Gente, mas não sou mesmo! E a cada novo dia tenho mais certeza disso.
Lá em casa eram 4 crianças e nós jantávamos todos os dias. Comidas elaboradas, não era um macarrãozinho não. Rolava sempre o feijão, arroz, algum tipo de carne, legumes, salada... e sim, minha mãe trabalhava o dia inteiro e não tinha empregada. Só a faxineira que passava lá uma vez por semana.
Pois bem, ando tendo arrepios vendo a Nina crescer e imaginando o dia que ela vai chegar em casa e me pedir pra jantar. Tipo um feijão com arroz básico. Isso porque por enquanto ela janta na creche e no máximo quer fazer mais um lanche em casa e tomar um leitinho antes de dormir. Mas o que farei euzinha quando ela pedir um pratinho de comida??? Corro pra cozinha e vou fazer ou deixo pronto congelado?
A verdade é que não sou uma pessoa organizada, sabe? E nossos horários lá em casa são desconexos, de forma que raramente sentamos para comer. Confesso que chego em casa do trabalho e vou brincar com a pequena deixando tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO (incluindo arrumações de cama e roupa pra lavar) para depois. Nós duas jogamos os brinquedos no chão, fazemos coreografias, nosso lanche feliz e depois partimos para hora do sono. Troca fralda, troca roupa, escova os dentes, chupetinha, beijinhos e abraços e berço (Obs: Nina voltou a dormir muito bem, obrigada! Mas não posso me gabar por conta do meu trato com Papai do Céu).
E aí depois que ela deita, me dá uma preguiça... e fujo dos afazeres domésticos! Ainda bem que vivemos em uma época evoluída, sabe? Se fosse antigamente seria devolvida pelo maridão... Outro dia o diálogo lá em casa foi o seguinte:
- Alice, você quer passar no mercado pra comprar alguma coisa pra jantar?
- Não. Não estou com fome.
- Olha, pensa bem... vou trabalhar hoje de noite, depois vai fazer igual ontem e ficar na cama falando que está com fome e eu não vou estar lá pra fazer o seu jantar.
- Tudo bem. Eu sobrevivo.
Será que tenho salvação?
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