foi apenas uma reação à droga... Não quero nem imaginar o teria acontecido se os teus dedos tivessem absorvido toda a droga ou ficassem em contato com ela por mais 30 segundos..."

Com uma dose mais forte, uma pessoa pode ficar até oito dias "desligada deste mundo".

Nunca tinha pensado que aquilo podia acontecer comigo! E foi tudo tão rápido. Escrevo não para assustar, mas para alertar. Não se deixem surpreender! O Médico do hospital Lorenço Jorge (Dr. Raul Heisman) comentou que já são vários os casos como este e me falou dos mortos que são encontrados com restos dessa droga nos dedos.

Tenha cuidado!

A escolopamina ou burundanga, usada também em medicina, provém da aqui América do Sul e é a droga mais usada pelos criminosos (geralmente agem em 3) que escolhem suas vítimas. Ela atua em 2 minutos, faz parar a atividade do cérebro e com isso os criminosos agem à vontade, fazendo com as vitimas o que querem: roubos, abusos etc. E o pior: elas não se lembrarão de nada! Em doses maiores essa droga pode fazer a vítima entrar em coma e até levar à morte.

Pode ser utilizada em doces, papéis, num livro... ou ainda em um pano, que uma vez aberto, deixa escapar a droga em forma de gás. (tô ficando mais confusa... o pó virou gás?) Cuidado com pessoas que vem falar conosco como se nos conhecessem, especialmente nos pontos de ônibus. (por que tanto cuidado no ponto de ônibus? Não é mais jogo roubar alguém de carro?)

E não deixem estranhos entrarem em casa!

Reenvie este alerta para todos os seus contatos. (Sorry, não vai dar. Foi mal aê se tudo isso aconteceu mesmo, mas já fiz mais do que devia lendo, repassar não rola)

No começo do email, já identifiquei o causo. Tinha recebido uma mensagem igual, pouco antes do aniversário da Nina, mas essa não dizia que o troço tinha acontecido no BarraShopping. 

Segue minha resposta para a Dinda:

Kis,

recebi exatamente esse email, há algum tempo, mas não tinha acontecido no BarraShopping.

No dia seguinte fui ao mercado, sozinha. Foi pouco antes da festa da Nina de 2 anos.

Do nada surgiu um cara, com um carrinho e um saco de 5kg de arroz dentro. Ele começou a contar uma história triste e eu, cagona, já com esse causo na cabeça. Ele disse que veio da Bahia, estava sem emprego, era eletricista, coisa  e tal, blá, blá, blá. De repente o homem sacou um cartãozinho do bolso. Não sei se era um cartão de visita, se ele ia me oferecer os serviços, se ia pedir informação, se era uma foto dos filhos que ficaram lá em Salvador... Não sei e nunca vou saber.

Tudo porque eu tensa, doida, maluca, ALOKA e  impressionada com o email que tinha lido no dia anterior, saquei R$ 10,00 da bolsa, dei pro homem e saí correndo, sem respirar com medo do tal pó tóxico. Depois achei que estava ficando com os dedos dormentes e a cabeça rodando. Pensei em avisar os seguranças para segurarem o homem com o saco de arroz no carrinho, depois pensei em pedir socorro no balcão de carnes, mas aí vi que era só frescura mesmo. Tudo certo. Nada de pó tóxico, nada de gás sinistro, nada de virar zumbi.

Resultado: o homem ganhou os R$ 10,00 mais fáceis da vida dele e não deve ter entendido nada. E eu confirmei minha tese de que NÃO posso ler esses tipo email, rs!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Argumentando...

Já comentei que Nina anda virada no capiroto, certo? E que a minha rotina linda colocar a pequena para dormir às 21h foi para o beleléu.

Pois bem que levei ela para o quarto, deitei na cama, soltei um "vamos dormir" e ela já foi logo falando:

- Qué mamá!
- Ok Nina, mas é mamar e dormir, tá?
- Tá!

Lá estou eu na cozinha, fazendo o leite e surge a fulustreca.

- Nina, o que você está fazendo aqui? Mamãe vai levar o mamá pra você.
- Eu vô fazê o mamá tumbém.
- Tá, mas depois você vai fazer o que?
- Tumá o leitinho.
- Não filha, depois de tomar o leitinho...
- Côva o denti.
- Tá filha, mas depois disso você vai...
- Chupá pepeta.
- Tá, tá, tá Nina e depois da chupeta?
- Vê desenhú.
- Poxa filha! Lembra do que a mamãe falou? É hora de dormir.
- Ah é. Vêdadi.

