Fui. Aliás, fomos. Recrutei o papai, que ameaçou dar essa mesma opinião, mas foi logo derrubado pelos meus argumentos. Chamei a Dinda da Nina e ela ainda levou o outro afilhado, foi minha tia, o marido, o neto, papagaio, periquito... uma farra.
Cheguei cedo e não peguei nenhuma fila. Compramos o ingresso e entramos sem problemas. Nina se divertiu. Parou em todas as jaulas e chamou os bichinhos pelo nome:
- Leão, vem ati!
- Tigue, vem ati!
- Cacaco, vem ati!
Isso se repetiu com todos os animais, sempre fazendo um chamado com a mãozinha, mas sem sucesso, pois nenhum foi até ela (claro!), mas ela ficou satisfeita em vê-los pelas grades.
Aí me lembrei que sempre ia ao zoológico com o meu avô. Ele ia sozinho com os três netos. Aliás, ele fazia vários programas com a gente. Sempre sozinho, pois minha avó não gostava de sair. Meu avô era O cara. Como nos divertíamos com ele. Eram sempre programas simples: bondinho do Pão de Açúcar, Corcovado, zoológico e a gente AMAVA. O que eu mais gostava, sem dúvida, era o zoo.
Mas a gente cresce, né? Que pena... Dessa vez achei o zoológico triste, muito triste. Fiquei com pena dos bichos ali trancados, sozinhos. Cada um em sua jaula. O elefante fica sozinho, sem nenhum outro de sua espécie, parado em um espaço pequeno para seu grande tamanho. Existem placas dizendo que os animais ficam agitados com o barulho, mas as pessoas gritam e se sacodem na frente das jaulas. Teve um macaco que se agarrou na grade e começou a balançar. Ele estava nervoso, mas quanto mais ele balançava, mais juntava gente gritando e jogando flashes em cima do bicho... aff! Acabou minha fantasia sobre aquele lugar.
Imagem daqui |
Não estou questionando o trabalho dos profissionais do zoológico, acredito que eles se esforcem para garantir as melhores condições possíveis para aqueles animais. O leão, por exemplo, foi resgatado após ser abandonado em uma praça em Realengo, dentro de uma jaula. Talvez fosse de algum circo. Ele ainda carrega algumas sequelas dessa época, mas ali não sofre mais com maus tratos. Isso, no entanto, não tira a tristeza do seu olhar.
Vou guardar minhas memórias mágicas com o meu avô. Espero que a Nina tenha as mesmas para guardar e, quem sabe, desconstruí-las no futuro.
A sensação boa, de passear com quem amamos, pelo menos, fica guardada. Isso fica.
é msm quando fui também achei a msm coisa sobre o elefante, e ele ainda tava com uma corrente no pé, acho triste :( mas é a vida né.
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