segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Paralamas

No sábado, levamos a Nina de noite para dormir na casa da vovó e fomos dar uma conferida no show do Paralamas no Circo Voador. Gente, foi bom pra CARALEO. Só falando assim mesmo. Quanta música boa, voltei no tempo, curti muito.

No final, maridin soltou a pérola:

- Nossa! Rolou uma galera mais coroa nesse show, né?
- Defina "mais coroa".
- Ah, uma galera assim da nossa idade...

Fui incluída na categoria "mais coroa". Ok.

O show era em comemoração aos 25 anos do álbum Selvagem, que é um clássico da música brasileira. Olha aí um videozinho que entrega a idade da galera que estava curtindo pacas lá no Circo.


Adendo: O álbum foi lançado em 1986 e eu tinha apenas 4 aninhos na época. Só para o maridin saber que aceitei o "coroa" porque sou fofa, mas que fique claro que NÃO somos da mesma geração. Grata pela compreensão.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Hoje é dia de foto!

Sabe que estamos quase na semana de aniversário do blog? Pois é, no dia 1º de novembro esse espacinho completa um aninho de vida e para comemorar hoje tem uma retrospectiva da gorduchinha em fotos!

Adooooro compartilhar aqui as nossas aventuras e descobertas e também ter a oportunidade de aprender (muito!) com a experiência de outras mamis. Além disso, vou deixando tudo registrado para a pequena ler no futuro.

Ah! Semana que vem rola o nosso primeiro sorteio! Não percam!!!

Não era a cara do Mr. Magoo???
Biquinho no 1º mês de vida
Soneca na cama da mamãe!
3 meses de muuuita bochecha
Primeira copa do mundo
Na casa da bisa
Querendo roubar a máquina
Tem coisa mais linda?
Comemorando o título!
1º dia de 2011 na praia
Acabou-se no carnaval de rua!
Brincando na festinha (detalhe para o bigode de chocolate)
Acabada depois de um sábado do barulho
No seu brinquedo preferido

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sobre a escolha do caminho

Daí você engravida. Um turbilhão de emoções, dúvidas e medos habitam sua cabeça. Você procura apoio na família e em outras mães próximas e cada um fala uma coisa. No começo você fica lá, meio perdida, se deixa influenciar, depois repensa, escuta novos pitacos, muda de opinião...

Aí seu filhote nasce. Seus hormônios se sacodem como loucos, fazendo uma rave dentro do seu corpo. Você chora, se descabela, se emociona, ri, tenta lembrar da vida que ficou para trás, mas só consegue pensar nas bochechas lindas do seu filho e em como ele é bonito... "Nossa, nunca vi um recém-nascido tão bonito assim", você pensa (depois de meses, você revê aquela foto e pensa que trocaram seu bebê por E.T na maternidade). Com as dúvidas se multiplicando, você fuxica na internet a procura de outras mães e descobre uma infinidade de coisas.

Você descobre que as pessoas possuem formas muito particulares de criarem seus filhos. Você encontra dicas maravilhosas e pensa em coisas que nunca tinha pensado. Você vê que algumas mães lutam por seus ideais, talvez de uma forma que você ache exagerada, mas que condiz totalmente com o posicionamento delas. Você percebe que algumas param de trabalhar para cuidar das crias, outras tentam conciliar as duas coisas, que algumas são naturebas, outras adeptas das besteiras, que televisões habitam muitas casas, mas são terminantemente proibidas em outras...

Até que você finalmente percebe que não precisa ser igual a ninguém. Que todas essas milhares de opiniões não estão apontando um dedinho para você enquanto esperam que você se adeque. Não. Elas existem justamente para mostrar que os caminhos são mil e que as opções existem. Elas estão lá mostrando que a sua escolha é livre. Que você pode mudar de opinião, sem vergonha, se achar necessário. Você aprende que a sua história será única, seu caminho terá erros, mas também muitos acertos e que estar aberto para novas discussões é o que nos move, nos faz evoluir, nos faz crescer.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Carioquês

Nina agora adquiriu algumas palavrinhas novas em seu vocabulário. Todas dignas de uma pequena carioca:

Aleu (Valeu) - palavrinha mágica que ela usa no lugar do clássico "obrigada" quando, por exemplo, o porteiro abre a porta do elevador para nós. Já ensinei também a versão mais educadinha, mas ela prefere o "aleu" nosso de cada dia.

Aleu  Galeia (Valeu Galera!) - isso é na hora de dar tchau para os amiguinhos e professores na escola.