Sonsa...

O encantamento

E hoje, na minha função Maria de cada dia, tirando a roupa da máquina, sacudi meu vestidinho jeans e ploft, caiu lá de dentro o meu pendrive. Sim, aquele pendrive com a minha vida toda dentro foi lavado na máquina. O que é pior, no modo "pesado/sujo".

"Tomara que ainda funcione, tomara que ainda funcione, tomara que ainda funcione", fui repetindo o mantra mentalmente enquanto ligava o computador para testar. Graças! Tudo certo.

Aí fuxica dali, fuxica daqui, meio milhão de pastas, outro meio milhão de fotos e olha só o que encontrei:



Minha pituxa careca toda vida. Gordinha toda vida. Fofa toda vida. Encantada com a Pietra que, diga-se de passagem, me olha no vídeo com cara save me total, rs! Numa mistura de pânico com "me deixa que eu quero é dormir". Lindas.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Aventuras de uma mãe home-office

Eu tinha certeza que ia ficar em casa e ia sobrar tempo à beça no meu dia lindo de 24 horas.

Aí, além de uma casa em ordem, fazer meus trabalhinhos freela, eu teria tempo de sobra pra atualizar o blog e tocar o lance das festas. Tudo com o pé nas costas, certo? Claaaaaro que não!

Primeiro que eu, que nunca fiquei desempregada, confesso que acordo e não sei bem o que fazer, nem tampouco por onde começar. Já contei aqui sobre o furacão pai e furacão mirim que tenho em casa, certo? E eles deixam tudo um caos. De modo que se resolvo cair dentro da arrumação não faço mais nada, mas se ignoro a bagunça, não consigo trabalhar. Ó dilema!

Na última semana estava louca com os preparativos da festinha da Helena, que ficou fofa tá gentchem, podem ir ver. Por isso tentei organizar uma agenda:

  • Acordar.
  • Arrumar a casa (de leve).
  • Preparar o café da manhã da Nina, mochila e afins para a escola.
  • Levar a pequena na creche aproveitando para passear com a Pietra.
  • De volta para casa, escolho um ambiente da casa para faxinar (até o momento só banheiro, cozinha e área mereceram essa atenção, o resto foi só tapeado. 
  • E, finalmente, depois almoço começo a trabalhar.

No meio da revisão de um texto, sinto um cheirinho estranho. Hummm, Pietra, penso logo. Olho na área e vejo um cocô radioativo. Verde. Verde brilhante, como mosca varejeira. E não se trata de um pedaço verde e sim verde por completo. Ligo pro maridão.

- Pietra fez um cocô verde.
- Verde como?
- Verde verde.
- Tipo diarréia?
- Não, não é diarréia, é normal, mas é verde. Muito verde.
- Todo verde?
- Sim. Inteiramente verde.

Silêncio. Ninguém sabe o motivo do cocô verde. A cachorra parece bem. Limpo a área, volto ao trabalho. Pietra em observação.

Chega a hora de buscar a Nina. Ela vem super bem humorada, mas quando chega em casa, começa a sessão super-ultra-power de manha. Muita. Chora sem lágrimas, com um olho aberto e um fechado para ver se estamos olhando. E tudo isso começa quando ela ouve um "não". Basta um. Ela não quer mais tomar banho. Ela não quer mais dormir. Ela quer ficar comigo o tempo todo e isso inclui colocar roupas na máquina de lavar, brincar ou ver um DVD. Sempre comigo. Ou seja, depois que ela chega, não faço mais nada até ela dormir. Ok, acho justo. Só que como ela anda demorando mais para se render ao sono, acabo deixando as tarefas noturnas para beeem tarde e tenho dormido menos do que gostaria E deveria.

Foi durante a tarefa noturna, arrumando a sala que encontrei: pedaços verdes e mastigados de um giz de cera. 100% atóxico, dizia na caixa. Ufa. Mistério do cocô verde resolvido.

Bom, fora os percalços, estou gostando da minha nova vida. Sinto que ela está caminhando e em breve entrará nos eixos. Tudo a seu tempo.

Ah! Projeto Mamãe Gostosa 2020 tá super de pé. Vou hoje fazer a minha matrícula na academia. Mas como os programinhas de autoajuda que vejo em casa me ensinaram que não é para ter pressa, não adianta nada pensar que estarei uma tchutchuca no próximo verão, rs!