quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A (nem tão) boa de garfo!



Quando Nina nasceu era um bebê loucamente esfomeado. Já nasceu com quase 4kg e mamava quando queria, o que significava TODA hora. Mamando de hora em hora, em média, e considerando que quando acabava de se deliciar com o leitinho da mamãe aqui (e de esfolar meus peitinhos de vez), tinha que colocar a pequena pra arrotar, ver a fralda, blá, blá, blá, me sobravam entre 20 e 30 minutos de descanso entre cada mamada. Com uns 15 dias de vida, meu peito já estava ótimo, nada de dor, tudo lindo e Nina foi ficando mais tranquila também, começou a espaçar mais e variava os horários. Dando entre duas e três horas de intervalo. Achei uma benção divina. Mesmo assim, era desesperada, quando agarrava o peito mamava como se não fosse a última vez na vida.

Quando ela provou a primeira fruta, banana, foi paixão à primeira vista. Ela tentou mamar a colher, mas logo entendeu do que se tratava. Com dentes desde os quatro meses, senti que a criança tinha nascido para comer! Com a papinha salgada foi mais complexo porque inicialmente ela NÃO gostou, cuspiu em mim e ficou P#@4 da vida por eu estar lhe oferecendo aquele trem. Isso durou algumas tentativas até que, de repente, ela se apaixonou pela coisa. Os segundos que eu levava para preparar uma colher eram motivo de choro, sempre. Ela queria tomar sopa na mamadeira, eu acho. Só para não interromper o fluxo.

Assim fomos nós, bem gulosas (mãe e filha), boas de garfo, comendo tudo e de tudo, sempre. Mesmo quando passamos para a comida de pedaços, ela encarou numa boa e NUNCA em sua agenda da escola veio marcada alguma opção diferente de "BEM" para as refeições (lá eles relacionam se a criança comeu bem, regular, pouco ou recusou).

De uns tempos para cá, no entanto, venho reparando que Nina não é muito chegada em carnes. Seja de frango, boi ou porco. Acho que rola uma preguiça de mastigar. Ela gosta de linguiça, já comprovei em churrascos e nas pizzas de calabresa, mas de resto sempre enrola e dá um jeito de não comer. Como não rola se jogar de corpo e alma nas linguiças, o negócio é picar tudo bem pequeno e misturar no feijão com arroz, que ela AMA. Ovo também vai bem e substituí a proteína da carne. Tomate está entre os favoritos e, em geral, ela não implica com os "verdinhos". Mesmo assim senti que ela começou a querer comer mais bobagens* (que eu evito bem e libero mais nos finais de semana. Mas, balas, pirulitos, refris e "Fandangos" nem que a vaca dance tango de salto alto, ok?) e anda dando uma enrolada na comida.

*Entre as bobagens que libero nos finais de semana estão a batata-frita, o chocolate e o doce de leite. Mas quem, quem em sã consciência, resiste ao trio?

De início fiquei preocupada com a diminuição no tamanho dos pratos dela, principalmente porque ela comia pratos de papinha do tamanho dos meus, mas depois parei e pensei que ela não cresce mais como antes (bebês engordam cerca de 1kg por mês e ganham centímetros como quem troca de roupa). Nina agora mais cresce do que engorda e mesmo assim mantem uma barriguinha saliente. Acho que é normal essa redução no prato, né? Ela come de acordo com as necessidades dela. De vez em quando faz uma manha e quer trocar o almoço por pipoca.*

*Mea culpa total. Diante do pezinho bichado, dos 39º de febre e da recusa em comer, tomar um leite ou qualquer coisa, deixei ela substituir o almoço por um balde de pipoca que devoramos juntas vendo Monstros S.A. (só para variar um pouco a programação).

Depois lembrei do meu irmão quando era criança. Do tempo que se gastava para ele comer três grãos de arroz e de como ele sofria na hora da comida. Era quase como mandar o menino pro castigo.

É, diante disso, acho que a redução do prato é pinto e Nina continua sim boa de garfo, ops, de colher!

Imagem daqui.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Blá, blá, blá

Nina agora anda em uma fase muito engraçada. Ela capta tudo, TUDO, que é dito a sua volta e, do nada, surge com umas tiradas hilárias. Tagarela, ela fala, canta ou fala E canta, o dia todo.

