sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Da série: coisas que eu não sabia quando engravidei

Eu não sabia de muitas coisas. Mas o que eu DEFINITIVAMENTE não sabia é que meu pé cresceria um número. E o que é pior, as pessoas sabiam disso, aconteceu com várias mães que assuntei, mas ninguém me contou nada. Talvez porque nesse caso não há muito o que fazer. Ele simplesmente cresce.

Bom, eu calçava 36, só que apenas uma das minhas duas patinhas cresceu, de modo que hoje calço 36 no meu pé direito e 37 no esquerdo. Agora me digam: qual a loja que vende sapatos avulsos e não em pares? Pois é nenhuma. O jeito é andar com um sapatinho sobrando um tico porque apertado é que ninguém merece, né não minha gente?

Como desgraça pouca é bobagem, tive um probleminha no meu pé esquerdo. Ele entortou e o médico me orientou a usar uma palmilha especial. Agora façam as contas: a palmilha é 37 e, para não ficar incômodo, o ideal é usá-la em um sapato 38.

Oi??? 38??? Gente, meu pé direito é 36 e não tem palmilha. Vai ficar lá sambando no sapatão 38?

Vou ali me matar e já volto.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Sobre as bonecas de hoje em dia

Nina não ligava muito para bonecas, mas agora começou a gostar. Ela já tinha algumas que ganhou de presente e que estavam lá jogadas guardadas dentro do baú. Com seu gosto repentino pela coisa, catei todas e incluí no seu balde de brinquedos diários.

O negócio dela é dar comida, colo e colocar as bonecas para dormir. Todas em cima da mesa de centro e cobertas até a cabeça. Na hora de dormir ela enfia geral embaixo do pano, boneca, bicho de pelúcia, cachorro de plástico, é a hora do soninho. Olhando superficialmente, as bonecas da Nina (são três no total) se parecem com as minhas bonecas de antigamente. Uma é toda molinha, com corpo de espuma, as outras duas imitam mais um bebê. O problema é que essas últimas falam. Uma delas tem um botão na barriga e cada vez que você aperta ela fala uma frase diferente, do tipo: Me dá um beijinho, Quero colo... e Nina, claro, faz tudo que seu mestre mandar. A outra boneca é meio Alien e, apesar de parecer inofensiva, ela tem um sensor de movimento e do NADA desanda a falar e ela tem um texto grande decorado, sabe? Repere, repete, repete sem parar e depois finaliza com uma risadinha maléfica.

Agora idealiza a cena: eu na madruga, entrando no quarto na ponta dos pés para dar aquela checada básica, sem deixar a criança acordar e...

- Oi, oi, sou eu, sou eu mesma! Quero ser sua amiguinha! Me pega no colo? Vamos passear juntas? Me dá um abraço. Vamos estar seeeempre juntas....

CARALEO, joguei a boneca de volta no baú, pra ver se a bateria acaba e ela pode voltar a conviver com as pessoas.

Mas a verdade é que nenhuma boneca da Nina se compara com essa aí embaixo:



Me diga por favor, quem foi o ser que em sã consciência criou essa boneca prima do Chuck???

Esse modelo aí é o "Primeiros dentinhos". Sim esses dentões de coelho que ela carrega na boca são acionados de alguma forma e brotam de uma hora para a outra. Quando você entra nas Lojas Americanas, elas estão por toda parte, é um susto atrás do outro com elas nas prateleiras. O precinho, claro, é salgado, cerca de R$ 250,00.

Agora me diz:


Você levaria essa fofura para casa??? Sem medo da bonita acordar no meio da noite e incorporar o priminho famoso? Levaria?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O bolão de aniversário


Depois da festa de um ano da Nina, eu ouvi da minha tia um conselho porreta de bom:

- Festa de criança a gente só faz em ano ímpar, que é para dar tempo de esquecer o trabalho que deu!