Patiu (Partiu) - Não, não é para partir o bolo. É para meter o pé, sair, ir para rua. Basta falar "Nina, vamos passear?" e ela "Patiu"!

Fui (é fui mesmo) - Depois do partiu entra em cena o fui!

Calaca (Caraca) - Não é sujeira, é uma expressão de surpresa. Por exemplo, ela joga todos os lápis de cor no chão e grita "Calaca"!

Coisa mais fofa das coisas fofas!


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Uma mãe realizada

Vocês conseguem ver daí a minha cara de satisfação? Dá para enxergar o meu sorriso de orelha a orelha? Hein? Dá?

Pois é pessoas, agora sou uma mãe realizada. Totalmente. Desde o fio de cabelo até a unha do dedin do pé! Ando jogando confetes e serpentinas pela casa, enquanto danço ao som da banda do Zé Pretin. É muita felicidade, jizuiz!

E tudo isso por que? Porque minha filhota fofucha ouviu as minhas preces e resolveu que agora ela acorda depois de mim. Oi??? Sim, depois de mim. Não sou mais acordada com ela me chamando. Meus olhos se abrem pela manhã por livre e espontânea vontade. Claro que isso só ocorre nos finais de semana, pois nos outros dias o inconveniente é o tal do despertador. Mas tá lindo, gente! Tá lindo!

No final de semana passado ela acordou, pasmem, às 10h40 da manhã!!! Vejam bem, 10h40. A essa altura, eu já tinha levantado, escovado os dentes, assistido o The Big Bang Theory, gritado BAZINGA com o Sheldon e tomado um copo de coca-cola leite.

Aí ela levanta super de bem com a vida e eu mais de bem com a vida ainda nem me ligo que ela atirou todos os brinquedos pelo chão em uma fração de segundos e já colou massinha na parede. Minha alegria era tanta, que se ela me pedisse eu colava a massinha até no teto!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

"Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão"

Filha,

alguns itens importantes para sua sobrevivência em família:

  • Eu falo palavrão e não vejo problema nenhum nisso. Sim, não podemos usá-los a todo momento, mas em certas horas eles são super úteis e nada pode substituí-los. Aquele K@#%!! que você me ouviu repetir ontem durante o futebol foi super bem empregado, você vai aprender com o tempo.
  • Lá em casa nós somos adeptos de uma palavrinha mágica chamada respeito. Se você aprender o teor dela, sua vida será beeeem mais feliz. Vou me empenhar para que você entenda.
  • Certo e errado são relativos em quase tudo, menos quando estamos prejudicando alguém. Se um dia eu te disser que algo está errado, me obedeça (olha o respeito, menina!), mas fique à vontade para expor sua posição. Sou a favor de mudanças, faz parte da evolução.
  • Não somos adeptos de máscaras. Você vai aprender logo que quando sentimos alguma coisa, demonstramos. Abra um sorriso quando estiver feliz, mas não se acanhe em botar para fora uma insatisfação.
  • Gostamos de muitos amigos pela casa, mas quando queremos ficar sozinhos, barramos a entrada deles sem medo (foi mal galera!).
  • Mamãe é esquecida, mas papai é muito pior! Bilhetinhos pela casa podem ajudar (enquanto você não sabe escrever, eu escrevo os bilhetes para mim mesma).
  • Futebol é paixão nacional e paixão lá em casa também. Não dá para sair na hora do jogo.
  • Vamos errar muito. Vamos brigar muito. Vamos te amar sempre.



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Coca-cola

Eu não sou uma mãe super rígida na alimentação da Nina. Permito alguns desvios que considero importantes para a felicidade da infância (gostaram da justificativa para deixar minha pequena se lambuzar de brigadeiro em festinhas???).

Tenho lembranças deliciosas daquela espera pelo momento de comer um doce nas festinhas de aniversário. Mas a verdade é que essa expectativa só existia porque para mim comer doces não fazia parte da rotina, então eu sabia que não era uma coisa qualquer, corriqueira. Aqueles brigadeiros eram especiais (como se precisasse ter algo mais especial do que o sabor que já lhe é peculiar). Enfim, não proíbo a Nina de desfrutar desses momentos, mas durante a semana e em dias normais, ela mantém uma alimentação super regradinha, o cardápio da escola dela é ótimo, com muitas verduras, legumes, frutas, carne de soja e afins. A pequena devora tudo! Aliás, ela troca quase qualquer comida por uma banana (minha macaca albina!).

