terça-feira, 29 de novembro de 2011

Posso congelar o tempo?

Quando eu chego em casa a Nina corre com um sorriso enorme e me abraça. Abraça com força. Mexe no meu cabelo e faz uma conferência geral no meu visual. Se notar algo diferente do normal, como um arranhão, pergunta: quê issu? Depois repete "minha mamãe, minha mamãe", enquanto dá tapinhas na minha cabeça. Ela quer colo, nada de colocá-la no chão, e começa a me pedir coisas variadas, entre leite, escovar os dentes, desenhar ou jogar os brinquedos no chão. Ela me olha com aqueles olhinhos bem abertos e felizes por eu estar ali. Não tem papai, não tem vovó e nem Dinda que a convença a sair dos meus braços nesse momento.

Depois que ela nasceu, passei a reparar nos olhares que os filhos lançam para as mães. Nunca tinha me dado conta de como essas crianças nos enxergam. De como a MÃE representa um ser intocável, perfeito, invencível diante dos pequenos. Outro dia estava no ônibus e uma mulher entrou com seu filho no colo. Ela estava toda descabelada, com um chinelo velho e uma roupa descombinada, mas claro que para o filho aquilo não era importante. Era sua mãe. E ele a abraçava, enquanto mexia nos seus cabelos.

E agora ando com um aperto no peito de pensar que esse olharzinho tão lindo, tão apaixonado, tão, tão, tão tudo, já, já vai embora. E, em um momento bem egoísta, quero parar o tempo e preservar a minha carequinha assim: no meu colo, dando tapinhas na minha cabeça, enquanto diz: "minha mamãe, minha mamãe, minha mamãe..."

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Tim Maia

Apesar da temporada super concorrida, conseguimos comprar ingressos para uma apresentação extra do musical sobre a vida do Tim Maia que está rolando no teatro Oi Casa Grande, no Leblon. Esperei o dia de ontem chegar ansiosamente e às 21 horas lá estávamos nós sentadinhos na plateia esperando o espetáculo começar. São 3 horas de peça e quando acaba fica aquela sensação de mas já???

http://www.youtube.com/user/oicasagrande?feature=watch#p/u/1/37ExQ53_8TY

Bom demais! A montagem, os atores, as músicas, tudo perfeito. Fiquei arrepiada, chorei, ri muito e cantei o tempo todo. O protagonista é interpretado por Tiago Abravanel (neto do homem do Baú, gentchem!!!). Agora me digam aonde esse menino estava escondido??? Minha sensação era de estar vendo o Tim Maia ali na minha frente. Mas não é só ele, o elenco todo é muito bom (com destaque para Reiner Tenente que interpreta, entre outros personagens, Roberto Carlos e Nelson Motta).

Em geral, o que sabemos sobre o Tim Maia é que ele era um cara talentoso, carismático e mucho loco. Tinha sérios problemas com drogas, das mais variadas, se jogava nos prazeres da mesa e não estava preocupado com a saúde. Costumava faltar aos próprios shows e não tinha papas na língua. Ele morreu aos 55 anos, após passar mal em um que iria fazer em Niterói.

Mas adorei conhecer a história de sua vida, os 12 irmãos, o começo da carreira, a coragem de ir morar nos EUA sem falar uma palavra de inglês, sem dinheiro e sem lugar definido para ficar. Conhecer suas relações e parcerias no meio artístico e ver como ele conquistou o Brasil com suas músicas e seu jeitinho, digamos peculiar de ser.

"Não fumo, não bebo e não cheiro. Só minto um pouco."
"Comecei uma dieta, cortei a bebida e comidas pesadas e em duas semanas perdi 14 dias."
"O problema do gordo é quando ele penetra não beija. E quando beija, não penetra.

Acho que para 2011 os ingressos já estão esgotados, mas para quem tiver a oportunidade de ver, indico e muito!