Minha tia é do tempo em que festa de criança a gente fazia em casa, enrolava brigadeiro, organizava o trem todo e no fim das contas ficava com a bagunça para arrumar. Como decidi fazer igual, já que tenho ótimas lembranças das minhas festas caseiras, confesso que a frase caiu como uma luva pra mim. Eu estava exausta e pensei, de verdade, em só celebrar novamente quando Nina completasse três anos. Os dois anos passariam felizes com um bolinho em casa, brigadeiro de panela e uma vela elaborada para dar glamour à foto! Mas daí que são tantas festas lindas pela internet... daí que Nina já está tão esperta que vai curtir pacas a festinha... daí que é claro que a mamãezinha aqui não aguentou e no meio deste ano já estava completamente esquecida do trabalhinho micro que deu a festinha de um ano e super, ultra, hiper disposta para o segundo aniversário.

Desde então, sempre que vejo alguma coisinha que me agrade e que possa servir para a decoração da festa, eu compro. De modo que já estou com tudo praticamente pronto, ocupando um espaço que eu NÃO tenho em casa e ainda estamos em setembro. Com isso, confesso, que penso bastante na festinha e já até sonhei com a dita cuja porque a verdade é que adooooro fazer isso. Organizar, escolher as coisas, pensar no tema.... Foi por isso que dia desses andei me lembrando das festas que frequentei quando era criança e também das que rolaram lá em casa e gente, babem, tive até aniversário com direito a Branca de Neve e príncipe encantado devidamente paramentados. Ok, o príncipe era gay e, dizem as más línguas, arrastou uma asinha para papi, mas eu nem tomei conhecimento deste fato e curti cada segundo.

Aí me lembrei que o momento mais aguardado das festas não era a hora do parabéns e sim o momento de estourar o bolão de doces. Acho que não fazem mais isso nas festas o que é uma decisão muito acertada, afinal, idealiza:

Uma bola gigante de encher lotada de balas, chicletes, chocolate, alguns mini brinquedos. Posicionada em um local estratégico, com espaço para as crianças (de tamanhos diversos) se aboletarem em baixo da dita cuja e se prepararem para o momento exato dos doces voadores. 


Pode dar certo?

Pois bem, eu era super craque nisso. Me posicionava ali, no meio do empurra-empurra e atacava só os chicletes (que mami não me deixava comer). Enchia as duas mãos de muitas porcarias proibidas e saía feliz da vida. Mas confesso que quando a tal bola estourava o troço ficava muito levemente violento e a criançada se jogava de peito no chão, pra ver quem agarrava mais guloseimas e podiam sim ocorrer muitos alguns atritos, cotoveladas e tombos.

A mini Alice achava isso o máximo, mas definitivamente estou ficando velha, só pode. Ontem revendo Tropa de Elite confesso que achei bem parecida a cena das crianças atacando as balas com a galera catando a comida do chão no treinamento do Bope.

Doida? Cê acha? Ahhh, eu sou mãe, né? Mãe tem todo direito de ficar meio pancada, maluca e neurótica depois que o filho nasce, não pode?

Na festa da Nina bolão jamais!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cadê o meu bebê?

Alguém pode, por favor, parar o mundo que eu quero descer???

Quando foi que a mamãe aqui piscou e aquele meu micro baby, que mamava toda hora, virou essa menina linda, fofa e birrenta que habita minha casa?

Sim, foi uma cesariana. Relaxa que no próximo baby, nem que eu tenha que esperar 45 semanas (como minha vó) a criança sai pelo lugar certo!


Nina dormia em cima da minha barriga, ela cabia ali direitinho. Hoje nós até tentamos, mas sua cabeça compete com o meu queixo e suas pernas ficam lá tentando se equilibrar em cima das minhas.

Antes quando ela acordava no meio da noite bastava colocar no peito e ela dormia. Hoje, ela senta na cama, diz que não quer dormir, joga a chupeta longe e me pede para ir brincar. Às 3h da manhã...

