quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A primeira dor de ouvido a gente nunca esquece

Imagem daqui

No caso, quem nunca esquece somos nós! Las madres, rs! Eu, por exemplo, nunca tive dor de ouvido, ou pelo menos acho que não. Se tive, foi lá nos primórdios e não faço ideia do que se trata. Aliás, ouvido e garganta são duas coisas que nunca me deram problemas, nunca sofri com as ites da vida: otite, faringite, amigdalite...

Por isso, quando maridin me ligou dizendo que Nina estava com dor de ouvido, não soube bem mensurar do que se tratava. Achei que era uma dorzinha, um incômodo. Ele já tinha ligado para o pediatra (quem é vivo sempre aparece, né Dr. Pedro?) e me passado as instruções sobre medicamentos. Ele receitou um analgésico para dor e um remedinho local, para pingar no ouvido. Nina nunca fica doente. Nem quando entrou na creche, antes dos 5 meses, nada de zica, nada de pereba, neca de pitibiriba. Então nunca sei bem como ela vai reagir diante do problema.

Estava já a caminho de casa e entrei na farmácia para comprar o kit. Eles foram me buscar lá de carro. Estou na fila para pagar e ele me liga:

- Corre aqui e traz logo o remédio dela. Ela está com dor.
- Calma, já estou pagando. 2 minutos.
- Mas ela tá chorando, traz logo.
- Não posso sair correndo da farmácia com o remédio na mão sem pagar.
- Pode. Ela tá chorando...

Claro que esperei minha vez na fila e paguei o troço. Quando entrei no carro... que dó, que dó, que dó. Ela não parava de chorar: - Minha olelha, dodói! Meu dodói, olelha...

Na bula dizia para pingar o remédio no ouvido e manter a região virada para cima. Ok, senhor fabricante! E faz isso como??? Nina urrava, não ficou parada e, claro, vi a gotinha escorrendo para fora de seu ouvidinho. Dei o analgésico e fomos para casa. Ela chorando. Sem parar.

Chegamos em casa. Ela chorando. Sem parar.

Tentava dormir, mas acabava virando a cabeça e encostando o ouvido afetado no travesseiro, começava a chorar de novo. Nada podia encostar ali. Tentei distrair, tentei ninar, tentei ver um desenho, tentei dar leite, dar a chupeta, levei uns tapas e perdoei, dada a insanidade da criança. Por fim, revoltei-me com as gotas desperdiçadas do remedinho e resolvi aplicar de novo. Desta vez, deitei com ela no meu colo, segurando sua cabeça de modo que o ouvido ficasse para cima. Chamei o pai para a empreitada. Quando ela viu o frasco do remédio, parecia que estávamos nos aproximando com ferro em brasa: - Não telo, não! Não telo esse não, mamãe!

Que dó, que dó, que dó.

Colocamos o remédio. Ela ficou ali, presa, por uns minutos, choramingando e acabou dormindo. Ufa!

E aí? Como faz? A mamãezinha aqui não queria nem pensar em se mexer para não acordar a pequena. Xixi? O que é isso? Minha bexiga trabalhou legal segurando litros de urina e eu lá paradinha com ela no colo. Quando achei que o sono estava pesado, transferi ela para minha cama e fui ao banheiro.

Claro, que ela acordou. Chororô, chororô, chororô, briga, briga, briga, mas já estava mais calma. Consegui convencer ela a tomar um leite e... dormimos. Até hoje de manhã. Ela acordou como se nada tivesse acontecido. Sem dor. Mesmo assim, nada de escolinha hoje e como eu não podia faltar ao último dia de trabalho antes do recesso (feliz!) deixei a pequena sendo paparicada pela vovó que já está de férias.

4 comentários:

  1. Amiga, que dó! Tadinha! Sempre acho que criança não deveria ficar doente, muito menos sentir dor. E sempre acho que mães deveriam (também) ter o direito de pegar a dor do filho, literalmente, pra si né?! rs

    Beijão e melhora pra ela!

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  2. ô dó mesmo... tadinha... dá muita peninha ver nossos pequenos sofrendo... eu graças a Deus só tenho problemas com Dudu quando toma a vacina... espero que continue assim... beijos e melhoras pra Nina...

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  3. ai que pecado Alice, e dificil a gente encarar filho com dor, ne nao???

    Melhoras para a fofinha e coragem pra mae. :-)

    inaier.blogspot.com

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  4. ufa passei esta noite quase igual a você pensava que não ia passar a dor dela nunca, mais depois que dei o remédio dela com alguns minutos ela adomerceu; meu bebê tem 1 ano e três meses o nome dela e ana um abraço.

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