Depois da peça, na volta para casa, avaliei que pessoas com o carisma e bom humor de Tim Maia tem o o dom de nos cativar e com isso seus defeitos acabam em segundo plano. Lembrei do meu tio Sérgio, foi com ele que ouvi pela primeira vez uma música do Tim e sempre ligo os dois em meu pensamento. Tio Sérgio foi, sem dúvida, uma das pessoas mais loucas e adoráveis que conheci. Era do tipo sem limites, que nunca pensava nas consequências, mas ao mesmo tempo tinha uma generosidade e uma ternura no olhar e por mais que aprontasse, não conheci ninguém que não gostasse dele. Estar com ele era diversão garantida para nós, principalmente quando crianças e ele incorporava aquele papel do paizão carregando a Cris, madrinha da Nina, para todo canto na garupa de sua moto. Foi dele que recebi o apelido carinhoso de Lili Carabina. E ele SÓ me chamava assim. Tio Sérgio viveu como quis. Fez o que teve vontade. Infelizmente, como parece ser uma regra para pessoas com esse espírito, nos deixou cedo demais. Mesmo assim, acho que se colocarmos em um papel os causos que ficaram de herança podemos rechear, com sobra, a vida de uma pessoa de 150 anos.

Para quem quiser conhecer um pouco dessa figura que foi o Tim Maia, tem uma entrevista dele para o Jô, já no final de sua vida, mas ainda com o bom humor intacto:





terça-feira, 22 de novembro de 2011

Giovanna, as gêmeas e o Natal

Meu novo centro de mesa! 

Eu adoro Natal. Adoro montar árvore, encher a casa de luzes e coisinhas fofas relacionadas com a data. Adoro a confraternização na família, os primos reunidos, as comidinhas e aquele bando de presente em volta da árvore. Pois bem que lá em casa ainda não tinha árvore, faltou grana, sabe? Dindim, bufunfa. Só que agora Ninoca já está com quase dois anos e anda curtindo a data. Seu mais novo ídolo é o Oel (Papai Noel) que ela viu um dia pendurado na decoração de uma loja subindo uma escada e até hoje quando perguntamos: - Cadê o Papai Noel, Nina? Ela responde sem pestanejar: - Tá subindo.

Pois bem, ontem me joguei de corpo, alma e cartão de crédito nas compras para decoração natalina. E foi árvore, foi bolinha, foi boneco de neve, foi Papai Noel de pelúcia... tudo, tudo, tudo pra dentro da minha cestinha nas Lojas Americanas. E lá estou eu, na fila, tentando carregar todas estas tralhas e mais uma caixa com uma árvore de 1,80m de altura, quando vejo uma revista de fofoca com a Giovanna Antonelli na capa e a seguinte chamada: "As gêmeas mudaram a minha vida".

Gente. Choquei. Fiquei rosa chiclete com essa informação. Jura que as gêmeas mudaram a vida dela??? Coisa estranha, né? Porque o normal deve ser ter filhos, DOIS de uma vez, e tudo permanecer igualzin, igualzin... Amiguinhos jornalistas, vamos combinar que essa escolha para chamada de capa foi péssima. Não li a matéria, mas acredito que a Giovanna tenha oferecido informações mais relevantes, né não? Era até melhor partir para a clássica das revistas de fofoca: "Giovanna apresenta as herdeiras", do que usar essa chamadinha tosca.

Pausa: Nada contra a Giovanna Antonelli. Aliás gosto dela. Acho boa atriz, bonita, simpática e o principal: normal. Ela não apareceu com a barriga sarada 2 horas após o parto e ainda desfilou de maiô com a pancinha super inchada em uma viagem depois de parir suas filhas. Ponto pra moça! A escolha do jornalista é que não favoreceu. Ela não contou nenhum outro causo para dar um gancho para capa? Hein?


Confesso que na primeira ultra que fiz, meu maior medo era o médico falar: "Parabéns! São gêmeos". Era capaz de perguntar "parabéns pra quem???? Olha direito isso aí. É porque estou com gases, não são dois bebês não".

Tenho estrutura não, meu povo. Dois bebês de uma vez? Em uma tacada só? Teria que pedir ajuda aos universitários. Por isso quando vejo uma mãe de gêmeos penso logo que é uma mulher porreta! Sobreviver aos primeiros dias de peitos rachados, mamadas de hora em hora e noites insones em dose dupla NÃO é para qualquer um (eu inclusa).