Mas, eu não sou tãããão liberal assim e de algumas coisas não abro mão, não arredo o pé, nem venha oferecer para minha filha. Coca-cola (vale para refris em geral) é a primeira da lista. Não pode e enquanto eu puder controlar, não vai poder. Sabe porque minha gente? Sou cocólatra. Viciada mesmo, chego a ter dor de cabeça nos dias em que não provo daquele líquido preto, gasoso, gelado e delicioso. Tenho nas minhas memórias mais remotas e felizes, vejam bem a gravidade da coisa, a lembrança de tomar coca-cola na mamadeira (valeu vó!). Aquele gás concentrado no bico, dando coceirinha no nariz... Preciso de tratamento já!

Pra piorar, nós só gostamos da zero. Aquela cheia de sódio e adoçante...

Sendo assim, dada minha paixão declarada pela coisa e do maridin também, Nina vai continuar sem saber o que é coca-cola. Ela até sabe, ela vê a garrafa e diz "Coca - Mamãe", sabe que ela não pode, mas sei que o ideal seria afastar a tentação lá de casa. Vou me empenhar, gente. Vou me empenhar.

Outros itens proibidíssimos, mesmo em festas, são balas, pirulitos, biscoitos amarelos, daqueles que minha mãe vetava na lancheira da escola, e biscoitos recheados. Biscoito recheado só vale se for aquele artesanal, com recheio de goiabada, esse até rola, mas aquele recheiozinho de gordura hidrogenada, nem pensar, ok? Essa parte vai ser mais fácil, porque esses itens nem entram lá em casa. Somos um casal guloso, mas essa não é a nossa praia..

Mas sabe o que Nina gosta mesmo??? Leite. Não é mais o meu, porque infelizmente a fonte aqui já secou, mas a bichinha passa o tempo todo me pedindo "eitinho". E todo dia é assim:

Abre o olho pela manhã: "Eitinho!"
Sai do banho: "Eitinho!"
Passa pela cozinha: "Eitinho!"
Avista a mamadeira na gaveta: "Eitinho!"

E aí dona Nestlé, dá para mandar um estoque de grátis lá para casa? Se puder só baixar o preço já fico feliz, ok? Porque a promoção de aniversário do Guanabara* não deu para encarar não. Tenho amor a minha sanidade(?) mental.

* Para quem não conhece, Guanabara é uma rede de supermercados que todo ano faz uma super promoção no mês de aniversário e, simplesmente, dá um nó no trânsito da cidade, além de oferecer aos consumidores momentos únicos de puxões de cabelo, gritaria e algazarra em seus corredores.


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O maternal (II)

Nina está perfeitamente adaptada ao maternal. Ela agora chega na escola cada dia mais feliz e fala o nome de todas as "tias" no caminho. Se cheguei a pensar que ela poderia estranhar um pouco por ser a mais nova entre as crianças, isso caiu por terra com os comentários das professoras de que ela anda liderando a turma . Oi??? Líder???

Não sei se fico feliz ou com frio na espinha dado o histórico prévio de "liderança para bagunças" do papai da Nina.



terça-feira, 18 de outubro de 2011

Publicidade para crianças. Isso pode???

Ontem fui lá na Mari, durante a minha espiadinha básica de todos os dias nos blogs de mamães, e me deparei com um assunto importantíssimo e um tanto assustador: publicidade infantil. Li o texto todo e assisti o documentário indicado por ela do Instituto Alana. O nome é Crianças, a Alma do Negócio.

O vídeo é um soco no estômago. Eles abordam as consequências da publicidade infantil na vida de pais e filhos, mostrando meninos e meninas de seis, sete anos que preferem comprar a brincar. Que conhecem o nome de todas as marcas, não apenas infantis, mas de celulares e carros, mas desconhecem uma manga. Sim, uma manga. Aquela fruta amarela e deliciosa. Em determinado momento, uma menina diz que o suco direto da fruta não serve, tem que ser o de caixinha. A repórter pergunta se ela não gosta de sucos naturais e a resposta é assustadora: "Nunca provei."

Tudo isso intercalado com alguns exemplares da propaganda direcionada às crianças. A que mais me chocou, e olha que foi difícil escolher, foi uma em que várias meninas (meninas, tá? CRIANÇAS) aparecem falando sobre o que é fashion. Fashion para elas é estar na moda, usar batom, dançar... até que em um momento uma delas diz: "Fashion é brincar." Todas as outras fazem uma cara de susto e dizem: "O que???" E ela termina dizendo que ninguém é de ferro. Alô??? Brincar agora é uma transgressão?