Ainda calada, mas se preparando para um discurso...

Quando vê a mãe cocolátra aqui com sua latinha de Coca Zero na mão, não titubeia e vai logo soltando:

- É Coca? Eu num gosto. Eu goto de água! Goto de suco tumbém.

*Own, orgulho de mamis. Puxou o pai, óbvio. Porque convenhamos, né? O que a água tem de necessária na vida de uma pessoa, tem também de sem graça. Sem graça, sem gosto, sem cheiro e sem cor. Mas eu não conto isso pra ela, tá? Guardem as pedrinhas e não me espanquem agora!*

Uma das coisas mais fofas que ela fala no momento é "coidevilho". Eu até podia corrigir, tentar fazer ela dizer biscoito de polvilho, mas a versão dela é tão mais econômica e divertida, que lá em casa todo mundo já aderiu ao "coidevilho".

Outro dia foi entrou com o pai em uma padaria, olhou, olhou e soltou.

- Aqui num tem coidevilho, né papai? Só no mecadu.

De manhã ela acorda, olha em volta e se eu não estiver por perto, grita: "Mamãííín. Mamaííín". Quando eu chego, ela me olha, faz beicinho e diz: "Mamaíin, quéio você. Minha mamãín". E fico lá eu tentando juntar meus pedaços derretidos pelo chão...

Quando quer que alguém vá lá para casa, vai logo dizendo: "Você não vai pá sua casa. Você vem na casa de mim!"

E ontem abriu um livrinho me botou sentada, de "peninha chinês" e começou:

- Éia uma vez a vaca. Ela pulou, bebeu água e comeu vedi. Depois dumiu e fim. Agóia você mamãíín. Conta.

Conto filha, conto nos dedos os minutos que consigo ficar sem te apertar.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O carnaval do pé bichado.

A pessoa programa um Carnaval arretado. Todo trabalhado no sol, no mar, na praia. Doida para desfilar por aê de carro novo. Enforca a semana no trabalho e pensa em viajar, viajar, viajar e esquecer do mundo e aí a filhota brota na sexta-feira antes da folia com esse pé:



CARALEO. O que? Como? Quando? Onde?

O fato é que ela acordou, de madrugada, reclamando de dor no pé. Olhei e parecia uma espinha. Passei uma pomadinha, ela acordou até bem, chegou a curtir uma praia com a Dinda, mas ao longo do dia o troço foi crescendo, ela começou a não querer mais pisar e acabou assim. Para completar, algumas placas vermelhas começaram a aparecer pelo corpo. Pernas, braço, pescoço... olhei para ela e achei que sua boca estava inchada. Pânico.

E o que você faz numa hora dessas???

- Manhêêêêê!

Pois é. Foi o que eu fiz. Colocamos a pequena no carro e corremos para casa de mami (que é médica, tá gentchem?) e ela tratou de drenar, abrir e torturar cuidar da minha filha. Pezinho limpo, curativo feito, Nina continuava sem pisar. Chegamos em casa e ela estava com 39º de febre.

E o que você faz numa hora dessas???

- Manhêêêêê!

Pois é. Foi o que eu fiz. De novo. 10 dias de antibiótico tá bom pra vocês? É isso que dá ter uma filha descalça e descabelada (cabelos? Oi?) andando por aí....

Nina passou o Carnaval com o pé lacrado. Nada de sujeira por ali. Fazia o curativo todos os dias. Lavava, pomada, algodão (para amortecer a pisada), esparadrapo e meia. Sim, meia. Nesse calor de 50º na sombra que fez no Rio de Janeiro, ela até que encarou numa boa.

Agora estamos assim:



Mas deu pra curtir um pouquinho os dias em casa com a pequena.

Nos fantasiamos de Mrs. Potato Head....


Instauramos o caos na Terra...


Tomamos banho de "cachumeira"...

Olha a meinha aí gente!

Ops! Censurado.
Fizemos muitas "pituagens"...


E dormimos, porque ninguém é de ferro!


P.S: Ela já está muito bem, tá povo? Numa relax, numa tranquila, numa boa...

Bjks em todos!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Jubiraca

Nina, esse post é pra você conhecer a história da Jubiraca.