Foi noutro dia que ela aprendeu a se virar sozinha e hoje corre por cima do sofá e ensaia alguns saltos ornamentais, para meu desespero.

Antes ela chorava porque não sabia falar. Hoje ela chora, se joga no chão e bate com a cabeça na parede porque aprendeu a fazer manha.

O meu sorriso banguela deu lugar a uma boquinha nervosa e cheia de dentes, disposta a provar todos os sabores que o mundo lhe oferecer. Incluíndo terra, areia, conchas do mar e Hipoglós.

Se antes passear de carrinho pela sala de casa a acalmava, hoje ela exige ir para rua e se planta na porta de casa esperando o momento de sair.

Para completar, hoje me dei conta que faltam só 4 meses para ela fazer 2 anos.
2 anos ainda equivalem a 730 dias ou diminuíram isso e esqueceram de me avisar???

Saca a cara de sapeca!



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Os brinquedos, as roupas e a chef de cozinha!

Final de semana fiz uma limpeza nas coisas da Nina. Resolvi doar uns brinquedos e roupas porque, veja bem, se em 1 ano e 8 meses de vida ela acumulou tanta tralha, aos 3 anos teríamos que nos mudar para a área de serviço a fim de abrir espaço para guardar seus pertences.

Comecei pelas roupitchas. Essas já andavam praticamente atualizadas porque desde que minhas afilhadas nasceram, lá em casa nada se perde tudo se transforma. Mesmo assim, a pequena fofucha deu uma boa espichada e perdeu bastante coisa no último mês. Quando rola esse tipo de arrumação, percebemos como bebês ganham coisas inúteis, que não usamos porque não são do dia a dia e quando rola uma data especial, opa! Não cabe mais...

Pra você, amiguinha, que está grávida pela 1ª vez, compre bodys. Ô coisa boa esse tal de body. Nina usou pacas, usava em casa, na rua, ia para creche, para dormir. Até hoje, os que ainda lhe cabem são muito usados. Fico com pena da minha mãe, minha tia, minha avó, que não tinham essa maravilha no enxoval e usavam o tal conjuntinho pagão. What hell é um conjuntinho pagão??? Aquela blusinha aberta atrás, que embola toda, mistura com o casaco e no final você não sabe se tem um bebê ou um pano enrolado ali naquele carrinho.

Quando a pequena tinha uns 3 meses, um amigo da minha mãe viajou e voltou com um conjunto de 5 bodys brancos para a Nina. Ele disse que era simples, mas muito útil. Não lembro o nome do amigo agora, desculpe, mas daria uma beijoka na testa dele se pudesse! Tenho esses bodys até hoje e ainda cabem nela. Não sei como, não me pergunte. O troço parece que cresce junto com o bebê. E é branco né? Branco vai com tudo, é mole de tirar mancha. Como diria o Claude, QUE MARRAVILHA!

Adendo: lembrei do Claude, como assim que Claude? Troisgros claro! Porque estava vendo o programa dele esses dias e passou um prato com uma codorna recheada que ia dentro de uma massa folhada, enfim, tinha uma cara ótima, mas era complexo, Nina olhou e ficou meio boquiaberta: "Mamãe, mamãeee, papá! Papá! Esse, qué!" Ahhhh, tu jura filhinha? Mamãe também quer.


Bom, voltando a arrumação. Sem que Nina percebesse, fiz uma limpa nos brinquedos. Separei sacolas e mais sacolas de coisas para dar. Isso porque o negócio dela é fazer bagunça, mas ela brinca sempre com os mesmos. E esses, claro, eu mantive.

Diz aí se não era hora da limpa? Dá para viver nessas condições???

Além disso, vem o Dia das Crianças por aí, aniversário idem e é hora de abrir espaço para renovação. Outras crianças farão melhor uso dos brinquedinhos que ela só joga no chão, mas não brinca nunca!