O vídeo do Alana e o post da Mari me fizeram pensar muito. Quem me conhece sabe que gosto de comprar. Não sou ligada em marcas, mas gasto mais do que deveria com coisas que não preciso. Não são coisas que não uso, mas que sem dúvida poderia viver sem elas. Desde que a Nina nasceu isso mudou bastante. Inicialmente porque minhas prioridades mudaram e ela passou a ser o foco principal. Além disso, comecei a me preocupar com a pessoinha que eu estava criando e não quero passar para Nina meus devaneios consumistas.

Minhas compras para a pequena costumam ser controladas. Durante a gravidez não comprei quase nada, montei seu quarto com móveis meus repaginados (valeu mami pelo trabalho artesanal!) e com um berço comprado em brechó. Compro roupas de acordo com a necessidade dela, mas sim abro exceções para algumas coisas lindas que encontro por aí. Brinquedos eu não compro porque ela ganha muitos (enchi três sacos grandes de brinquedos para dar em menos de dois anos de vida) e até hoje ela não me pediu nenhum, apenas revistas para colorir, lápis e caneta. Acho ótimo!

Em um momento do vídeo, eles abordam a importância de dizer NÃO para a criança. Lembrei de quantos NÃOs eu ouvi na vida. Foram muitos. E mesmo assim, quando lembro da minha infância, não consigo lembrar de nada que tenha me faltado. Eu tive tudo, incluindo bens materiais. Agora vejam, se eu tive tudo e não me lembro da nada que tenha me faltado, apesar de ouvir muitas negativas, é porque realmente o que eu pedia não era uma necessidade. Era o puro querer.

Lá em casa nós gostamos de televisão. Não proíbo a Nina de assistir, mas tento controlar. Evito as propagandas e ela sempre prefere brincar a ver TV, isso é fato. Nesse final de semana uma pessoa queridíssima fez uma observação sobre a Nina que me deixou muito feliz, ela disse: "Nina você está sempre assim! Pé no chão, toda suja, só de fralda..." E criança não tem que ser assim? Estávamos no batizado da minha afilhada, o sapato da Nina estava saindo do pé, ela quis tirar, eu tirei. Ficou de pé preto e era a mais sujinha das crianças que lá estavam. Quero mais é que ela se esbalde!

Aderindo a campanha, também repasso o link para o Manifesto pelo Fim da Publicidade Infantil: http://publicidadeinfantilnao.org.br/. Minha assinatura já está lá!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

É MIIINHA!

Não sei bem quando, nem como, mas Nina aprendeu essas duas palavrinhas e vem repetindo sem pudor: É miiinha!

Entramos em uma papelaria, ela catou uma caneta e falou: É miiinha! Fiz uma cara blasé, tirei a caneta da mão dela, continuei andando e comprei uma massinha, meu foco inicial, entreguei e... É miiinha! Sim é sua. Eu hein, possessiva.

Próximo passo, Lojas Americanas, aí ela enlouqueceu. É miiinha! É miiinha! É miiinha! Enquanto catava coisas aleatórias pelas prateleiras. Tive que abandonar meu ar blasé e explicar que nada ali era dela, nem meu, nem do papai e que iríamos comprar uma privadinha para ela fazer xixi e cocô. Ela fez um "tá" e fui em busca do troninho enquanto papai ficava lá distraindo ela. Quando cheguei ela se encontrava agarrada em um urso de pelúcia. É miiinha, ela disse. Ai meu Deus, que fixação.

Mostrei a privada, ela se empolgou, largou o urso, sentou e levantou mil vezes dizendo que tinha feito xixi. Fechava e abria a tampa, achei que rolou um entrosamento entre ela e seu penico. No fim, agarrou o troninho e disse: É miiinha!

Ok, ok, vamos pagar esse trem. No caminho ela cruzou com uma pilha de brinquedos da linha "My little Pony". E aí? Parou na frente deles e disse é miiinha???

Imagem daqui

Não. Olhou para os bichanos coloridos e cabeludos e repetiu:

- Poni! Poni! Aldito! Aldito! (tradução: Pônei! Pônei! Maldito! Maldito).

Chupa essa manga mamãe que acha que a musiquinha do comercial de carro é uma boa para estimular a pequena a brincar com o cavalinhos de brinquedo que o papai comprou para ela.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nina e as cores

- Nina, que cor é essa?


- Emelho!
- Muito bem, filha! (Um gênio essa menina!)

- E essa?


- Emelho!
- Não, é verde (ok, errar uma, né?). E essa?


- Emelho!
- É azul, filha (putz). E essa?


- Emelho!
- Amarelo, Nina (meu pai do céu, é daltônica!). Vai filha, a última. Que cor é essa?