O termo Jabiraca pode ser usado para definir uma mulher feia, de meia idade, sem atrativos. Mal humorada e sem papas na língua. Muita gente confunde chamando a minha Jubiraca de Jabiraca. Mas olhe só, trata-se apenas de um apelido carinhoso. Feia e sem atrativos é a mãe!

A Jubiraca é um carro. Um bem material, mas não como outro qualquer, porque nesse caso rola um envolvimento emocional sério. A Jubiraca é quase da família. Confesso que nos últimos tempos, ela estava mais para aquele parente que você quer ver pelas costas, mas a culpa não foi dela, juro. Nós que a deixamos assim, snif, snif.

Bom, para entender mais sobre o assunto, vamos voltar alguns muitos anos no tempo.

Carro nunca foi prioridade lá em casa. Era necessário, ainda mais quando se tem quatro crianças morando em Jacarepaguá e estudando na Tijuca, mas nunca foi prioridade. Não precisava ser bonito, não precisava ser lavado, nem, tampouco, encerado. Bastava andar (isso quando andava).

Diz minha mãe que foi em 89, 88, que o carro dela pegou fogo. Veio o Plano Collor e fudeu a porra toda bloqueando o dinheiro do seguro (se eu estiver errada mami, sorry, mas foi mais ou menos isso). Meu avô com dó de nós, pobres crianças melequentas e sem veículo para nos locomover, deu para ela um Fusquinha 1969. "O horror, o horrror", foi o que pensei quando vi o carro. 

Hoje em dia ele seria cult e até charmoso, mas naquele época... "o horror, o horror", foi o que pensei quando vi o carro. 


Ele era mais ou menos assim. A cor era exatamente essa: verde azeitona. Hoje tem um quê de fofo, né?

Fusca tem fama de guerreiro e esse foi. Nós também. 

Coloca aí seis pessoas dentro de um fusca, sem ar, no calor do Rio de Janeiro? Quer piorar? Coloca aí seis pessoas dentro de um fusca, sem ar, no Rio de Janeiro e viaja no Carnaval. Quer piorar um pouco mais? Coloca aí seis pessoas dentro de um Fusca, sem ar, no Rio de Janeiro e viaja no Carnaval para uma casa alugada no alto de uma pirambeira que, óbvio, o pobre fusquinha não foi capaz de subir com todos os integrantes. Todo dia, depois da praia, a mesma coisa: descia a criançada, e o carro seguia só com o motorista. A gente vinha atrás, caminhando. Os pequenos retirantes. Minha mãe também descia, mas acho que era mais para dar aquele apoio moral, porque dois o carrinho aguentaria.

Como manutenção nunca foi o forte lá de casa e estética (ãh? O que é isso mesmo?) também não, o Fusquinha foi ficando acabadinho. Durante muito tempo teve seu para-choque amarrado por uma corda. Mas o problema é que as crianças cresceram. Por que crescem, MEODEUS? Realmente não cabíamos mais ali. Partimos para uma Parati. Dessa não sei o ano. Nunca simpatizei muito com ela. Era maior, com malão, duas portas, sem ar e agora podíamos colocar seis pessoas dentro, mais a cachorrada e viajar no Carnaval. Por "cachorrada" entenda Pastor Alemão, tá? Que Poodle nunca foi a nossa praia. 

Encostamos o Fusca. Não o vendemos, mas encostamos.

A Parati teve seus momentos, não tão interessantes como os do Fusca, mas como disse, nunca simpatizei muito com ela. Até que um dia, não me lembro o ano, acordamos e chovia a cântaros. Era fevereiro e meu irmão tinha uma prova de recuperação no colégio. Com a pirralhada no carro partimos para a Tijuca. A orientação era que em casos de chuva descartássemos a Grajaú-Jacarepaguá. Fomos pelo Alto da Boa Vista. Era chuva pacas e descia uma cachoeira pela estrada. O carro quebrou. Ficamos ilhados. Minha mãe e o César desesperados com as quatro crianças dentro do carro. Se não tinha ônibus, muito menos ia passar um táxi. Assim, de repente, um carro parou. Uma Cherokee, zero. Tinha até restos de plástico nos bancos. O motorista perguntou: "Quer carona?" E colocou a família buscapé, seis pessoas, molhadas e enlameadas, dentro de seu automóvel cheirando a novo. 