Mudando de assunto. Aos papais e mamães que por um acaso acabem indo bater perna no shopping Iguatemi aqui do Rio atrás das compras de Natal e considerem a ideia de levar os filhotes para ver a decoração da casa do Papai Noel, minha dica é NÃO aconselho. A decoração é demoníaca. Não me refiro ao ser humano usando as vestes de Santa Claus e posando para fotos, mas sim aos bonecos E-N-O-R-M-E-S, réplicas (?) do bom velhinho que decoram o local. Rolam uns olhos azuis esbugalhados e eles são muito grandes com barrigas que poderiam armazenar o planeta Terra inteiro.

Nina não quis nem chegar perto. Acho bem dificil inclusive que ela tivesse pedido sua pizza de Natal para aquele Papai Noel que ali estava.

Aos que não conhecem essa pérola, perguntei a Nina o que ela queria que o Papai Noel trouxesse para ela no Natal e a resposta foi direta: Uma pizza!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

By myself

E neste domingo papai levou a Nina para praia e mamãe ficou em casa. S-O-Z-I-N-H-A!

Sozinha gente. Eu comigo mesma.

Ele até tentou me convencer, me chamou, falou dos prós, da minha corzinha pálida que ia ficar mais alegre com um bronzeadinho e tals, mas gente, domingo é dia de que??? De futebol, claro! E estamos na reta final do campeonato, people! Como assim vou lá expor minha figura nas areias de Ipanema e não acompanhar o show do nosso Fred Astaire tricolor???

Bom, mas a questão é que tinha me esquecido de como é bom ficar um pouco sozinha.

Pausa: Nina, mamãe te ama, ok? Sem traumas. Maridin, amo-te também. Nada pessoal.

Fiquei ali largadona no sofazão. Eu e Pietra que também adora uma paz e curtiu comigo esse momento. Pedi uma comidinha, devorei dois bombons de licor da Kopenhagen (foi mal, dieta! Desculpa aê.). Cochilei, acordei. Dei uma secada no Corinthians (fail). Mudei os objetos de decoração de lugar, podei a minha plantinha e dei até uma conversada com ela (oi??? Maluca quem?). Sem hora. Sem obrigações. Sem correr atrás de um pingo de gente descontroladamente fofo. Gostei, sabe? Estava precisando. Quando os filhotes nascem a gente se coloca em segundo plano e acaba esquecendo como é bom ficar só. Eu sempre gostei de ficar um pouco sozinha, no melhor estilo, ouvindo o silêncio e essas coisas sem sentido. É a hora em que você para. Em que o tempo para. E eu podia ter arrumado a cozinha, o quarto da Nina ou lavado roupa, mas claro que não o fiz. Mereço meu momento sozinha de pernas para o ar. Prontofalei.

Por outro lado, pratiquei o desapego, né gentchem!!! Deixei o papi carregar Ninoca para praia sem dar 78594452331588741557784662217559955236548 de recomendações. Minha única exigência foi:

- Estou te entregando essa criança branca. Quero que ela volte igual.

E ela voltou. Branquinha, branquinha. Sem queimaduras de 1º, 2º ou 3º grau (thanks God!).

E eles se divertiram muito. Ela rolou na areia, comeu biscoito Globo e curtiu o chuveirão. Papai exibiu a pequena pela praia, claro, e a trouxe de volta sã e salva.

Acho que vou largar minha possessividade com a cria de lado e nos proporcionar novos momentos PAPAI+FILHA = MEBYMYSELF.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Manha, pra quê te quero?

Terrible two. Existe mesmo esse trem?

Bom, minha dúvida é: Nina está com 1 ano e 10 meses, ainda não chegou aos dois anos. Então me digam, isso ainda vai piorar??? Jizuis, a menina anda com a moléstia! Em um segundo está lá a minha pequenina, engraçada, divertida e sorridente. De repente, sem que você consiga entender como aquilo tudo começou, ela chora. Não quer trocar a fralda. Não quer tomar banho. Não quer mudar de roupa. Não quer colo. Não quer comer.