- Ôxú!

Ufa! Ainda há esperança....


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Piada do dia!

"Olá, mamãe e papai:
Coça... coça....
Solicitamos a verificação na cabeça do nosso tesouro para afastar possíveis piolhos."

Esse foi o recadinho que chegou na agenda da Nina na sexta-feira. Claro que é um recado geral e todas as mães e pais receberam, mas foi impossível não soltar uma gargalhada ao ler essa pérola.

Nina tem quase dois anos e uma mecha de cabelo na frente ornada com dois cachos na nuca. Ela é careca. Até onde eu sei, piolhos precisam de cabelo para sobreviver, para grudar aquelas patinhas nojentas.

Enfim, seria muito azar que ela cultivasse esses bichinhos desagradáveis em seus 10 fios de cabelo.

Nina e papai na praia! Piolho lá em casa só se for em mim né?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O maternal

Nina foi promovida na escola e saiu do berçário para o maternal. Agora ela tem uniforme, que eu ainda não comprei, e não é mais considerada um bebê.

Nessa nova fase ela tem um tempo dentro de sala de aula para fazer atividades diferentes, que estimulem seu desenvolvimento. Além disso, ela passou de "mais velha da turma" para a mais nova. A adaptação foi super tranquila e já tinham até me avisado que ela não queria mais subir para o berçário, entrava na escola e ia direto para a sala do maternal. Foi tão fácil a mudança que recebi um bilhete em uma segunda-feira falando que começariam com a adaptação dela na nova turma e, antes do final da semana, já estava lá na agenda: "Nina agora faz parte do maternal."

Bom, pude perceber que ela está chegando em casa mais cansada e capotando mais rápido na cama. Sinal de que a nova rotina está afetando a pequena. Devolveram a chupeta dela que ficava na escola e ela não sentiu falta. Trouxe seu primeiro trabalhinho para casa, uma baleia de papel presa em um palito de picolé e parece estar tranquila com mudança.

Reparei também que de uma semana para cá ela já fica muito incomodada com a fralda suja. Se fizer cocô no carro, ferrou, porque ela não quer sentar na M#*!@, literalmente.

Será que é hora de me livrar da chupeta e partir para o desfralde?


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Da vida que eu quis pra mim

Quando pequena eu idealizava a minha vida adulta. Ainda me lembro de algumas coisas:

- Eu me casaria aos 24 anos. Linda, bronzeada e magra em um vestido de noiva de abalar as estruturas.
- Aos 25 anos teria o primeiro filho.
- Meu marido seria fofo e prestativo, me ajudaria bastante com o pequeno. Nós dois trabalharíamos.
- Nossa casa seria clean. Sempre arrumada, comeríamos na mesa e teríamos uma cozinha planejada.
- Teria um segundo filho aos 27 anos.
- Nós, claro, super bem sucedidos, viajaríamos muito com os pimpolhos.
- Eu teria um carro e ele outro.
- Aos 29 teria o último filho e pronto.
- Crianças fofas, educadas e organizadas.

É pra rir, né? Eu queria ser um comercial de Molico!

Vamos lá para a vida que eu construí pra mim.

- Não me casei. Nem linda, bronzeada e magra, nem tampouco linda, branca e gorducha (porque linda toda noiva é ou acha que é!)
- Engravidei da Nina aos 26 anos. Acidentalmente e achei muito cedo. Não estava preparada.
- Juntei os trapos. Maridin é louco, no bom sentido da palavra. Divertidíssimo, leonino e meio ogro. Nós dois trabalhamos, eu de dia e ele de noite.
- Nossa casa é legal, mas vamos moldando ela aos poucos, com muita coisa improvisada. A cozinha, definitivamente não foi planejada e arrumação por lá é coisa rara. Somos bagunceiros.
- O segundo filho continua no papel, quem sabe em 2013?
- Bem sucedidos? Estamos correndo atrás. Não sou uma executiva, nem ele um mega empresário, mas vamos pagando as contas muito bem obrigada.
- Carro? Será que posso chamar a Jubiraca de carro? E é só um, não dois.
- Terceiro filho? Acho que não...
- Nina é sem dúvida fofa. Educada em parte. Organizada jamais.

Sabe que gosto bem mais da minha vida real?



Nossa casa não é de comercial, mas vive cheia de amigos, que nos conhecem e conhecem os brinquedos da Nina espalhados pela sala. Maridin e eu somos quase opostos, mas imagina que chaaato viver com alguém certinho e com horários normais? Acho que não ia me acostumar. E a Nina?

A Nina é bem mais do que eu sonhava...