Diz mami que reza para o homem até hoje. Ele nos tirou dali e nos deixou em segurança. A Parati ficou presa por muito tempo, caíram várias barreiras no caminho. Depois descobrimos que a Grajaú-Jacarepaguá estava livre, livre. Coisas da vida. O carro chegou a ser recuperado, consertado e depois vendido.

Em 1996 ela chegou. A Jubiraca. Também presente do meu avô. 

Fabricada em 91, para nós era quase um carro zero. Uma Quantum, quatro portas, vidros elétricos, teto solar, motor 2.0... Era um carrão. 


Essa não tem teto solar, mas era mais ou menos isso aê!
Lembro direitinho do dia em que entramos na garagem do prédio dos meus avós e ela estava lá parada. Nós, pobres crianças deslumbradas, queríamos testar tudo:

- Abre o vidro?
- Abre o teto solar?
- Liga o ar?
- Liga o rádio?
- Posso colocar a minha fita cassete pra tocar?
- Não, quero a minha!
- Falei primeiro.

Logo as regras lá de casa chegaram ao novo carro. Vidros traseiros sempre travados, nada de ficar abrindo e fechando. Fitas cassete nem pensar. Lugares alternados de acordo com o dia (todo mundo queria ir na janela). Teto solar fechado. Nós quebramos ele com pouco tempo de uso e isso rendeu uma bela mofada no carro por conta das chuvas. Mais tarde tivemos que mandar retirar o bendito e adeus teto solar.

Como todos os carros lá de casa, a Jubiraca também teve sua manutenção negligenciada e alternou momentos de condições boas, médias, ruins e sofríveis. Assim como todos os carros da família, parou muitas vezes. A empurramos muitas vezes. Mofou muitas vezes... Passou por mais de uma reforma e ficou sendo o nosso carro principal até a chegada de um Palio, há alguns anos. Pouco antes de engravidar, comecei a roubar a Jubiraca para mim, ela estava na fase boa quando peguei, tinha sido recauchutada e ninguém estava usando. Aos poucos ela foi virando cada vez mais minha, até mami oficialmente passá-la para o meu nome.

Seu pai, Nina, não faz o estilo cuidadoso, mas o encontro dele com a Jubiraca foi cósmico. Relação de outras vidas, eu acho. Durante muito tempo ele resistiu em trocar de carro, mesmo com a nossa querida, literalmente, caindo aos pedaços. Todo mundo no bairro já conhecia o carro dos Flintstones. 

Óia nóis! Com a Pietra e tudo mais...


No entanto, essa semana, finalmente, compramos um carro novo. Novo mesmo. Zero. Chique no úrrtimo. Nossa velha amiga não será abandonada. Afinal são muitos anos na família, né? Seu pai tem planos para ela, ouvi algumas palavras como "turbo" e "corrida" e preferi não entrar em detalhes, mas a reforma é garantida.

Curiosidades: Nosso fusquinha ficou lá parado na garagem. Um dia um moço veio consertar a máquina de lavar e seu ajudante quis arrematá-lo para dar de presente à mulher. Ao ouvir isso, o primeiro falou:

- Se eu apareço com isso em casa, minha mulher me bota é pra fora.

Ele nem deu ouvidos. Levou o carro. E a mulher dele não o colocou na rua.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Saudades do berçário...

Já comentei aqui que Nina abandonou os bebês do berçário e foi habitar as salinhas do maternal na escola, certo? Disse também que ela adorou pois já estava mesmo na hora de mudar. Claro que não são todos os dias que ela chega saltitante ao colégio e, vez ou outra, ela diz que não quer ficar ou quer que eu fique lá com ela. Acorda dizendo: "Eu não vai pra ecoila não. Vai ver o Monstus*" e coisas do tipo. Mas em geral, está tudo muito bom, tudo muito bem e sempre que chego para buscá-la ela está alegre, exausta e imunda.

E aí gente, aí eu sinto uma saudaaaade do berçário. Lembro que sempre buscava a pequenina cheirosa e ainda com o seus três fios de cabelo molhados pelo banho. Com os bebês o tratamento é mais individual, mais cuidadoso. Já no maternal, tem a hora do banho e a criançada toda é lavada de uma tacada só. Logo depois eles vão para lama sala de aula para começar as atividades (na escolinha da Nina as atividades em sala com professor acontecem na parte da tarde, de manhã a programação varia).