Adendo II: atualmente, o brinquedo preferido da Nina é, disparado, um apanhado de panelinhas, pratinhos, garfos e colheres desconjuntados, que eram da minha irmã e que ela deu para pequena recentemente. Detalhe, minha irmã tem quase 17 anos... Gente, será que esse apreço pelas panelinhas e pelo programa do Claude quer dizer que terei uma chef em casa??? Opa! Que Deus é pai não é padrasto!

Bjks em todos

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Rapidinhas (II)

Nina ontem estava esbanjando fofurice!

Momento 1: Cheguei para buscá-la na escola e ela que já estava no colo do pai, pulou pro chão e lançou uma reta até mim, dando gritinhos de euforia.

- Vamos para casa, filha?
- Vamu. Gaadinha. Gaadinha*.

Tradução: Vamos, agarradinhas! - M-O-R-R-I!

*****

Momento 2: Nós duas brincando na sala com os bichinhos de madeira. Ela pega o burro e eu falo pra ela:

- Esse é o burro filha.
- O bugue! (Ela repetiu, ou achou que repetiu).

Minutos depois, nós duas com as panelinhas no chão, eu pego a carne de borracha e falo:

- Olha filha, o hamburger!

Na mesma hora, ela levanta, joga os brinquedos pro alto, procura alguma coisa e cata o burro:

- O bugue! O bugue!



Posso morder ela inteira? Posso???

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Capianos

Aviso aos navegantes: hoje o post é sentimental, nostálgico e grande.

Desde antes de Nina habitar a minha barriga eu já tinha escolhido a escola dela. E eu não estou brincando:

- Meu filho(a) vai estudar no Cap*! (repito isso mesmo antes de saber quem seria o pai desse predestinado).

Estudar no Cap lá em casa é quase um tradição: mami estudou lá, assim como eu e TODOS os meus irmãos (por parte de pai e mãe, por parte só de pai e também por parte de paidrasto). Os dois mais novos continuam lá e além dessa relação sentimental com a escola e de considerar o ensino ótimo ela ainda é pública.

Sim. P-Ú-B-L-I-C-A. Zero de mensalidade, ok?

Por esses motivos, confesso que fiquei super orgulhosa ao ver o resultado do ENEM. O Cap ocupa o 3º lugar entre as escolas públicas do país e é a 11ª do Rio de Janeiro no ranking geral, deixando para trás muitas daquelas mensalidades monstras que acabam com nosso orçamento familiar. Mas a verdade é que mesmo sem saber desse resultado, minha relação com o colégio é tão profunda que nunca escondi a vontade de colocar a Nina para estudar lá e vê-la naquela camisa de golinha azul, carregando a tocha no peito!

Eu entrei no Cap aos 6 anos e saí de lá aos 17. Foram 11 anos dentro da mesma instituição, convivendo com as mesmas pessoas e criando vínculos eternos. Mais do que te garantir o ensino formal, o Cap te ensina a viver. Ali eu convivi com as mais diferentes pessoas. Não rola distinção entre pobres e ricos. Estão todos juntos. Na minha sala tinham os alunos que pegavam, trem, ônibus e levavam 3 horas pra chegar no colégio e também aqueles que passavam as férias na Disney (na época em que ir pra Disney era chique no úrtimo!).

No Cap você também aprende a se virar, pois apesar de todas as qualidades, ainda se trata de um colégio público que sofre com problemas básicos da falta de verba. Você enfrenta as greves e estuda em período integral. Os alunos têm aula de música, artes plásticas, fotografia, teatro, história da arte e elas não são opcionais. Todas fazem parte do pacote. Rola um estímulo grande ao esporte (não é minha praia para praticar, sabe? Mas não foi por falta de tentativa dos professores).

