sexta-feira, 27 de julho de 2012

The wonderful two

Eu já tinha ouvido falar do tal "terrible two", aquela idade em que o pequeno bebê fofo toda vida que você vinha criando e alimentando desde o seu nascimento, se transforma em uma criaturinha enlouquecida, desafiadora e manhosa. Muito manhosa. Sim, isso tudo rola por aqui.

Manha? Tem sim senhor.
Respostinhas atravessadas? Tem sim senhor.
Criança berrando pela casa? Tem sim senhor.

Mas quer saber? Nina aos dois anos é hilária. E, pelo menos para mim, os tais anos terríveis passam longe de dar tanto trabalho quanto os primeiros meses do bebê. Agora aqui em casa é igual na Avon, "a gente conversa, a gente se entende". Sim, porque agora eu tenho uma filha cheia de argumentos. Ela explica, expõe e pondera suas atitudes. Ok, de um jeito todo dela, pra tornar a coisa toda ainda mais adorável. Aos dois anos Nina dorme quando tem sono. Simples assim: Mamãe, quero dumí! Me dá minha cobeta?

Aos dois anos Nina vira "pepessola" e me dá aulas em casa. De balé, inclusive. Aos dois anos ela conversa no telefone com as pessoas, mesmo que ainda dê varias respostas com a cabeça e deixe o pobre ouvinte sem saber se há vida do outro lado da linha. 

Aos dois anos ela me consola se eu chorar. Aos dois anos ela me pede coisas, eu digo que não tenho dinheiro e ela tira o seu dinheiro imaginário do bolso para me entregar. Ela nunca fez manha por não ganhar alguma coisa que pediu. E olha que ela pede tudo, então os "NÃOs" bombam por aqui.

Aos dois anos ela faz muitas besteiras e aprendeu a ser sonsa. Como no dia em que me perguntou se eu já tinha acabado de trabalhar e estava indo pro quarto com ela. Eu disse que ainda não e ela soltou um "tá". Como quem não liga, sabe? Ela nunca fica assim tão indiferente por eu estar trabalhando, então resolvi checar e... A minha cama tinha se tornado um mar de talco. Papel higiênico picado também fazia parte do cenário. No meio do colchão uma boneca pelada. Perguntei o que era aquilo e ela disse: "Ela está com peleba, mamaííím. Eu vai cuidar dela, tá bom?"

Ahhh, cê jura que isso é "terrible two"?

Claro que perco a paciência mil vezes, repreendo, fico cansada, mas NUNCA rola tapa por aqui. Nada de palmadinhas. Sempre que sinto que estou perdendo o controle, dou uma parada. Respiro. Penso que a criança ali é ela e que eu preciso saber lidar com isso. Não grito com a Nina porque ela já está numa fase de muitos berros pela casa. Ela tenta se afirmar com os berros. Se eu responder no mesmo tom, ela pode entender que é assim que a gente se comunica e me deixar surda em uns dois anos, acho eu. As vezes quando a birra está muito fora de controle, eu deixo ela se acalmar sozinha e falo "quando você parar de chorar a gente conversa. Assim eu não consigo". Pasmem: funciona. Ela logo diz: "eu já palei mamãe".Fora isso ela continua a mesma espoleta de sempre. Dançarina. Rebolativa. Cantora. Entre todas as princesas lindas e felizes para sempre, ela escolheu ser a Fiona, que é muito forte, muito rápida e muito verde. Palavras da pequena.

Obs: blog abandonado porque a cria andou de férias e minha casa, bom, o caos da minha casa vale um post a parte. Ou não. Melhor nem tocar muito no assunto que é pra não deprimir.


6 comentários:

  1. essa Nina eh demais de fofa minha gente! =D

    que as coisas continuem assim por ai.
    beijoos beijos

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  2. esses são os "wonderful twos"!

    ahhahaha

    beijo

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  3. Você tá seguindo o manual por instinto. *risos*

    O "terrible two" aqui de casa começou pouco antes de 2 anos e precisei cortar as idas frequentes à casa da minha sogra, pq ela mimava DEMAIS! Por um tempo, só ía ao meu lado. Rolou até umas faíscas entre ela e meu marido. Tudo resolvido e em paz.

    Como a Míriam estava "estragadinha" eu precisei da ajuda dos universitários e comprei um livro chamado "A criança mais feliz do pedaço". Ele ensina isso aí que você faz: negociar, respeitar, deixar a criança ganhar de vez em quando... falar a língua da criança.

    Eu confesso que vivo meio sobrecarregada emocionalmente e estou pensando em procurar terapia. Acabo descontando na pequena. Fico toda me roendo depois, peço desculpas, choro... E ela me consola também. Ai! Como ela cuida de mim. Pensei que eu ía ter uns 60 anos quando isso fosse acontecer.

    Então chega que já estou escrevendo um post à parte.

    Beijos! ;)

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  4. Aqui a grande crise veio, mas passou rapidinho. Mas aposto que essa mesma crise teria vindo independente da idade, pq na verdade, foi uma mudança brusca na vida de todos aqui em casa. Claro que teve grito, choro e manha a vontade (e ainda tem) mas conseguimos nos entender tbm!
    Eu imagino a sua cara vendo a boneca ser cuidada com tanto carinho assim! hahahaha

    Beijos

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  5. Ah que delícia essa Nina! Sabe que aqui também não tá terrível, Leah tem os momentos dela, mas ta uma doçuuura!! Então vamos aproveitar essas gostosinhas né? hehe
    Beijos

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  6. Enquanto o terrible two do meu filhote não chega eu fico aqui aprendendo e me divertindo com vcs! A Nina é uma coisa de fofa!!

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