Ouçam bem: NÃO QUER COMER!!! A menina come até pedra quando o humor está normal.

Joga os brinquedos pelo chão, tenta chutar a cachorra, corre a se atira de barriga no piso e começa a andar para trás deitada. Oi??? Sim, no melhor estilo Poltergeist.

Ando exercitando meu lado zen e fico esperando ali o show de horrores acabar e o encosto largar da minha filha, mas confesso que já pensei em sair correndo e trancar ela em casa. Estou cogitando a ideia de comprar uma camisa de força (para mim, lógico) e uma roupa de futebol americano para cães. Porque a Pietra também precisa de proteção, né? Em breve, além do conselho tutelar bater lá na porta, depois de ser avisado pelos vizinhos dos gritos histéricos de uma criança, vou ter que me virar também com a Sociedade Protetora dos Animais que veio salvar a pequena salsicha dos maus tratos do demônio da Tasmânia que atende pelo título de minha filha.

Em crise

Bom, agora as mamãezinhatudo que já estão safas nesse assunto podem me ajudar? Faço o que com essa criança? Porque do mesmo jeito que vem o surto psicótico, ele se vai. Sem mais. E ela volta a ser aquele ser encantador e simpatiquinho que tenho orgulho de ostentar pela rua.

Olha como sei ser fofo!


É isso. Estou aceitando sugestões e dicas, ok? Pode ser reza braba, mandinga e banho de ervas.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O desfralde

Você percebe que é hora de se entregar de corpo e alma ao desfralde quando:

a) Sua filha arranca as próprias fraldas ao menor sinal de descuido e quando você vê o xixi já está no chão da sala.
b) Ela corre para o banheiro, diz que vai fazer xixi e senta de roupa e tudo no penico que a mamãe comprou, mas deixa lá de enfeite no banheiro porque não tem coragem de começar o processo.
c) O cocôzinho da sua filha atinge níveis tóxicos e você se pergunta se ela anda se alimentando de urubus pela rua. O negócio chega a um grau tão terrível que a única saída e enfiá-la no banho (bye, bye lenços umedecidos) e você pensa se não seria melhor pegar a fralda suja, lacrar e incinerar ao invés de jogar na lixeira. Atenção: jamais na lixeira de casa! Despachar o objeto infectante direto para a rua ou as consequências podem ser irreversíveis.
d) Todas as alternativas anteriores.

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Resposta correta: D. Com influência total e determinante da letra C.

Que o santo padroeiro do desfralde nos ajude. Amém.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Sobre os comentários sem noção

Nina é uma criança, digamos, inquieta.

Não é daquelas que caminha lado a lado com a mamãe em um shopping ou mercado, por exemplo. Na verdade ela não anda, ela corre. Sendo assim, evito ao máximo fazer esse tipo de programação com ela e só carrego a pequena pro shopping se for caso de vida ou morte.

Motivos:

1 - Carrinho nem pensar. Desde que aprendeu a andar, ela não senta ali de jeito nenhum.
2 - É impossível ir sozinha com ela e conseguir resolver alguma coisa.
3 - Não é divertido. Para mim, pelo menos, porque ela se diverte em qualquer lugar.

Sendo assim prefiro levar ela a um parque, local aberto, aonde ela possa correr e se jogar na terra. Restaurantes também são viáveis porque ela adora comer e fica ali se divertindo agora que aprendeu a comer sozinha (e ai de você se tentar ajudá-la). Faz uma certa lambança, mas tudo contornável.

Mas como a vida não é perfeita, vez ou outra é preciso resolver alguma coisa no tal do shopping. Há algumas semanas maridin disse que precisava comprar umas blusas e lá fomos nós, com a rota previamente definida que é para não perder tempo ali dentro. Chegando lá, claro que ele foi na tal loja e eu fiquei controlando minha pequena fera que corria pelos corredores do shopping, entrando vez ou outra em uma loja, mandando beijinhos para as vendedoras, tentando virar as lixeiras etc etc etc.