Nos meus 11 anos de Cap eu passei por 4 prédios diferentes. Inicialmente estudei no Capinho, que abrigava os alunos do C.A. a 4ª série (vou usar as antigas séries porque sou velha, tá?). Adorava aquele prédio. Tinha um parquinho de terra, cheio de brinquedos, duas quadras de esportes e amava o cachorro quente da cantina (apesar de mami não me deixar comer nunca). Hoje esse prédio virou uma concessionária JAC Motors. Ahhhhh! Vontade de enfiar uma estaca no coração de tanto desgosto.  :(

Na 5ª série, parti para o Capão. O prédio ficava dentro da favela do Turano e estava convivendo ali pacificamente há anos. Era um mega colégio, com ginásio e muito espaço, mas pouco conservado. Não fiquei ali por muito tempo, pois por conta de uma ameaça (???) de invasão dos traficantes ao prédio da escola, fomos retirados dali e realocados dentro da UERJ. Essa fase foi muito doida. Na época eu não tinha noção, mas imagina como a direção e todo o corpo docente da escola penaram para tentar manter a ordem com adolescentes soltos dentro de uma universidade?

Era difícil controlar. Não dava para saber quem entrava e quem saía, mas os professores fizeram o melhor possível. Nessa época acho que os alunos ganharam mais responsabilidade pois dependia muito de si. Quem abandonava as aulas, depois tinha que correr atrás do prejuízo e a média era 8. Surreal média 8, né? Hoje acho que é 7...

Ficamos na UERJ durante alguns anos. Quando eu já estava no ensino médio, o Cap ganhou um novo prédio, no Rio Comprido, e está lá até hoje. Ali a escola ficou unificada em uma só sede. O Capinho deixou de existir e as crianças também foram para lá. Era até bonitinho, mas pequeno. Principalmente para quem se acostumou com a UERJ, mas nós nos adaptamos, mais uma vez, sem traumas.

Ali naquele colégio fiz amigos que carrego até hoje como grandes joias e também vivi as fofocas e picuinhas habituais de uma escola. Hoje morro de rir com todas elas. Quando minha irmã, que está hoje no último ano do ensino médio, diz que já está saturada do Cap, eu banco a tia velha e falo:

- Mas depois você vai sentir uma falta...

É a mais pura verdade. Claro que é normal ficar cansada do colégio, principalmente porque não entram alunos novos todos os anos (somente através de sorteio no C.A. ou prova na 5ª série) e você passa mais tempo ali do que em casa. Mas depois que acaba... ô saudade!

*Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira - Cap/UERJ

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Picnic

E daí que as mamães desocupadas (???) resolveram fazer um picnic e levar a criançada toda pra brincar na lama. Acordei cedo, montei sanduichinhos, fiz um bolo de laranja, me entupi de repelente, Nina idem, e partimos pra farra. Olha as fofurices reunidas!







Minhas conclusões depois do passeio:

  • Fazer picnic é tudo de bom! Pouco trabalho e muita diversão.
  • Repelente é essencial. Todo mundo acabou picado e eu Nina saímos ilesas.
  • Exageramos na comida e acabou sobrando (pensamento de gorda, pra variar).
  • Crianças se divertem com pouco. Muito pouco.
  • Nina era, definitivamente, a mais suja de todos quando acabou o passeio. Teve que tomar aquela ducha ultra power básica na bica, porque naquele estado não dava nem pra entrar no carro...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Zoo

Aproveitei o feriado e fui levar a Nina no zoológico. Sim, contrariei a todos que me disseram: "Sua louca! No feriado??? Vai estar lotado! Vai ser horrível! Não vai, não vai, não vaaaaaai".

Fui. Aliás, fomos. Recrutei o papai, que ameaçou dar essa mesma opinião, mas foi logo derrubado pelos meus argumentos. Chamei a Dinda da Nina e ela ainda levou o outro afilhado, foi minha tia, o marido, o neto, papagaio, periquito... uma farra.

Cheguei cedo e não peguei nenhuma fila. Compramos o ingresso e entramos sem problemas. Nina se divertiu. Parou em todas as jaulas e chamou os bichinhos pelo nome:

- Leão, vem ati!
- Tigue, vem ati!
- Cacaco, vem ati!