Fico imaginando em que estado minha filha vai chegar em casa quando nem mesmo esse banho diário rolar na escola. Sim, porque eu lembro que passava o dia toooodo no colégio com o mesmíssimo uniforme que havia colocado às sete da manhã. E isso incluía jogar queimado no recreio, brincar na terra e sentar pelo chão. Chão da sala, chão do pátio, chão do corredor, o fato é que a atração entre crianças e chão é uma das coisas mais fortes que já vi. Nem adianta tentar impedir, eles vão se encontrar muitas vezes por dia.

Hoje a pequena foi assim. Cheirosinha. Cabelinho preso. Sem fralda. De uniforme (aff, quase uma adolescente). E com o Sulley em punho.

Relevem a qualidade da foto, ok? A câmera do celular não ajuda e nem a mãe por trás dela.

Mais tarde, na hora da saída da escola, o cenário será bem outro. Ela terá mudado de roupa, mas agregando essa belezura natural estarão os colares de sujeira no pescoço, as caracas no sovaco e, talvez, algumas melequinhas no nariz, né? Que criança sem meleca não é feliz!

*Monstros S.A.. Se um dia o DVD quebrar, a televisão sumir, o mundo cair, ela não precisa nem se preocupar porque posso reproduzir o filme I-N-T-E-I-R-O, com riqueza de detalhes e falas dos personagens. Posso até fazer um teatro de com o Sulley e o Mike de pelúcia e ela fazendo o papel da Boo, que só fala umas três palavras ao longo do filme e Nina já decorou...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Coisas que você só engole na inocência da infância

Ontem, no programa Amor & Sexo o convidado era o Sérgio Mallandro. Sim, aquele das pegadinhas.

Mas a fama de moço das pegadinhas veio mais tarde. Na minha infância, Serginho fazia papel de galã e pegava a Xuxa no filme Lua de Cristal. Tá bom pra você?

Fui puxando pela memória e a coisa foi ficando feia, viu? Tosqueira é o nome do meio da minha infância. Mas ó só que coisa linda? A inocência faz dessas coisas. Você vê lá o Serginho Malandro, sentadão no cavalo branco, e acha o N-O-R-M-A-L, plausível e até curte o filminho brega.

Por isso, se seu filho(a) acha o Neymar lindo, adora Rebeldes e/ou o Justin Bieber. Perdoai, pois eles não sabem o que fazem.

Olha só uma breve listinha do que acreditei quando criança:

* Xuxa e Sérgio Mallandro fazendo par romântico em Lua de Cristal. Com direito a pakitas e pakitos cantarolando e dançando.


* Angélica e Supla em Uma Escola Atrapalhada. O moço era o galã do colégio, meio bad boy, no decorrer da história romântica dos dois, entra um clipe no Supla, no melhor estilo Zé do Caixão e que não tem nada a ver com estética toda do longa. Mas quem liga, né? 

Vale dar uma olhada nos figurinos do filho da Marta também...



Obs: era um filme infantil, tá?

* Xuxa no Clube da Criança, na Manchete. Prefiro não comentar.


Obs2: era um programa infantil, tá?

* Vamp. Era minha novela favorita. Meu sonho era ser pop-star como a Natasha e lançar esse passinho passando as mãos em volta da cabeça, no meio da pombarada toda. Trash? Nada, um luxo só.


* Calça semi bag. Eu acreditava que só ficava bonita com uma dessas. A turma do Barrados no Baile também. 


* Os monstros do Changeman. Eram é feitos de que? Papel mache?

Gyodai
* Lousa mágica. Eu acreditei que era possível fazer desenhos nela. Nunca consegui nem escrever meu nome decentemente. De mágico não tinha nada. Essa abaixo é de um artista americano especializado em desenhar nelas. Eu só acredito vendo.





terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Fera Nenem

E Nina pula no meio da sala enquanto grita:

- Mamãe, bota o Féa Nenem? Bota?



Quando o som começa, a pequena vai a loucura com Juninho Bill e Evandro Mesquita. Difícil é saber quem dança mais, mãe ou filha...

Obs: Vale uma atenção especial para o ""we are the world", pronunciado por Juninho Bill.


