quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Papinha Nestlé

Como quem sai aos seus não degenera, Nina é boa de garfo. No caso dela de colher. Adora a hora de comer e fica chorando na porta da cozinha enquanto eu preparo o prato, mamadeira, pego uma banana ou sejá lá o que for, porque ela não aguenta esperar.

Quando ela começou a comer sopinha, ela chorava só pelo tempo em que a boca ficava vazia enquanto eu preparava a próxima colher. Depois ela aprendeu que a comida não fugia e que não era preciso tanto pânico. Mesmo assim, quando o prato acabava... xiiiiii, escândalo.

"Nossa, tadinha Alice. Ela está com fome, dá mais comida pra ela."

Não dou! É gula. Em dois segundos ela esquece. Uma criança daquele tamanho não pode comer uma quantidade ENORME de comida e continuar com fome!!! Além disso, sei a quem ela puxou:

- Amor, compra dois potinhos de papinha Nestlé pra Nina na farmácia?
- Dois? Por que dois?
- Dois do pote pequeno. Um só é pouco pra ela.
- Não posso comprar um pote grande?
- Não. Dois pequenos, porque não tem pedaços. Os grandes têm pedaços. Compra igual porque ela vai comer de uma vez só.
- Tá, tô sem dinheiro aqui.
- Pega, eu tenho R$ 20,00.

Tchan, tchan, tchan!!! O que ele comprou???

Um monte de papinhas desconexas. Pequenas ok! Mas nenhuma igual. Comprou doce, comprou salgada, gastou o dinheiro todo.

- Mas pra que tudo isso?
- Ah Alice, tinham muitas opções que pareciam boas. Fiquei confuso. Comprei as melhores. Ela vai gostar.
- Mas você não comprou duas iguais? Ela vai comer duas agora...
- Ué, come diferente. Muito melhor. Tipo rodízio de sopas. É ótimo poder mudar o sabor. Vou te dar um prato cheio de arroz pra você comer e ver se acha maneiro.

Você acha que ele é guloso? A pessoa se descontrolou diante das papinhas de bebê na farmácia. Mas também, vou falar o que depois de uma justificativa dessas? Rodízio de sopas para Ninoca!