Isso se repetiu com todos os animais, sempre fazendo um chamado com a mãozinha, mas sem sucesso, pois nenhum foi até ela (claro!), mas ela ficou satisfeita em vê-los pelas grades.

Aí me lembrei que sempre ia ao zoológico com o meu avô. Ele ia sozinho com os três netos. Aliás, ele fazia vários programas com a gente. Sempre sozinho, pois minha avó não gostava de sair. Meu avô era O cara. Como nos divertíamos com ele. Eram sempre programas simples: bondinho do Pão de Açúcar, Corcovado, zoológico e a gente AMAVA. O que eu mais gostava, sem dúvida, era o zoo.

Mas a gente cresce, né? Que pena... Dessa vez achei o zoológico triste, muito triste. Fiquei com pena dos bichos ali trancados, sozinhos. Cada um em sua jaula. O elefante fica sozinho, sem nenhum outro de sua espécie, parado em um espaço pequeno para seu grande tamanho. Existem placas dizendo que os animais ficam agitados com o barulho, mas as pessoas gritam e se sacodem na frente das jaulas. Teve um macaco que se agarrou na grade e começou a balançar. Ele estava nervoso, mas quanto mais ele balançava, mais juntava gente gritando e jogando flashes em cima do bicho... aff! Acabou minha fantasia sobre aquele lugar.

Imagem daqui

Não estou questionando o trabalho dos profissionais do zoológico, acredito que eles se esforcem para garantir as melhores condições possíveis para aqueles animais. O leão, por exemplo, foi resgatado após ser abandonado em uma praça em Realengo, dentro de uma jaula. Talvez fosse de algum circo. Ele ainda carrega algumas sequelas dessa época, mas ali não sofre mais com maus tratos. Isso, no entanto, não tira a tristeza do seu olhar.

Vou guardar minhas memórias mágicas com o meu avô. Espero que a Nina tenha as mesmas para guardar e, quem sabe, desconstruí-las no futuro.

A sensação boa, de passear com quem amamos, pelo menos, fica guardada. Isso fica.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Desvio de personalidade

Crianças são mentirosas? Isso é normal?

Minha sorte é ser irresistível!


Vamos lá. Nina tem ciúmes de mim. Ciúme de mim com papai, com outras crianças e até com a Pietra. Ela me quer todinha só pra ela (hauahuahuahauahau, risada maléfica!).

E daí que por ter ciúme da mamãezinha aqui, ela faz queixas - MENTIROSAS - do papai.

Começou assim, estávamos sentados na sala, ela brincando de panelinhas. De repente, escorregou no pratinho, caiu de bunda e me olhou com cara de choro:

- Foi o papai... (enquanto apontava seu dedinho indicador para ele).

Nos controlamos para não rir (sem sucesso) e explicamos que NÃO foi o papai, ela caiu sozinha. Ok, ela não chorou, fingiu que ouviu e continuou a brincar. Daí em diante, sempre que acontece alguma coisa, ela corre pra mim e fala, em tom de reclamação, que foi o papai. Já virou até piada lá em casa. Tudo que acontece é culpa do papai!

Pois bem, na semana passada ela bateu com a testa no elevador, como contei aqui. Quem estava com ela era eu. E a porrada foi forte, não abriu, mas fez um arranhão, marcou e as pessoas sempre reparam e falam:

- Ahhh, machucou a cabeça???

E a fofa SEMPRE responde:

- Dodoi! Fez.
- Machucou aonde Nina?
- Foi a mamãe. (?????????)

Ô meu pai do céu! Aí conselho tutelar, fui eu não, hein? Essa criança é esquisita... mentirooosa. Não me prende não, vai? Eu pego as câmeras de segurança do prédio. Juro que ela caiu sozinha e prometo que não vou mais rir dela culpando o papai de tudo, ok?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Suco de que? (ou quem?)

