http://www.youtube.com/user/oicasagrande?feature=watch#p/u/1/37ExQ53_8TY
Bom demais! A montagem, os atores, as músicas, tudo perfeito. Fiquei arrepiada, chorei, ri muito e cantei o tempo todo. O protagonista é interpretado por Tiago Abravanel (neto do homem do Baú, gentchem!!!). Agora me digam aonde esse menino estava escondido??? Minha sensação era de estar vendo o Tim Maia ali na minha frente. Mas não é só ele, o elenco todo é muito bom (com destaque para Reiner Tenente que interpreta, entre outros personagens, Roberto Carlos e Nelson Motta).
Em geral, o que sabemos sobre o Tim Maia é que ele era um cara talentoso, carismático e mucho loco. Tinha sérios problemas com drogas, das mais variadas, se jogava nos prazeres da mesa e não estava preocupado com a saúde. Costumava faltar aos próprios shows e não tinha papas na língua. Ele morreu aos 55 anos, após passar mal em um que iria fazer em Niterói.
Mas adorei conhecer a história de sua vida, os 12 irmãos, o começo da carreira, a coragem de ir morar nos EUA sem falar uma palavra de inglês, sem dinheiro e sem lugar definido para ficar. Conhecer suas relações e parcerias no meio artístico e ver como ele conquistou o Brasil com suas músicas e seu jeitinho, digamos peculiar de ser.
"Não fumo, não bebo e não cheiro. Só minto um pouco."
"Comecei uma dieta, cortei a bebida e comidas pesadas e em duas semanas perdi 14 dias."
"O problema do gordo é quando ele penetra não beija. E quando beija, não penetra."
Acho que para 2011 os ingressos já estão esgotados, mas para quem tiver a oportunidade de ver, indico e muito!
Depois da peça, na volta para casa, avaliei que pessoas com o carisma e bom humor de Tim Maia tem o o dom de nos cativar e com isso seus defeitos acabam em segundo plano. Lembrei do meu tio Sérgio, foi com ele que ouvi pela primeira vez uma música do Tim e sempre ligo os dois em meu pensamento. Tio Sérgio foi, sem dúvida, uma das pessoas mais loucas e adoráveis que conheci. Era do tipo sem limites, que nunca pensava nas consequências, mas ao mesmo tempo tinha uma generosidade e uma ternura no olhar e por mais que aprontasse, não conheci ninguém que não gostasse dele. Estar com ele era diversão garantida para nós, principalmente quando crianças e ele incorporava aquele papel do paizão carregando a Cris, madrinha da Nina, para todo canto na garupa de sua moto. Foi dele que recebi o apelido carinhoso de Lili Carabina. E ele SÓ me chamava assim. Tio Sérgio viveu como quis. Fez o que teve vontade. Infelizmente, como parece ser uma regra para pessoas com esse espírito, nos deixou cedo demais. Mesmo assim, acho que se colocarmos em um papel os causos que ficaram de herança podemos rechear, com sobra, a vida de uma pessoa de 150 anos.
Para quem quiser conhecer um pouco dessa figura que foi o Tim Maia, tem uma entrevista dele para o Jô, já no final de sua vida, mas ainda com o bom humor intacto:
Sempre gostei do Tim Maia. Deve ser o máximo poder ver de perto um teatro relatando sua vida. Se eu tiver oportunidade, com certeza irei. Ainda mais depois de ler esse relato... rsrs! Beijos
ResponderExcluirPra ler este texto esperando a aula da pós, tem que saber segurar o choro...me esforcei. Estes "loucos-amados" que habitam os corações das pessoas fazem muuuita falta quando vão embora. Com certeza meu pai já teria inventado um apelido para a Nina! Beijos!
ResponderExcluirNossa Tim Maia é demais! Não me lembro dele vivo, mas não esqueço suas músicas e sua voz linda!Bjo
ResponderExcluirwww.parasempregabriela.com