Evandro - Salve, salve Juninho, como é que é, tudo bem?
Juninho -  É... mais ou menos
Evandro - Ué, por que, irmãozinho, que cara é essa?
Juninho - Sabe o que é, Evandro, eu quero é ser presidente do Brasil
Evandro - Ei, diz aí então, me conta
Hoje acordei e ouvi no rádio
Alguém dizia que o mundo ia mal
Que entre dois mil e um e dois mil e dez
Já era a Terra numa guerra final
Eu sou o fera, o fera nenem
Olha só o mundo que a gente tem
Eu sou o fera, o fera nenem
Se eu for presidente, você vai se dar bem
 
Eu canto, danço, nado, brinco com tudo
E até que não me dou mal no estudo
Quando quero alguma coisa, eu berro
Brinco de médico, ninguém é de ferro
Eu sou o fera, o fera nenem
Qual o futuro que a gente tem?
Eu sou o fera, o fera nenem
Se eu for presidente, você vai se dar bem
Quando sonho, viajo por mil lugares
O mundo é lindo pra quem sabe viver.... só na paz
E corro feliz pra te ver
Vou em frente, não dou bola pra bruxa
Acordo contente quando sonho com a Xuxa
Só quero dizer que eu,
Sou o fera, o fera nenem
Pára na minha que você vai se dar bem
Eu sou o fera, o fera nenem
Se eu for presidente você vai se dar bem
Juninho - Alô, alô, gatas, gatinhas e cachorrões
Eu sou a solução!
"We are the world!"
Evandro - E vem aí Juninho Bill a cores para todo o Brasil
Esse é fera hein, diz aí, Juninho
Eu canto, danço, nado, brinco com tudo
E até que não me dou mal no estudo
Quando quero alguma coisa, eu berro
Brinco de médico, ninguém é de ferro
Eu sou o fera...
Olha aí, vote em mim pra presidente
E alô, alô, senhoras e senhores
Paguem logo a tal da dívida, senão vai sobrar pra gente
É isso aí, mais fantasia no seu destino
Bote fé nesse menino, sou o futuro no presente
Juninho Bill para presidente do Brasil
Evandro - Tô contigo e não abro, Juninho
Juninho - Muito obrigado, muito obrigado!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O que será da minha próxima cria?

O primeiro filho é de vidro, 
O segundo é de borracha 
E o terceiro é de ferro.


Ah é, mamãe?


Pois bem, que fomos comer fora no final de semana. Não tenho mais carrinho há séculos, já que a Nina não usava mesmo aquele trem, passei adiante. Ela dormiu no carro e cheguei no restaurante com ela no colo. Como estava na hora do almoço, nem me preocupei em levar meu "kit cama de cadeiras", que costumo ter em mãos quando saímos para jantar. Ou seja, ela dorme e eu saco um cobertor fofo, junto as cadeirinhas e voilá, caminha pronta.

Fiquei com ela no colo mesmo. "Pelo menos o ar está ligado", pensei. Nina suava horrores. Pouco depois chegou um casal com a filha que deveria ter uns três anos. Eles sentaram ao nosso lado e reparei que a mãe foi logo pedindo para diminuir o ar, pois estava em cima da menina (ela pode estar gripada, pensei. Não parecia, mas podia ser. Ou ser alérgica? Ou louca mesmo porque ficou um calor do cão e os poucos cabelinhos da Nina começaram a colar na cabeça). A moça foi logo levando a filha ao banheiro carregando uma sacola. Quando elas saíram, vi que se tratava de um penico. Foram almoçar em família levando o penico, caso a menina quisesse usar o banheiro. Fui remetida aos meus momentos "banheiros de rua", quando entro com a Nina já falando para ela não tocar em nada, enquanto tento, em vão, forrar o vaso sanitário e acabo optando por fazer uma cadeirinha no colo para a menina fazer as necessidades. Pelo menos sempre tenho lenços umedecidos na bolsa (xixi respinga, tá gente?).

A comida deles chegou antes da nossa e a mãe sacou um potinho da bolsa, aonde estavam os talheres de plástico da menina. Não era um potinho qualquer, people, era um potinho específico para carregar talheres infantis, decoradinho, em conjunto com os mesmos. Pediram uma água e ela também sacou o copinho da menina da bolsa, virou a garrafinha lá dentro e pronto. Era como comer na rua, estando em casa.

