quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sobre a escolha do caminho

Daí você engravida. Um turbilhão de emoções, dúvidas e medos habitam sua cabeça. Você procura apoio na família e em outras mães próximas e cada um fala uma coisa. No começo você fica lá, meio perdida, se deixa influenciar, depois repensa, escuta novos pitacos, muda de opinião...

Aí seu filhote nasce. Seus hormônios se sacodem como loucos, fazendo uma rave dentro do seu corpo. Você chora, se descabela, se emociona, ri, tenta lembrar da vida que ficou para trás, mas só consegue pensar nas bochechas lindas do seu filho e em como ele é bonito... "Nossa, nunca vi um recém-nascido tão bonito assim", você pensa (depois de meses, você revê aquela foto e pensa que trocaram seu bebê por E.T na maternidade). Com as dúvidas se multiplicando, você fuxica na internet a procura de outras mães e descobre uma infinidade de coisas.

Você descobre que as pessoas possuem formas muito particulares de criarem seus filhos. Você encontra dicas maravilhosas e pensa em coisas que nunca tinha pensado. Você vê que algumas mães lutam por seus ideais, talvez de uma forma que você ache exagerada, mas que condiz totalmente com o posicionamento delas. Você percebe que algumas param de trabalhar para cuidar das crias, outras tentam conciliar as duas coisas, que algumas são naturebas, outras adeptas das besteiras, que televisões habitam muitas casas, mas são terminantemente proibidas em outras...

Até que você finalmente percebe que não precisa ser igual a ninguém. Que todas essas milhares de opiniões não estão apontando um dedinho para você enquanto esperam que você se adeque. Não. Elas existem justamente para mostrar que os caminhos são mil e que as opções existem. Elas estão lá mostrando que a sua escolha é livre. Que você pode mudar de opinião, sem vergonha, se achar necessário. Você aprende que a sua história será única, seu caminho terá erros, mas também muitos acertos e que estar aberto para novas discussões é o que nos move, nos faz evoluir, nos faz crescer.

2 comentários:

  1. Isso aí!
    Eu nem sou mãe mas já percebo muita gente querendo 'cagar-regra' (desculpe, não havia expressão melhor pra isso) na criação do filho dos outros. Se vc dá chocolate, vc é relapso; se deixa a criança dormir de tarde, é preguiçoso; se dá bronca é ignorante...
    Que saco viu.

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  2. não poderia concordar mais... aliás sentir este dedinho apontando para nós quando ouvimos-lemos uma opinião divergente devia ser um sinal para prestarmos atenção... pois se nos cutuca, é porque precisamos ser cutucados, né-não? e perceber que podemos inventar nossa forma própria sem precisar de justificativas ou desculpas é libertador!
    beijoca

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