Daí que em determinado momento ela encontra uma planta, daquelas que ficam lá no meio dos corredores e nunca viram a luz do sol. Ah é, são de plástico, ops! Nina achou a maior graça em ficar correndo em volta do plantão, enquanto soltava algumas gargalhadinhas se escondia de mim atrás do vaso. Nesse momento, um grupo de senhouras veio andando. Todas rindo e achando Nina uma graça. Como elas pararam bem ao lado da plantinha e atrapalharam os giros da criança, filhota vendo seu caminho obstruído, olhou para o grupo da terceira idade, abriu um sorriso e disse: Tchau, gente! (No melhor estilo "vaza daqui que eu quero correr")

Elas riram, claro, e foram saindo. Aí escuto o comentário de uma delas:

- Essa aí tem que tomar cuidado, porque assim, rindo para todo mundo, qualquer um que chegar leva. Passa a mão e carrega.

Gente, juro. Meu sangue subiu. Respirei fundo e pensei que ela não falou por mal. Mas diz aí? Tem comentário mais desnecessário para se fazer? Como assim qualquer um carrega? Que espírito de porco. As crianças agora não podem mais ser risonhas nem alegres porque vão ser roubadas na rua?

Claro todos nós já ouvimos, infelizmente, histórias horríveis relacionadas com roubos e sequestros de crianças, mas alto lá. Isso não pode ser culpa da alegria ou simpatia dos pequenos e sim da cabeça doentia de de alguns seres humanos (?).

No dia em que as crianças não puderem mais sorrir, brincar ou dar aquele tchauzinho sapeca para a pessoa que está dentro do carro ao lado, a vida vai ser muito sem graça.

Pode me chamar de Poliana, mas prefiro acreditar no lado bom das pessoas. E prefiro, sempre, acreditar no impacto positivo de um sorriso infantil.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Resultado do sorteio

Oi gente! Hoje é dia de saber quem ganhou a roupitcha fofa da Lepetitpola!

Fiz uma listinha incluindo os comentários, emails recebidos e afins. Infelizmente, quem postou como anônimo e não assinou ou me mandou um sinal de fumaça, não pode incluir na listagem. No final ficou assim:

1.Carol Damiá
2. Letícia
3. Vanessa
4. Grazi
5. Roberta Loja
6. Juliana
7. Joana
8. Glauce
9. Bruna
10. Fernanda Passos
11. Biessa
12. Ivna Pinna
13. Rebeca
14. Fê
15. Cristine
16. Luciana
17. Deivi Tiba
18. Bia


And the winner is:



Biessa!

Parabéns Bibi, vou te mandar um email com informações e contato para você fazer sua encomenda.

Beijokas

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Obrigada por tudo

Oi tia! Eu gostaria que você estivesse lendo esse post hoje. Não que eu não tenha tido tempo de te falar isso ao longo de toda minha vida, mas só para você saber que nada mudou.




Essa aí na foto com você é a Nina. Essa cara dela não é uma careta, é o seu sorriso para fotos! Você sempre ri quando a vê, mas não sei se você sabe que ela é minha filha. Quando você vinha com aquele papo de que já tinha cumprido a sua missão aqui na Terra e que era hora de partir eu sempre falava que você tinha que esperar para ver meus filhos melequentos correndo por aí. Você ria e achava que não ia dar tempo. Pois deu.

Durante a minha gravidez, você estava um pouco melhor do que hoje, mas já esquecida, e por isso sempre levava um susto ao ver minha barriga: "Você está grávida, Alice???" "Mas você casou???" "Quem é o pai???" E quando a Nina nasceu você a confundiu comigo algumas vezes (deve ser por conta da careca). Uma vez, enquanto ela corria pela sala, você me disse:

- Alice, pega essa Alice pequena que está correndo aí!

Tia, a minha Nina te chama de Bisa Uti! E ela sabe direitinho quem você é. Esse mês você completa 89 anos e talvez a Nina não te tenha aqui por muito tempo, mas vou fazer questão de ensinar a ela tudo que aprendi com você. Vou fazer questão que ela saiba tudo que você significou para mim e como você é parte presente e indissociável do que eu sou hoje.