Nisso Nina acordou. Nossa comida chegou. Ela pulou para a sua cadeira e começou a se servir (ou achar que estava se servindo). Colocamos a comida dela e em falta de uma colher no saquinho de talheres do restaurante, que tinha apenas um garfo e uma faca, ela sacou a colher do arroz e começou a comer. Disse que queria um mate e tomou no canudinho. Perguntei, mas ela não quis fazer xixi. Me salvei do banheiro. Se ela quisesse, pensei em pedir o penico emprestado na mesa do lado.

Me toquei que nunca usei água fervida e filtrada na mamadeira da Nina. Bom, se não usei na mamadeira, muito menos no banho. Com dois meses, já dava banho nela no chuveiro, que encher banheira é um saco. Pior, sempre esquecia que a capacidade de água da banheira era superior a do balde e acabava por alagar o quarto na hora de esvaziá-la. Tentei ferver a chupeta uma vez, como a embalagem mandou, mas como ela acabou derretendo e aderindo ao fundo da panela, abortei a missão.

Nina ganhou uma lambida da Pietra no seu primeiro dia em casa e não foi no dedão do pé. Não esterilizava o bico do meu peito após as mamadas e no máximo rolava uma limpadinha no excesso de leite. A água para limpar a sua bundinha nunca saiu de uma garrafa térmica e não passava suas roupas a ferro para "matar os germes".

A única coisa que sempre me preocupou era a limpeza da bomba de leite e dos potinhos aonde iria armazenar as mamadas para ela levar para creche. Imagina dar leite estragado para a criança? Deus me livre! Com isso era neurótica, mas acho que foi só...

Pois bem me digam, Nina é a minha primeira filha, que seria de "vidro". O que vai ser do próximo?

Será que vou deixar a Pietra de babá? Medo...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Final de semana

Final de semana é bom para:

Se sujar muuuuito na terra!


Meditar na praia....


Montar Mrs. Potato Head na versão Monstros S.A....


Encontrar os amigos (será que conseguimos Glauce?)...


Ver o Flusão jogar, claro!


Tudo isso se a greve da PM no Rio permitir.

Beijos em todos!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Oi Culpa, que milagre você por aqui...

Está fazendo um calor da moléstia aqui no Rio. Na semana passada rolou uma foto no Facebook mostrando um termômetro de rua marcando 47º. Não, eu não estou reclamando. Na Rússia, a temperatura anda na casa dos -30º e fico mil vezes com o meu calorzin, do que congelando na neve.

Bom, tudo isso foi só para explicar a minha opção de dormir com o ar ligado dia desses. O problema é que quando você liga o ar, fecha a porta. Nina não estava na minha cama, tinha dormido no berço e eu não sei bem se foi o fresquinho do quarto ou o cansaço mesmo, o fato é que apaguei. Dormi de babar.

De repente, maridin acorda para ir ao banheiro, abre a porta e ouço um choro. Olho o relógio, cinco da manhã... Caraca, ela deve estar chorando há séculos. Levantei da cama e corri, babada e remelenta, para o quarto dela. Encontrei a pequena magoada e sentadinha no berço. Agarrei e falei - "Vem dormir com a mamãe".

Quando abri a porta do meu quarto, no escuro (horário de verão), ela solta:

- Ati num tem buxa não, mamãe?

Dica: coloquem telas nas janelas. Porque nesse momento, se nas minhas janelas não tivessem telas, eu teria me atirado de tanta culpa que senti da pequena, chorando, sozinha no quarto com filha da p#$%@ da bruxa!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Blogagem Coletiva - Relato de parto do blog!

E as meninas do Mamatraca surgiram com a ideia e achei ÓTEMA! Bora falar sobre o nascimento deste espacinho aqui?



Quando a minha menstruação atrasou, eu achei que eram os hormônios loucos que me habitavam. Afinal, eu não tinha tomado a pílula naquele mês, mas poxa, já era usuária da dita cuja há 700 anos e 28 dias sem ela não me trariam uma gravidez, né? Ainda mais se você só fez sexo sem camisinha uma vez. Não tinha como, né? Aham Cláudia, senta lá.