- Nina quer suco?
- Qué!

E enquanto ela bebe, eu pergunto:

- Tá bom o suco, filha?
- Tá!
- É suco de morango.
- Não.
- É sim, filha. Suco de morango.
- Nnnnnnnnnnão!
- É de morango filha, por que? Não gostou?
- Nnnnnnnnnão! Nnnnnnnnnnão! Nnnnnnnnnão! (Com dedinho para o alto e já ameaçando um choro, enquanto sacode o bendito do suco)

- Tá bom, tá bom. É suco de que então?
- Da Nina.

Ah tá.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Louca quem? Eu?

Você tem ideia de quantas coisas podem passar na cabeça de uma mãe (normal?) em um milésimo de segundo? Muitas. Milhares. Coisa paca! Duvida?

Pois bem, senta que lá vem a história:

Mamãe e filhota saindo de casa serelepes que só pela manhã. Pequena indo para creche, com seu macaco de pelúcia em punho e euzinha correndo para o trabalho, carregando minha bolsa, a bolsa dela e mais um pacote gigante de fraldas para deixar na escola. Vamos as duas caminhando pelo corredor e de repente Nina tropeça em si própria e vai com testa direto na quina de metal do elevador. Nesse milésimo de segundo, entre ela cair e começar a chorar, pensei:

K*#^@! Bateu a cabeça. Pior, bateu a testa. Com certeza abriu, nessa quina afiada de metal. PQP, quem inventou as quinas??? Por que não usar bordas arredondadas, Jizuis! Bateu com o supercílio, sangra pacas. E agora? Será que dá pra levar ela pra creche? Será que vai ter que tomar ponto? Humm, será que tenho uma touca de natação em casa? Posso colocar nela, que nem os jogadores de futebol quando abrem a cabeça... Bom, vou ter que entrar em casa. Será que sai com a chave? Sempre esqueço a droga da chave! Mas ela tropeçou aonde? Acho que rolam obstáculos imaginários no caminho das crianças. Tadinha, vai doer tanto...

Aí ela berrou! Eu larguei bolsa minha, bolsa dela, fralda, tudo no chão e catei a pequena já esperando aquele desastre...

Ufa! Só arranhou.

Louca quem? Eu?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dicas de uma mãe de primeira viagem! (Parte II)

Continuando minha série de testes em busca de opções não tão consagradas, mas de boa qualidade, me deparei com a fralda Looney Tunes:


Bom, ela é um pouco mais cara que a Capricho, mas mesmo assim ainda mais em conta que as demais.

Hummm, será?

Pois é tchurminha, dessa vez o produto foi reprovado. Não gostei. É o tal barato que sai caro.

A fralda não foi legal para Nina: a absorção não é tão boa, ela não veste muito bem e vaza. Mas o pior não foi isso. A pequerrucha chegou da creche com a virilha meio arroxeada. Achei que eles tinham apertado demais a fralda, mandei aquele bilhetinho esperto na agenda, elas pediram desculpa, falaram que iam verificar e no dia seguinte... a mesma coisa! Dessa vez, no entanto, eu vi que a fralda estava froxinha, froxinha.

Mandei um novo bilhete. Quando fui buscar a pequena conversei com uma das responsáveis e confirmei que a pernoca da Nina NÃO estava roxa e sim suja de tinta. Acreditam? A fralda solta uma pigmentação na pele, meio esverdeada, e parece que a criança está com perna roxa (claro que isso só acontece em casos de brancura extrema, como a da minha filha, mas com certeza a tinta pode estar nas pernocas de qualquer bebê)!

Então galerinha, pode passar direto por esse pacotinho aí no mercado! Não curti.

E agora o coro das pessoinha tudo na plateia: "Ahhhh, mas que louca!!! Ela faz a filha de cobaia."

Esquenta não gente! Nós crianças da década de 80 sobrevivemos a coisas bem piores. Ela supera!

Bjks!