Com você Rutina, aprendi a ler e escrever. E me diz: como eu poderia chegar até aqui sem esse primeiro passo? Com você aprendi a ser honesta e entendi que nem mesmo um chiclete numa loja de doces pode ser roubado. Nem por brincadeira. Lembra disso? Eu te contei e você foi lá devolver, sem brigar comigo, apenas explicando que era errado. Ainda me trouxe um saco de chicletes. Quando eu pedi para você não contar para ninguém, você respeitou e essa história ficou guardada conosco por anos e anos.

Com você aprendi que mimo é bom demais! Aprendi que discrição é uma ótima saída e que ser independente é muito importante. Sempre te admirei. Por ter trabalhado a vida toda, pela sua força, sua calma e sua ternura. Por me mostrar que família a gente carrega no peito. Por não me deixar dar pitis com a minha mãe nos rompantes de adolescência e por me ensinar que na vida tudo passa.

Tia Ruth, hoje quando te olho não sei você está mesmo ali. Mas guardo bem viva a sua lembrança dentro de mim. Em alguns momentos, sei que aquilo que sentimos uma pela outra é tão forte que ultrapassa até esses problemas físicos. Vejo isso quando você me olha nos olhos e sorri, lá dentro. Os outros podem não ver esse sorriso, mas eu vejo. Eu vi também, aquela risadinha de canto de boca que você deu com a minha cafungada no seu cangote. Nem adianta disfarçar!

Hoje quero te dizer mais uma vez um muito obrigada.

Quero te dizer que amo você.

Quero que saiba que você vai ser para sempre minha avó, tia-avó, mãe, amiga e companheira. E que já sinto sua falta. Vou sentir sempre. Mas é uma saudade boa, daquelas que só sentimos de pessoas que realmente fizeram a diferença.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Aniversário e sorteio Lepetitpola

Hoje é o dia do aniversário do blog! (todas grita \o/)

E como aniversário é dia de comemoração, vamos realizar o nosso 1º sorteio! É muita emoção gentchemmm!!!

Vocês conhecem a Lepetitpola?

Eu descobri a marca esse ano quando procurava uma roupitcha para festinha de 2 anos da Nina (que será só em janeiro, mas já comentei aqui que sou descontrolada nos preparativos). Pois bem, foi amor à primeira vista. As roupas são lindinhas, super diferentes, confortáveis e o que é melhor: únicas! Sim, cada peça é feita artesanalmente de acordo com o pedido do cliente. É de babar!

Olha os modelitos escolhidos para minhas afilhadas fofas:

Clara de moranguinho. Nhac!

Helena de zebra, com direito a orelhinhas e rabo
Macacada reunida! Nina estava de Super Nina, mas é claro que ela não parou nem 1 minuto sequer para tirarmos uma foto decente
E olha que máximo gente: como presente para o aniversário do nosso cantinho, a Lepetitpola está oferecendo aos leitores do blog um presente. Vamos sortear uma camiseta ou body personalizado para o ganhador do sorteio. A estampa, cor e tamanho serão escolhidos pelo vencedor.

Ah! Para os leitores que ainda não têm filhos, nada de acanhamento! É a sua chance de poder presentear aquele sobrinho fofo, afilhado ou já começar o enxoval com o pé direito!

Para participar é muito simples: basta ser seguidor do blog (para isso clique naquele botãozinho azul na lateral em "Participar deste site") e deixar um comentário neste post dizendo que quer entrar no sorteio. Os comentários serão numerados de acordo com a ordem de postagem e sorteados com ajuda do nosso querido Randon.

Adendo 1: É preciso ter um endereço no Brasil.
Adendo 2: Para quem não conseguir postar um comentário aqui, pois muitas pessoas reclamam que o blog bloqueia seus pensamentos, hehehe, pode me mandar um email dizendo que está dentro e incluo o nome na listagem, também de acordo com a ordem de chegada.
Adendo 3: O sorteio vai ser realizado na próxima segunda-feira, inscrições válidas até 6 de novembro.


Vamos ver mais algumas coisinhas lindas?





E aí? Está esperando o quê? Participa do sorteio e corre lá para conhecer a Lepetitpola!