Quando fiz xixi naquele palitinho comprado na farmácia, dentro do banheiro do trabalho, a embalagem dizia para esperar cinco minutos e verificar se apareciam as duas listrinhas. Com cinco segundos já eram DUAS listras. DUAS. Cadê perna pra ficar em pé? Cadê cabeça pra pensar? Cadê ar pra respirar? Cadê força para não se afogar no vaso sanitário? Sai do banheiro, carreguei minha amiga Bella (que me salvou de um siricutico neste dia e ainda disse de cara que ia ser "uma menininha linda"), fiz um exame de sangue na hora do almoço e passei o resto do dia ligando para a atendente para saber o resultado. Acho que falei com todas as atendentes do Sérgio Franco.

Claro, era positivo.

Daí que eu não programei, daí que nenhuma amiga minha tinha filhos, daí que eu fiquei meio perdida e corri pro Google. Tem taaaaanta coisa sobre maternidade na internet. Comecei a ler sobre o que comprar, sobre o que era útil, o que não era, me assustei com tudo que uma mala de maternidade PRECISA ter. Li sobre amamentação, li sobre partos e acompanhei o desenvolvimento da Nina a cada semana dentro da barriga. Li sobre mães que engordam muito na gravidez e emagrecem 15 kg em uma semana (Pai, por que me abandonastes???). Li, li, li e a pequena chegou. Não foi do jeito que eu queria, mas foi uma emoção única, e a verdade é que NADA do que eu "aprendi" nesses nove meses me ajudou muito.

Passada a licença maternidade, já de volta ao trabalho, entrei numa banca e comprei essa revista:



Eu adoro essa revista, mas a edição acima foi especial. Encontrei ali uma matéria sobre mães blogueiras. Corri para o computador e acessei blog por blog, um a um. Não trabalhei neste dia, passei todo o tempo lendo as histórias dessas mulheres, seus filhos, suas experiências e pensando: por que eu não li isso antes??? Ali sim encontrei informações que me ajudariam. Ali sim eu me emocionei, ri e curti as descobertas do mundo materno.

A seleção da revista também foi covarde, lá estavam:

Pequeno guia prático para mães sem prática, Piscar de Olhos, Peripécias de Cecília e fofices de Clarisse, Pelos cotovelos e cotovelinhos, Lilata e os gatos e Projetinho de vida.

Dava pra não se apaixonar?

Demorei ainda um pouco para colocar a ideia em prática, mas assim nasceu o Alice in the Ninaland. Um espaço em que me sentia livre, livre para ser repetitiva e SÓ falar sobre maternidade, sem encher os ouvidos dos seres normais que me cercam.

Depois do blog criado, lembrei de um caderno aonde eu fazia anotações desde que a Nina nasceu. Pensei em publicar alguns textos aqui, mas quando me dei conta, o mesmo já havia sido destruído pelo meu pequeno bebê ogro!

Pelo menos no mundo virtual não corro esse risco.

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Para melhorar ainda mais o dia de hoje, olhá só quem é o blog do dia lá no MMqD???




terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Eu queria escrever...

Sabe gente, eu queria fazer um post. Eu queria contar uma história, as novidades da Nina, falar baboseiras, mas o Carnaval está aí e quero muito enforcar a semana toda, logo preciso correr com o trabalho e não está me sobrando muito tempo!

Deixo vocês com as nossas imagens na pré-folia carnavalesca:




 E vamo, que vamo!

Prometo voltar com um post decente.

Beijos mil

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dica da vovó

Daí que a pessoa usa um monte de pomada, genérica, não genérica, com corticoide, sem corticoide, pra alergia, pra fungo, pra assadura, faz mistura de pasta d'água com violeta genciana, mancha a colcha, mancha a roupa, mancha o dedo. Deixa a filha de fralda, com calcinha, peladona, lava com sabonte especial, faz mandinga, reza braba, banho de ervas e quando pensa que não dá mais pé e o jeito é mandar a pimpolha tomar um banho de pipoca no Santuário de São Lázaro, na Bahia, que é pra ver se a pereba vaza dali, eis a salvação.


Isso é pra você aprender a não duvidar da sua avó. Sim, ela sabe das coisas. Neste caso, meu marido também, porque para ele Polvilho Antisséptico Granado é quase como um X-14 em termos corporais.

Tchau pereba! Espero que você não volte.